terça-feira, janeiro 31, 2006

Bill Gates


O patrão da Microsoft está em Portugal para participar no “Government Leaders Forum”, organizado pela sua empresa e que Lisboa acolhe este ano - um fórum de discussão alargado a governantes de diferentes países europeus, para discutir práticas de governação e os contributos que as novas tecnologias podem dar nesse domínio.
Bill Gates vai falar, sobre o tema "os desafios da modernização administrativa", para uma audiência que, além de praticamente todo o Executivo, tem também a presença dos presidentes dos governos regionais, o presidente da Assembleia da República ou o Procurador-geral da República.
Antes da conferência, o Presidente da República, Jorge Sampaio, reúne-se com Bill Gates e condecora-o pelo seu papel no combate à pobreza e às doenças no mundo, nomeadamente em Moçambique e Angola.
Bill Gates será agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique «pelo seu esforço e dedicação no combate à pobreza e às doenças no Mundo, especialmente em África e nos países de língua oficial portuguesa», de acordo com uma nota oficial da Casa Civil do Presidente da República. Com LUSA.
William Henry Gates III, ou Bill Gates o homem mais rico do Mundo, nasceu em 28 de Outubro de 1955 numa família de posses, o seu pai, William H. Gates II, era advogado de grandes empresas e sua mãe, Mary Gates, era professora e membro do conselho da Universidade de Washington e presidente da United Way International. Cresceu em Seattle, ao lado das suas duas irmãs.Bill Gates, e as suas duas irmãs, sempre frequentaram as melhores escolas da sua cidade natal. Sempre gostou de ciências, sobretudo de computadores, e, aos 13 anos, já tinha desenvolvido o seu primeiro software.
Em 1973, Bill Gates entrou para a Universidade de Harvard, onde conheceu Paul Allen (co-fundador da Microsoft) e Steve Ballmer (actual presidente da Microsoft). Em Harvard, Gates desenvolveu uma versão da linguagem de programação BASIC para o primeiro microcomputador pessoal, o MITS Altair 8000, produzido no mesmo ano. O sucesso na comercialização daquele produto e a convicção de que, no futuro, o computador seria uma ferramenta de trabalho preciosa levaram, aos 19 anos, Bill Gates a abandonar o curso de economia e em conjunto com Paul Allen, a criarem a empresa Microsoft.
Guiado pela certeza de que o computador viria a tornar-se uma importante ferramenta em todo o mundo, começou a desenvolver softwares para computadores pessoais.
Em 1980 a empresa deu um passo decisivo ao adquirir da Seattle Computer Products o sistema operativo QDOS, vendido logo a seguir para a IBM, que preparava-se para lançar no mercado o primeiro PC . No contrato com a IBM, a Microsoft cedeu o MS-DOS e o Basic sem restrição para o número de microcomputadores IBM onde os programas seriam instalados. Não ganhou muito dinheiro no início.
Bill Gates, no entanto, deteve os direitos de autor sobre o software e pôde cobrá-los de todos os clones que surgiram nos anos seguintes e iniciar a construção do seu império.
Após 25 anos, a Microsoft detém o monopólio virtual do mercado, com 90% dos PC’s contendo os seus programas.
Actualmente a Microsoft emprega cerca de 60 mil funcionários em todo mundo e têm um valor de mercado de 216 mil milhões de Dólares, sendo a companhia mais rica e poderosa da actualidade. Gates casou-se a 1 de Janeiro de 1994.
O casal tem três filhos. Entre os prazeres pessoais do fundador da Microsoft, estão a leitura, o golf e o bridge. Bill Gates, também está ligado à filantropia.
Criou com a mulher em 1999, a Fundação Bill & Melinda Gates, à qual doou 27 mil milhões de dólares para providenciar apoio financeiro para iniciativas nas áreas de saúde e educação. A Fundação já doou 3,2 mil milhões dólares para programas globais de saúde e mais que 2 mil milhões dólares para programas de aprendizagem.
O casal Gates lidera o ranking de filantropia divulgado pela revista americana Business Week, um exemplo do empenho do ser humano em formar um mundo em que os que têm ajudam os que não têm, um exemplo de altruísmo, transferindo as oportunidades que ele tinha para outros, através de iniciativas humanitárias.
Recentemente a prestigiada revista "Time", elegeu o casal Melinda & Bill Gates, juntamente com o cantor Bono, as personalidades do ano em 2005.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

A Fábula da Rata

Estava uma rata preparando-se para comer uma mosca, quando um mocho que observava a cena disse:
- "Rata, não comas já a mosca! Espera que a abelha a coma, depois tu comes a abelha. Ficarás melhor alimentada."
Então a abelha comeu a mosca.
A rata preparou-se, então, para comera abelha, mas o mocho interrompeu-a novamente:
- "Rata, não comas a abelha, ela vai ficar presa na teia da aranha e a aranha vai comê-la, então tu comes a aranha e ficarás melhor alimentada."
A rata de novo esperou.
A abelha levantou voo, caiu na teia da aranha, veio a aranha e comeu-a. A rata preparou-se para saltar sobre a aranha, mas de novo,o mocho interveio:
- "Rata, não sejas precipitada! Há-de vir o pássaro que comerá a aranha, que comeu a abelha, que comeu a mosca. Comerás o pássaro e ficarás melhor alimentada."
A rata, reconhecendo os bons conselhos do mocho, aguardou.Logo após, chegou o pássaro que comeu a aranha.Entretanto, começou a chover, e a rata, ao atirar-se sobre o pássaro para o comer, escorregou e caiu numa poça de água.
Moral da história:Quanto mais duram os preliminares, mais molhada fica a rata.

sábado, janeiro 28, 2006

Desastre do Challenger


28 de Janeiro de 1986, 11 horas e 38 minutos, estava um dia frio, apenas 2º C, o Vaivém Challenger partia para a sua décima missão. Setenta e três segundos depois do lançamento, a cerca de 14 mil metros de altitude, começaram a sair chamas de um dos foguetes, que se soltou e bateu contra um dos tanques de combustível externos do vaivém. A nave explodiu como um terrível fogo-de-artifício.

Aquela missão nunca deveria ter partido, porque estava demasiado frio — e os técnicos da empresa que fabricava os foguetes de combustível sólido que permitem ao vaivém escapar à atracção da gravidade da Terra pronunciaram-se veementemente contra o lançamento. Até havia gelo na pista do Cabo Canaveral, na Florida. A administração da NASA, no entanto, estava ansiosa por cumprir o calendário: em vez de aceitar a opinião dos técnicos, exigiu provas de que não se deveria fazer o lançamento.

O presidente norte-americano Ronald Reagan ordenou a formação de uma comissão de inquérito, exterior à NASA, para apurar as causas do acidente. Faziam parte desta comissão Neil Armstrong (o primeiro homem a pisar a Lua) e o Nobel da Física Richard Feynman.

Passando por cima da lentidão dos procedimentos da comissão, Richard Feynman fez investigações por conta própria, soube então que todos os lançamentos anteriores do vaivém, tinham sido feitos em dias em que a temperatura ambiente era igual ou superior a 12º C. No entanto, no dia da tragédia a temperatura ambiente era de dois graus. Este foi o problema: sob baixas temperaturas, a borracha perde a sua elasticidade e assim perde a capacidade de vedar adequadamente as juntas dos foguetes.

Para convencer os membros da comissão, Richard Feynman fez perante todos um experiência simples. Pegou um pedaço da borracha usada nas juntas e mergulhou-a em água gelada. Quando a retirou a borracha tinha perdido grande parte da sua elasticidade. A explosão do Challenger ficou para a história como exemplo paradigmático daquilo que a NASA não deve nunca fazer: Captar financiamentos a troco da segurança dos astronautas.

Atrás da Esquerda para a direita:Ollison Onizuka, Christa McAuliffe, Greg Jarvis,Judy Resnik, à frente no mesmo sentido, Michael Smith, Dick Scobee, Ronald McNair .

Todos estes sete tripulantes morreram, onde estava incluída a professora de História Christa McAuliffe, de 38 anos, que deveria dar aulas a partir do espaço, o que fez com que milhões de estudantes presenciassem a tragédia em directo pela televisão, pondo em estado de choque a América: a maioria dos norte-americanos lembra-se de onde estava, na altura do acidente, tal como no momento do assassinato do Presidente John Kennedy.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Mozart nasceu há 250 anos


Amantes da música erudita de todo o mundo, comemoram hoje o 250º aniversário de nascimento do compositor Wolfgang Amadeus Mozart. Ao longo dos seus intensos 35 anos de vida, Mozart escreveu mais de 600 obras musicais, a primeira aos cinco anos de idade, a última no leito de morte.
A Vida de Mozart em datas:
1756 - Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart - mudaria depois o seu quarto nome para Amadeus - nasce às 20horas do dia 27 de Janeiro de 1756, no número 9 da rua Getreidegasse, na cidade de Salzburgo, era o filho mais novo de Leopold Mozart. Era já o sétimo filho, mas até aí só Maria Ana, conhecida por Nannerl, tinha sobrevivido.
1761 - Mozart apresenta-se em público pela primeira vez, no dia 1º de Setembro de 1761, em Salzburgo, numa apresentação escolar. O pai, Leopold, compositor da corte austríaca, ensina os filhos a ler e escrever, além de os ensinar a tocar, cravo, órgão e violino. Mozart escreve sua primeira composição: um Minueto e trio para piano.
1762: Tournée de Mozart e Nannerl em Viena, durante vários meses. As crianças-prodígio apresentam-se diante da imperatriz Maria Theresia.
1763 - No Verão, Mozart acompanhado pelo pai, fazem uma grande viagem por diversos países, no meio da qual o jovem músico faz o seu primeiro concerto, em Augsburgo (Alemanha), cidade natal de Leopold Mozart. As suas primeiras composições são publicadas em Paris.
1768 -Após uma proposta do imperador Joseph II da Áustria, Mozart começa com a composição da Ópera “La Finta Semplice”, que se estreia em Maio de 1769 na sua cidade natal.
1769 - Aos 13 anos, é nomeado “Mestre de Concerto” da orquestra da corte de Salzburgo. Viagem à Itália. No Scala de Milão, o papa nomeia-o Cavaleiro da Ordem da Espora Dourada.
1770 - Mozart dá o seu primeiro concerto em Itália, em Verona. Em Milão, triunfa com sua ópera “Mitridate, re di Ponto” KV.87 (74ª), que foi posta em cena em Dezembro de 1770 sob a direcção do jovem Mozart, que tinha apenas 14 anos de idade.
1772–75: Passa a receber salário pelas suas funções na Corte. Nova tournée por Itália. Mozart escreve as suas primeiras sinfonias e o primeiro concerto para piano e orquestra.
1777–78: Visita Paris, onde a sua mãe morre.
1780 -Viaja para Munique para a representação de sua ópera “Idomeneo, re di Creta” (KV 366). No dia 12 de Março de 1781, é apresentada em Viena, onde faz amizade com os Weber, família de sua futura esposa, Constance.
1781 -Mozart deixa Salzburgo após romper com o seu mecenas da Corte arcebispal, instalando-se em Viena, onde trabalha como compositor de óperas, pianista e professor, tornando-se amigo de Joseph Haydn.
1782 -É aclamado em Viena com “O Rapto do Seralho” (KV 384).Nesse mesmo ano, sem o consentimento de seu pai, casa-se com Constance Weber.
1783: O primeiro filho do casal morre, com apenas dois meses de idade.
1784 -Mozart muda-se para perto da catedral de Viena, na Domgasse número 5, onde vive até 1787, e compõe algumas das suas obras mais conhecidas como “As Bodas de Fígaro” e “Don Giovanni”.
1785: Mozart inicia o seu catálogo de obras. Nascimento do segundo filho, Carl Thomas. Ingresso na Maçonaria.
1786 -Estreia em Viena “As Bodas de Fígaro”.
1787 -Mozart é nomeado por decreto Músico de Câmara da Corte austríaca, com um salário anual de 800 florins. Começa a endividar-se para pagar as suas despesas da sua vida social. Mozart viaja com a sua esposa para Praga para assistir à estreia de “Don Giovanni” (KV 527). Morte de seu pai, Leopold Mozart.
1790: Estréia de Così fan tutte e faz última grande viagem de concertos (pela Alemanha).
1791 - É recebido em Berlim por Frederico II da Prússia. Em Setembro, estreia em Praga “La Clemenza di Tito” (KV 621). Mozart é nomeado Suplente do Maestro de Capela da Catedral de São Estevão, em Viena.

A estreia da “A Flauta Mágica” acontece no dia 30 de Setembro de 1791, sob a direcção musical do próprio Mozart. Em Dezembro, Mozart, doente, trabalha na sua última obra, o Requiem (KV 626), que não foi concluída.
Morre aos 35 anos, no dia 5 de Dezembro, à 1 hora da madrugada. É enterrado no dia seguinte, numa vala comum do cemitério de Saint Marx de Viena.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Auschwitz


Amanhã assinala-se mais um ano da libertação por parte do exército soviético do complexo da morte de Auschwitz-Birkenau.
"Arbeit Macht Frei", (O trabalho liberta), lia-se provocatoriamente à entrada do complexo da morte de Auschwitz-Birkenau. Este campo de extermínio situado na Polónia, foi criado pelo regime nazista em 1940, com o objectivo inicial de reunir os prisioneiros políticos polacos. Entretanto, com o decorrer da guerra, Auschwitz-Birkenau tornou-se no campo de concentração mais atroz do genocídio do povo judeu, devido às execuções em massa. Calcula-se que cerca de um milhão e quinhentos mil judeus, tenham sido dizimados neste campo. Tudo começou em fins de 1941, quando a Gestapo recebe a ordem para executar a "solução final da questão judia", ou seja exterminar a raça judia.

Esta medida foi adoptada em 20 de Janeiro de 1942 por altura da Conferência de Wannsee.As execuções em massa começaram em Maio de 1942, quando mil e duzentos judeus, são enviados para as câmaras de Gás.
A partir de Setembro de 1942, o esforço militar alemão impôs uma mudança de filosofia -"o extermínio pelo trabalho"- que se traduziu na aniquilação massiva de prisioneiros. Os primeiros beneficiados com esta alteração foram as SS, que a partir de então se transformaram nos verdadeiros patrões desta quase inesgotável mão de obra, manejando-a e utilizando-a a seu bel prazer .Deles passa a depender o recrutamento destes operários forçados, imprescindíveis para o aparelho produtivo alemão. A alimentação, de muita má qualidade e quase inexistente, surge como a principal causa de morte de várias centenas de milhar de prisioneiros, facto que, pasme-se deixou o chefe máximo das SS, Heinrich Himmler, profundamente indignado. A espiral de homicídios atingia em 1944, a espantosa cifra mensal de 30 mil mortos.

O avanço dos Aliados em duas frentes, ocidental e oriental e o colapso da economia do Reich parecem ter enlouquecido ainda mais os líderes nazis. O extermínio converteu-se nas palavras do próprio Himmler, numa "necessidade imperiosa, nos numerosos campos de concentração. Os métodos usados até então eram baseados no pressuposto de que o terror era a melhor forma de negar a personalidade do individuo e de o manipular. A partir de então com os campos em risco de cair em mãos inimigas, a morte quantitativa substitui o principio do castigo.Mais do que castigar urgia exterminar.
Em 27 de Janeiro de 1945, ( entretanto institucionalizado Dia da Memória em diversos países ocidentais) o exército soviético liberta o campo da morte e encontra perto de três mil homens e mulheres escanzelados, pesando entre 23 e 35 kg.
Auschwitz, símbolo do Mal para todos os homens de boa vontade, têm suscitado as mais diversas paixões desde da sua libertação.
Sectores da extrema-direita pretenderam lançar o boato de que a "solução final nunca existiu".Os soviéticos ofereceram-lhes, aliás, o pretexto de bandeja, ao propagandearem que em Auschwitz tinham sido mortos "quatro milhões de antifascistas", ou seja mais que duplicaram o número e omitindo o facto de 90 por cento das vítimas serem judeus apolíticos.
É bom para a Humanidade que o complexo de Auschwitz-Birkenau , permaneça de pé.
Não como um exorcismo. Não como um símbolo do mal. Antes como um inestimável suporte para a breve memória humana. Para que não volte a repetir-se.

Que Besta!


Adolfo Hitler tinha prometido casamento a Eva Bruan, no momento em que não tivesse um futuro político. Em 29 de Abril de 1945, dois dias antes da capitulação da Alemanha, Hitler pede em casamento Eva Braun:

Queres desposar-me?
Eva Braun julgou ter ouvido mal.
-Eva, queres desposar-me? - gritou Hitler, que berrava sempre desde que tinha os tímpanos rebentados.
Os olhos de Eva embaciaram-se; ele propunha finalmente o que ela lhe pedira cem vezes e que provocara todas as suas discussões. Caiu no solo, soluçando.
-Eva, fiz-te uma pergunta que nunca fiz a ninguém. Gostaria de ouvir uma resposta.
Eva precipitou-se para ele, para o beijar perdidamente.
-Sim, meu amor. Claro que sim. Era o meu maior sonho. Sempre to pedi.
Cobria-o de beijos, o que dava náuseas a Hitler mas, vistas as circunstâncias, limitou-se a afastá-la.
-És feliz?
-É o mais belo dia da minha vida.
-Muito bem. Nesse caso casamo-nos esta noite e suicidamo-nos amanhã.


Diálogo do livro "A Parte do Outro", de Eric-Emmanuel Schmitt.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

O Presidente da República


"Neste exacto momento se dissolve a maioria que me elegeu.
Quero ser e serei o Presidente de todos os portugueses".
Cavaco Silva.
A Democracia é bela.
A Democracia é selectiva.
Mas acima de tudo, não pode ser considerada estúpida, quando se perde.

domingo, janeiro 22, 2006

Guarda Suíça


A Guarda Suíça foi criada em 22 de Janeiro de 1506, em Roma, faz hoje Quinhentos anos. Trata-se do menor e do mais antigo exército do mundo. O minúsculo corpo de defesa do Vaticano é o último vestígio de uma longa tradição de emigração de soldados suíços. Obrigados a deixar o seu país por causa da pobreza, muitos suíços partiam como mercenários ao serviço das grandes potências, actividade que naquela época era bem remunerada. Nos campos de batalha, os suíços obtiveram uma sólida reputação de destemidos guerreiros, fiéis e invencíveis. A tal ponto que o papa Júlio II escolheu-os para formar a sua guarda pessoal.
Os primeiros 150 mercenários suíços chegaram à cidade de Roma em 22 de Janeiro de 1506, data em que a Guarda Suiça foi oficialmente fundada.Com o tempo, os soldados suíços provaram a sua abnegação ao chefe da Igreja Católica, enfrentado todos os perigos.
A prova mais trágica foi dada quando do saque de Roma, no dia 6 de Maio de 1527: as tropas protestantes de Carlos V, imperador da Alemanha e rei de Aragão e Castela, invadiram e saquearam Roma. Na luta, que chegou até ao altar da Basílica de São Pedro, a Guarda Suíça perdeu não só o seu comandante, mas também 147 soldados.
Os quarenta e dois suíços que sobreviveram, conseguiram no meio da confusão esconder o Papa Clemente VII. Abriram com as suas lanças e espadas, uma via de escape e colocaram o Papa Clemente VII, a salvo no castelo de Santo Ângelo. Assim nasceu a verdadeira Guarda Suíça .
Até hoje, a guarda ainda celebra o 6 de Maio como um dia heróico e trágico.
Esse é o dia do juramento.
Cada um dos novos soldados marcha até o centro da Praça de S. Pedro e segura, com o braço esquerdo, a bandeira oficial do Vaticano. Ao mesmo tempo, a mão direita abre-se em três dedos. Os três dedos em riste, simbolizam os três primeiros cantões suíços que se reuniram na Confederação Helvética: Schwyz, Uri e Unterwalden. Cada um dos “Hellebardieri”, como são conhecidos os soldados suíços devido às suas lanças, pronuncia as palavras do juramento.
“Juro servir fielmente, lealmente e honorificamente o Papa em exercício...e os seus sucessores e, com todas as minhas forças, dedicar-me a ele, podendo sacrificar mesmo a minha vida na sua defesa...”
A partir desse momento, cada um desses guardas suíços transforma-se num membro do exército de 110 homens, cinco deles oficiais, encarregado de defender até com a própria vida o chefe da Igreja Católica e do Estado do Vaticano.
A Guarda Suiça quase foi extinta em 1970, quando João Paulo VI decidiu suprimir todos os corpos militares do Vaticano. Mesmo assim, foi feita uma excepção para a pequena força de segurança.
Segundo o regulamento, revisto por João Paulo II em 1979, a guarda tem hoje 110 soldados. Além do serviço de honra, controlam o acesso à Cidade do Vaticano, fazem a vigilância do Palácio Apostólico e a segurança pessoal do Papa.
A história recente da guarda suíça foi marcada por um drama ainda obscuro: em 1998, cabo Cédric Tornay, abateu o comandante Alois Estermann e sua esposa e depois suicidou-se. Estermann era um dos guardas que estavam junto de João Paulo II, quando o Papa foi vitima do atentado, em 13 de Maio de 1981, na Praça de S. Pedro. O inquérito foi concluído rapidamente pelos magistrados do Vaticano. Tratou-se de acto de loucura mas para muitas outras pessoas o drama continua sendo um mistério.

Esse caso talvez tenha em parte contribuído para a ligeira queda do número de voluntários registada desde o início desta década. Todos os candidatos devem ser católicos, ter feito treino militar no Exército suíço, uma reputação “irrepreensível” e um curso superior.
Para reverter a tendência de queda no número de voluntários, foram feitas algumas reformas. A qualidade do serviço melhorou, a fim de abrir novas perspectivas profissionais para os recrutas. Fazem parte da formação actual cursos de informática, comunicação, inglês e italiano. Essas mudanças começam a dar resultados porque o número de voluntários voltou a crescer desde o ano passado.
No futuro, o pequeno exército poderá continuar a fazer a guarda do Vaticano.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Anti-terrorismo Prejudica Direitos Humanos


A organização Human Rights Watch, baseada em Nova Iorque, diz que as políticas anti-terroristas das potências ocidentais estão a prejudicar a defesa dos direitos humanos no mundo.
No seu relatório anual divulgado ontem, a organização critica particularmente os Estados Unidos.
A Human Rights Watch diz que a política dos Estados Unidos tem sido: a de submeter suspeitos de terrorismo a tratamento cruel e degradante.

O estudo também descreve como “sem sentido” as tentativas do Reino Unido de obter garantias de que suspeitos de terrorismo não serão torturados se forem enviados para outros países.
Segundo a Human Rights Watch, a União Europeia com frequência respondeu de forma ineficaz à violações dos direitos humanos noutros países.
O presidente americano, George W. Bush, “continua a oferecer garantias enganadoras de que os Estados Unidos não torturam suspeitos, mas essas garantias soam vazias”, diz o relatório.
Como resultado da falta de credibilidade do país em assuntos de Direitos Humanos, os Estados Unidos deixaram “vazia a liderança mundial quando a questão é defender os direitos humanos”.
O relatório de 532 páginas diz que 2005 foi marcado por uma “tendência continuada a subordinar os Direitos Humanos a vários interesses políticos e económicos”.
Segundo a organização, o Reino Unido em especial ignorou abusos na Rússia e na Arábia Saudita para garantir contratos comerciais.

O estudo destaca ainda que a França e a Alemanha pressionaram a União Europeia para acabar com embargo de armas à China, apesar da falta de avanços no processo de punir os responsáveis pelo ataque a manifestantes na Praça de Tianenmen em 1989.
De acordo com a Human Rights Watch, existe uma “competição sem sentido” entre os líderes do Reino Unido, França e Alemanha de aprofundar as relações bi-laterias com a Rússia, apesar de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não ter o mínimo respeito pelos Direitos Humanos na Tchetchénia.

Link:hrw.

Eugénio de Andrade


Não é a primeira antologia que reúne a poesia de Eugénio de Andrade, mas a obra a apresentar hoje, às 18.30 horas, na Fundação do autor de "As mãos e os frutos", no Porto, vem anunciada como a "edição definitiva" da obra de um dos mais profícuos poetas portugueses do século XX.
O professor universitário e ensaísta Arnaldo Saraiva teve a cargo a tarefa de organizar a edição, respeitando as instruções deixadas pelo poeta.
Os critérios que presidiram ao trabalho de organização são explicados num texto inserido no final do volume, no qual Arnaldo Saraiva justifica o motivo por que não recorreu aos textos escritos nos últimos anos de vida, quando o autor já se encontrava enfermo.
Em relação à última antologia, datada de 2000, o livro agora editado pela Fundação Eugénio de Andrade mantém não só o título como o grafismo de Armando Alves, com a reprodução de uma gravura de Ângelo de Sousa. A maior novidade prende-se com a inclusão de "Os sulcos da sede", editado em 2001, que contribui para que o volume tenha um pouco mais de 600 páginas. JN.
Eugénio de Andrade, falecido a 13 de Junho de 2005, se fosse vivo, completaria hoje 83 anos.
Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu a 19 de Janeiro de 1923 na Póvoa de Atalaia, Fundão, região da Beira Baixa, no seio de uma família de camponeses. A sua infância foi passada com a mãe na sua aldeia natal, fixando-se em Lisboa em 1932 com a mãe, que entretanto se separara do pai.
Estudou no Liceu Passos Manuel e na Escola Técnica Machado de Castro, tendo escrito os seus primeiros poemas em 1936, o primeiro dos quais, intitulado «Narciso», publicou três anos mais tarde.
Em 1943 mudou-se para Coimbra, onde regressa depois de cumprido o serviço militar, convivendo com Miguel Torga e Eduardo Lourenço. Em 1947, entrou para a Inspecção Administrativa dos Serviços Médico-Sociais, exercendo durante 35 anos as funções de inspector administrativo do Ministério da Saúde.
Em 1948, publica «As mãos e os frutos», que mereceu os aplausos de críticos como Jorge de Sena ou Vitorino Nemésio.
Uma transferência de serviço levá-lo-ia a instalar-se no Porto em 1950, onde fixou residência. Abandonou a ideia de um curso de Filosofia para se dedicar à poesia e à escrita, actividades pelas quais demonstro desde de cedo profundo interesse, a partir da descoberta de trabalhos de Guerra Junqueiro e António Botto. Camilo Pessanha constituiu outra forte influência do jovem poeta Eugénio de Andrade.
Entre as dezenas de obras que publicou encontram-se, na poesia, «Os amantes sem dinheiro» (1950), «As palavras interditas» (1951), «Escrita da Terra» (1974), «Matéria Solar» (1980), «Rente ao dizer» (1992), «Ofício da paciência» (1994), «O sal da língua» (1995) e «Os lugares do lume» (1998).
Em prosa, publicou «Os afluentes do silêncio» (1968), «Rosto precário» (1979) e «À sombra da memória» (1993), além das histórias infantis «História da égua branca» (1977) e «Aquela nuvem e as outras» (1986).
As suas obras foram traduzidas para alemão, asturiano, basco, castelhano, catalão, galego, chinês, francês, italiano, inglês, jugoslavo e russo.
A sua poesia caracteriza-se pela importância dada à palavra, quer no seu valor imagético, quer rítmico, sendo a musicalidade um dos aspectos mais marcantes da poética de Eugénio de Andrade.
O tema central da sua poesia é a figuração do Homem, não apenas do eu individual, integrado num colectivo, com o qual se harmoniza ou luta.
Apesar do seu enorme prestígio nacional e internacional, Eugénio de Andrade sempre viveu distanciado da chamada vida social, literária ou mundana, tendo o próprio justificado as suas raras aparições públicas com “essa debilidade do coração que é a amizade”.
Recebeu inúmeras distinções, entre as quais, o Prémio de Poesia Jean Malrieu (1984), o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986), Prémio D. Dinis (1988), Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989), o Prémio Europeu de Poesia (1996), Prémio Camões (2001) e o Prémio Pen Club (2003).

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Eutanásia


O Supremo Tribunal dos Estados Unidos emitiu hoje um acórdão que valida o “suicídio medicamente assistido” no estado do Oregon , o único Estado norte-americano que dispõe de uma legislação nesse domínio e que poderá inspirar outros. Nesta decisão, tomada por uma maioria de seis votos contra três, a mais alta instância judicial do país considera que o governo não pode proibir os médicos daquele Estado de prescreverem medicamentos para fins de eutanásia. A legislação federal “não autoriza o Procurador-Geral (secretário da Justiça) a proibir a administração de substâncias regulamentadas para fins de suicídio assistido, perante uma legislação médica estadual que permite tal procedimento”, concluiu o tribunal. O secretário da Justiça norte-americano, Alberto Gonzales, recorreu ao tribunal para contestar o despacho de um tribunal de apelação federal invalidando uma decisão do seu ministério que proibia tal prática no Oregon. Aprovada por duas vezes pelos eleitores do Oregon, a lei “Morrer com Dignidade” é aí aplicada desde 1997. A lei enquadra estritamente a eutanásia, exigindo que dois médicos concluam que a esperança de vida do doente atingido por uma doença incurável é inferior a seis meses, que este tenha solicitado esse procedimento e que a sua escolha seja feita com plena consciência. A administração do actual Presidente, George W. Bush, apoiada por numerosas organizações religiosas, tenta desde o final de 2001 combater este texto. LUSA.
A palavra eutanásia deriva do grego eu (bom) e thanatos (morte) significa morte boa, morte calma, morte doce ou indolor. A expressão teve origem no século XVII, quando Francis Bacon cunhou-a como designação da função do médico, quando este proporcionava ao enfermo morte indolor, calma e doce.

Muitos autores, ao tratar o assunto, citam, macabramente, usos de povos antigos, cuja sensibilidade ética não tem nada a ver com a nossa. Em Esparta, por exemplo, era prática comum precipitar os recém-nascidos mal-formados do alto do monte Talgeto. Os birmaneses, por sua vez, enterravam vivos os idosos e os enfermos graves. Populações sul-americanas, forçosamente nómadas por factores ambientais, sacrificavam os anciãos e enfermos, para não os abandonar ao ataque de animais selvagens.
Em Novembro de 2000, a Holanda tornou-se o primeiro país do mundo onde a eutanásia e o suicídio assistido são legais. Na Holanda, onde o tema sempre suscitou grande preocupação nas classes médica e jurídica, há estimativas que variam de três a doze mil casos anuais de morte por eutanásia. Até aqui, esta prática era condenada por lei, mas tolerada pela sociedade desde 1996, quando praticada em doentes adultos e sob a tutela directa do Ministério Público.
A lei aprovada foi criticada severamente pelo Vaticano, considerando que «viola a dignidade humana» e está em contradição com a Declaração de Genebra de 1948, da Associação Médica Mundial, bem como os princípios da ética clínica aprovados por doze países da União Europeia em 1987.
Além disto, a Academia Pontífica para a Vida procurou fazer valer que a aceitação legal da morte voluntária de um membro da sociedade por outro perverte, na sua raiz, um dos princípios fundamentais da convivência civil.
Também defende que a legalização é susceptível de conduzir à perda da necessária confiança nos médicos por parte dos pacientes e de abrir toda a espécie de abusos e injustiças, principalmente em detrimento dos mais débeis.
O direito de um paciente em recusar procedimentos terapêuticos que lhe prolonguem a vida é reconhecido em vários países.

Inúmeros casos, em diferentes locais do mundo trazem, de tempos a tempos, a discussão sobre a eutanásia, com posições extremadas em ambos os campos, de pró ou contra, a eutanásia.
Se por um lado os que são a favor da eutanásia, pretender que a eutanásia seja um direito a morrer dignamente e sem dor, do outro lado retaliam dizendo que é legalizar o homicídio, e que o direito sobre a vida é um direito divino.

A eutanásia provocada por outrém, ou a morte realizada por misericórdia ou piedade, constitui homicídio, pelo nosso direito penal. Talvez, seja o momento de a legislação portuguesa avançar nesta matéria.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Albert Hofmann


O Herói dos “Hippies” e da “Flower Power Generation” faz cem anos.
O químico suíço Albert Hofmann, inventor da droga conhecida como LSD, abreviatura da expressão alemã Liserg Saure Diethylamid ( dietilamida do ácido lisérgico), completa cem anos hoje. Será homenageado num simpósio internacional que discutirá os efeitos do uso dessa substância.
O LSD é uma droga com efeitos alucinógenos e foi a muito consumida dentro do movimento hippie nos anos 60. Depois disso, acabou sendo proibida e perdeu popularidade até os anos 90, quando voltou timidamente à ribalta entre os fãs de música electrónica.
Hofmann, que nasceu em 1906 na cidade de Baden, descobriu a substância em 1943, quando trabalhava nos laboratórios Sandoz, actualmente parte do grupo farmacêutico Novartis.
Em declarações à imprensa de seu país, o químico confessou não estar surpreso pelo facto de ter entrado para a história apenas por causa do LSD, apesar de ter feito outras descobertas.
“Trata-se de um produto muito especial que actua na consciência, que é, afinal de contas, o que nos distingue dos animais”, afirmou o químico, acrescentando que sob os efeitos do LSD, “vemos, ouvimos e sentimos de forma diferente e intensa, mesmo com uma dose ínfima”.
Em 1943, quando realizava experiências para desenvolver um estimulante circulatório e respiratório, Hofmann descobriu o LSD de forma acidental e foi cobaia da sua própria descoberta.
Entre 1947 e 1966, a Sandoz manufacturou o LSD em cápsulas e ampolas para utilização médica em tratamentos psiquiátricos e neurológicos, mas adquiriu uma má reputação por abusos no seu consumo—o que resultou no fim da produção.
Actualmente, Hoffman reconhece que não se trata da “droga do prazer”, e adverte que seu consumo pode ser “extremamente perigoso”.

terça-feira, janeiro 10, 2006

A Conspiração Contra a América


Philip Roth disse numa entrevista, "Quando temos um livro de História na nossa frente sabemos que não é uma obra de ficção. Se temos uma obra de ficção, sabemos que não é um livro de História".
Esta afirmação vem a propósito do livro "A Conspiração Contra a América", no qual o enredo parte da premissa de que Frank Delano Roosevelt, em vez de disputar a cadeira presidencial em 1940 com um inexpressivo candidato republicano, tivesse-a perdido para o popular Charles A. Lindbergh, o famoso aviador, simpatizante do nazismo.
Construindo um relato ficcional em torno da sua própria família, Philip Roth descreve o que representou para si e para milhares de americanos a ameaçadora administração Charles Lindbergh. Na luta pela sobrevivência numa América fascista, são retratadas, de forma polémica, figuras históricas políticas importantíssimas nos Estados Unidos da América, durante os anos da Guerra Mundial.

Apesar da veemente recusa de Philip Roth em elaborar paralelismos com a actual situação política norte-americana, muitos consideram o livro como forma de protesto pela actual política da administração Bush contra minorias étnicas.
E, para que não restem dúvidas, Philip Roth foi bem claro ao dizer " trata-se de uma ficção criada pela imaginação, não pela minha. Comecei a escrever este livro em Janeiro de 2000.A ideia ocorreu-me em Dezembro do ano anterior. Bush só foi empossado em 20 de Janeiro. Estava no meio do romance quando ocorreu o ataque de 11 de Setembro. Antes disso, a presidência de Bush nem existia. Não passou pela minha cabeça nem por um segundo".
É um livro que
vale a pena ler, do melhor, na minha opinião, escritor mundial da actualidade.
Philip Roth nasceu em Newark, New Jersey, em 19 de Março de 1933. Nascido no seio de uma família judia proveniente do Leste da Europa, escreveu a sua primeira obra em 1959 “Goodbye, Columbus” (não traduzido para o português), que lhe valeu logo o National Book Award. Viveu em Roma, Londres, Chicago e Nova York, antes de se mudar definitivamente para o interior dos Estados Unidos, mais precisamente para o Connecticut, onde leva uma vida de quase eremita. Acorda cedo, escreve seis horas por dia, seis dias por semana. Foi casado durante anos com a atriz Claire Bloom - casamento que acabou num divórcio litigioso em que Roth chegou a cobrar de Claire as horas que passou ajudando-a a decorar textos. Não vê televisão, e não vai ao cinama. Com os raros amigos, costuma conversar por telefone. Odeia ficção e só lê sobre o assunto que depois vai escrever.
O seu primeiro livro é de 1959, “Goodbye, Columbus”, seguindo-se a brilhante obra de 1969 “o Complexo de Portnoy” que se tornou um grande sucesso e convenceu os críticos da sua qualidade como escritor. Mas temos que esperar pelos anos noventa, pela sua trilogia, iniciada em 1997 com “Pastoral americana”, seguido de “Casei com um Comunista”, de 1998 e “Mancha Humana” de 2000, para ser reconhecido como muito provavelmente o melhor escritor vivo. Esta trilogia, narra a invenção dos EUA tais como são agora, sempre pelos olhos de personagens autobiográficos, principalmente Nathan Zuckerman, alter ego do autor na trilogia.
A ficção começa com os anos 60, em “Pastoral Americana”, de seguida recua alguns anos em “Casei com um Comunista”, que revê o macarthismo, e conclui-se com “Mancha Humana”, em que o politicamente correcto e o escândalo Mónica Lewinski são o pano de fundo de um conflito racial .
Philip Roth ganhou os quatro mais importantes prémios literários da América:o National Book Critics Circle Award com The Counterlife (1986), o National Book Critics Circle Award com Patrimony (1991), o PEN/Faulkner Award com Operation Shylock (1993), o National Book Award com O Teatro de Sabbath (1995), e o Pulitzer Prize com Pastoral Americana (1997). Ganhou o Ambassador Book Award da União de Língua Inglesa com Casei com um Comunista (1998); no mesmo ano foi galardoado com a National Medal of Arts, na Casa Branca. Com A Mancha Humana, Roth obteve o seu segundo PEN/Faulkner Award bem como o Britain’s W. H. Smith Award para o Melhor Livro do Ano. Em 2001 recebeu o mais alto galardão da Academia Americana de Artes e Letras, a Gold Medal para ficção, atribuída de seis em seis anos «para o conjunto da obra».

Peço desculpa, por não ter tempo para vos visitar mas estou com muitíssimo trabalho!

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Mitterrand


Quando o Presidente francês François Mitterrand, deixou a presidência da República francesa, em 1995, no meio de numerosos escândalos que eclipsaram os últimos anos da sua presidência e detestado por uma grande maioria dos franceses, nada faria prever que em, apenas, dez anos e passando o crivo da história nos 14 anos do seu “reinado”, os franceses o considerariam o melhor presidente da República Francesa dos últimos 60 anos. A dimensão de François Mitterrand ofusca a do herói da Segunda Guerra Mundial, o general Charles de Gaulle, que até à semana passada, era sempre em todas as sondagens o Presidente mais querido entre os presidentes da V República.
François Mitterrand
nasceu em Jarnac, Charente em 26 de Outubro de 1916. Casou com Danielle Gouze, de quem teve dois filhos.Teve uma filha de uma relação adúltera.
Durante a Segunda Guerra Mundial foi ferido e capturado em Junho de 1940, evadindo-se em Dezembro de 1941, da prisão de Kassel.

Fundador do Movimento Nacional dos Prisioneiros, foi condecorado pelo regime de Vichy, acreditando que o General Pétain deteria os alemães. Aderiu à Resistência em 1944, integrando posteriormente o governo do general De Gaulle .
Deputado desde de 1946, participou em 11 governos entre 1947 e 1958, tornando-se no mais no mais jovem ministro francês, no governo socialista de Paul Ramadier.
Ao longo destes onze anos, foi titular das pastas dos Combatentes, Informação, Ultramar, Justiça e Interior. Em 1954, defendeu a causa da Argélia francesa. Candiadato à Presidência da República em 1965, onde obteve 45% dos votos. Foi nomeado secretário-geral do Partido Socialista Francês em 1970. Em 1974 recandidatou-se ao cargo de Presidente da República, onde obteve com o apoio dos comunistas, 49% dos votos, mas só em 1981 consegue vencer, com 51,75% dos votos e tornar-se o primeiro presidente socialista.
Uma das suas primeiras medidas foi abolir a pena de morte. Nesse mesmo ano descobre que têm cancro na próstata, mas só divulgará a sua existência em 1992.Um dos muitos segredos guardados anos a fio, pela enigmática figura que foi François Mitterrand.
Este primeiro mandato foi o do relançamento geoestratégico da França, em termos políticos e culturais.

A nível externo, o reatamento das ligações com o seu inimigo de sempre, a Alemanha, para criar as bases da União Europeia. Internamente, protagonizou a construção de grandes obras de Estado - Pirâmide no Louvre,Cidade da Ciência e da Música de Villete, Ópera Bastilha, Instituto do Mundo Árabe e a Biblioteca Nacional.
Tudo isso a par de inúmeras medidas sociais- a semana de 39 horas e a reforma aos 60 anos-, nacionalização de bancos, criação das rádios locais privadas, imposto sobre as grandes fortunas, quinta semana de férias pagas.
Esta semana o jornal “Le Monde”, desvenda mais um dos muitos segredos de Mitterrand, ao afirmar que, François Mitterrand, autorizou a sabotagem do Rainbow Warrior, em 1985, barco do Greenpeace onde morreu o fotógrafo português Fernando Pereira. Em 1988 foi reeleito.
No segundo mandato, Mitterrand acabou por ser confrontado por protestos sociais, diversos escândalos com negócios controversos, os suicídios do seu ex-primeiro-ministro, Pierre Bérégovoy, em 1993, e do seu braço-direito, François Gorussouvre, no Eliseu, em 1994. Decidido europeísta, apesar dos seus receios perante a reunificação alemã, apoia a unificação da Alemanha e a sua amizade e sintonia com Helmut Kohl foram decisivos para impulsionar o processo que levou à assinatura do Acto Único e do Tratado da União Europeia.
Morreu em 8 de Janeiro de 1996, em Paris, vítima de cancro da próstata.
No seu funeral, pela primeira, reúniram-se a mulher, os dois filhos, a sua filha Mazarine, nascida em 1974, e a sua mãe.
Político astuto e controverso, cultivou um estilo distante e um gosto pela monumentalidade que revela a vontade de deixar o país marcado com a sua personalidade. A sua herança política foi, principalmente, a de ter mostrado que era possível existir alternância e coabitação política sem rupturas e de ter conciliado a esquerda com certos valores do capitalismo.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Ariel Sharon


Ariel Scheinermann (Sharon mais tarde) nasceu a 27 de Fevereiro de 1928, em Kfar Mahal, uma aldeia ao norte de Tel Aviv, quando a Palestina estava sob jurisdição britânica.
Oriundo de uma família de fervorosos sionistas russos que imigraram para Palestina no início do século XX, Ariel Sharon é junto com Shimon Peres, o último dos políticos que surgiram com a criação do Estado de Israel em 1948.
Em 1945 passou a integrar o Haganah, organização clandestina que precedeu o exército israelita, caracterizada inicialmente como um grupo de judeus sionistas resistentes ao domínio britânico e aos árabes. No decurso da primeira guerra Israelo-árabe, após a criação do Estado de Israel, em 1948, comandou uma companhia de infantaria.
Em 1950, liderou operações militares contra tropas do Egipto na Faixa de Gaza. Uma das manobras resultou na morte de 38 soldados egípcios.
Em 1956 Ariel Sharon foi acusado de insubordinação e desonestidade na campanha do canal de Suez durante a guerra do Sinai no Egipto. Segundo o historiador militar israelita Martim Van Cheveld, da Universidade Hebraica de Jerusalém, os soldados comandados por Ariel Sharon avançaram “da forma mais incompetente possível, resultando numa batalha totalmente desnecessária, que se tornou a mais sangrenta da guerra”. Na ocasião os seus próprios comandados acusaram-no de oportunismo desumano, no sentido de tentar construir a sua reputação à custa deles.
Em 1967 comandou uma divisão de blindados na Guerra dos Seis Dias, que conquistou Jerusalém Oriental, Cisjordânia e a Faixa de Gaza e em 1973 liderou a captura do Terceiro Exército do Egipto, pondo fim à Guerra do Yom Kippur.
Na esfera político-partidária a trajectória de Ariel Sharon é mais recente, iniciando-se concretamente em 1973 quando foi um dos principais mentores das forças de direita que originaram o partido Likud. Apesar de se situar no espectro político à direita, Ariel Sharon tornou-se conselheiro especial de segurança do primeiro-ministro Ytzhak Rabin (Partido Trabalhista) em 1974.
Em 1977, Sharon foi eleito pela primeira vez para uma das cadeiras no Knesset, o parlamento israelita. Entre 1977 e 1981 foi Ministro da Agricultura no primeiro governo do Likud e organizou o primeiro grande movimento de colonização judaica nos territórios ocupados. Apesar de inicialmente ter se posicionado contra o acordo de paz de Camp David, entre Israel e Egipto em 1978, Ariel Sharon acabou comandando a retirada dos colonos judeus do Sinai ocupado por Israel desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973.
Como ministro da Defesa, em 1982, planeou a desastrada invasão do Líbano que culminou com o cerco e destruição parcial da capital Beirute pelas tropas israelitas. Sem comunicar as suas intenções ao então primeiro-ministro, Menachem Begin, Ariel Sharon comandou a invasão da capital libanesa com o pretexto de expulsar do Líbano a base da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Yasser Arafat. A operação militar pôs mesmo fim às incursões militares da OLP em território israelita, a partir do Líbano. Mas não só - acabou também resultando no massacre de quase 2 mil palestinianos - por milicianos cristãos aliados de Israel. Entre os mortos, estavam dezenas de mulheres, idosos e crianças, todos alojados nos campos de refugiados palestinianos de Sabra e Shatila, então sob supervisão israelita. Como resultado, Ariel Sharon foi destituído do cargo de ministro de Defesa em 1983, depois de ser considerado por um tribunal israelita indirectamente responsável pelo massacre. Ariel Sharon foi ainda ministro do Comércio e da Indústria entre 1984 e 1990.
No início da década de 90, como ministro da Habitação, incentivou a maior ampliação de colonatos judeus na Faixa de Gaza e na Cisjordânia desde a invasão de 1967.
Em 1996, o então primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, também do partido Likud, convidou Ariel Sharon para integrar o seu Governo. Foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros. Ariel Sharon assumiu a liderança do Likud depois da derrota de Netanyahu nas eleições gerais de 1999.
Aproveitou o fracasso das negociações com os palestinianos em Camp David, em Junho de 2001, para colher dividendos políticos criticando no Parlamento a actuação do então primeiro-ministro, Ehud Barak. “Jerusalém pertence ao povo judeu e Barak não tem o direito de abrir mão do santuário do povo, negociando com os palestinianos a soberania sobre a cidade”, disse Sharon.
Em Setembro de 2000, uma inesperada e polémica visita à mesquita de al-Aqsa foi o rastilho que levou à segunda Intifada. Muita gente acredita que Ariel Sharon, planeou esta visita para provocar uma reacção violenta dos palestinianos, de forma a criar um ambiente político propício à sua ascensão ao poder. Tornou-se primeiro-ministro em Fevereiro de 2001, com a promessa de pôr fim à segunda Intifada palestiniana, iniciada depois de, Ariel Sharon, ter visitado a mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, considerada sagrada pelos muçulmanos. Em Janeiro de 2003 é reeleito e em Dezembro desse ano, anuncia a retirada total da Faixa de Gaza.
Esta sua decisão de retirar da Faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia, processo concluído em 18 Setembro de 2005, provocou a ira dos seus seguidores e foi rejeitada pelo seu antigo partido, o Likud. Em resposta Ariel Sharon abandonou o Likud em 21 Novembro de 2005 e fundou um novo partido, o Kadima, em 18 de Dezembro de 2005, favorito para as eleições de 28 de Março, deste ano.
No dia 4 de Janeiro, Ariel Sharon, foi hospitalizado depois de sofrer um acidente vascular cerebral, sendo submetido a uma cirurgia durante a qual, sofreu uma grave hemorragia cerebral que o colocou, no limbo entre a vida e a morte.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Documentário Acusa Fidel da Morte de Kennedy


Cuba esteve por trás do assassinato do presidente norte-americano John F. Kennedy por Lee Harvey Oswald em 1963, os seus agentes deram apoio financeiro e logístico ao o atirador, Lee Harvey Oswald, disse um realizador alemão num novo documentário.
Wilfried Huismann passou três anos a fazer pesquisas para “Rendez vous with Death” (Encontro com a Morte), baseado em entrevistas com ex-agentes secretos cubanos, autoridades norte-americanas e uma fonte dos serviços secretos russos, além de pesquisas em arquivos dos serviços secretos mexicanos
As eventuais motivações para Fidel Castro incitar os serviços secretos para a trágica tarefa seriam de carácter vingativo, pois Castro responderia assim à tentativa de eliminação de que foi alvo, meses antes, por parte da CIA.
O filme, apresentado para jornalistas em Berlim ontem, diz que Lee Harvey Oswald viajou para a Cidade do México de autocarro em Setembro de 1963, sete semanas antes do assassinato, e encontrou-se com agentes na embaixada cubana no país, onde recebeu 6.500 dólares.

O ex-agente cubano Oscar Marino, fonte importante do documentário, disse a Huismann que o próprio Lee Oswald se tinha oferecido como voluntário para assassinar Kennedy e que Cuba o explorou.
“Oswald era um dissidente. Ele odiava seu país . Oswald ofereceu-se para matar Kennedy”, disse Marino no filme. “Ele sentia tanto ódio que ele teve a ideia. Nós o usamos. Ele foi um instrumento.” Marino disse saber com certeza que o assassinato foi uma operação dos serviços secretos cubanos G-2, mas não disse se ela foi ordenada pelo presidente Fidel Castro.

Lee Harvey Oswald foi morto a tiros por Jack Ruby dois dias depois de matar Kennedy.
O filme argumenta que Cuba queria eliminar Kennedy porque ele era o principal inimigo da revolução comunista e retrata o norte-americano e Fidel Castro como dois rivais que se tentavam assassinar mutuamente.
Terá sido, afinal, Fidel Castro a movimentar os peões para fazerem o atentado contra John F. Kennedy, em Novembro de 1963?

Konrad Adenauer


Konrad Adenauer nasceu em 5 de Janeiro de 1876, em Colónia, no seio de uma família burguesa. Estudou Direito e Economia.
Advogado de profissão, foi presidente de Câmara da sua cidade natal entre 1917 e 1933 tornando-se, ao mesmo tempo um próspero homem de negócios.
Na República de Weimar filia-se no Partido Católico Alemão. Opõe-se aos desígnios políticos dos nazis e aos seus processos, perde todos os seus cargos em 1933 e vai para um campo de concentração em 1944.
Após a Segunda Guerra Mundial recupera a Presidência da Câmara de Colónia. Funda e preside ao Partido Democrata Cristão Alemão em 1946. Em 1949, a primeira dieta federal alemã elege-o chanceler do Bundestag, cargo em que se mantém até 1963.
Entre 1951 e 1955 é ministro dos Negócios Estrangeiros. Continua na presidência do seu partido até 1966.
É profundamente anticomunista e partidário decidido da aliança com os Estados Unidos. A sua política caracteriza-se pelo regresso ao liberalismo clássico. Conseguiu a ajuda económica americana do Plano Marshall e obteve a adesão da RFA ao Mercado Comum Europeu (1951) e na NATO (1954).
Dedica os seus esforços a conseguir a igualdade jurídica para a República Federal Alemã e a integração económica e militar no seio da Europa Ocidental.
Em 1955, após a derrogação do estatuto de ocupação por parte da Grã-Bretanha, Estados Unidos e França (com a qual assina um acordo de cooperação em 1963), reorganiza o exército alemão.
Morreu em Rhondorf, Bona a 19 de Abril de 1967.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Áustria Escandaliza Europa


Uma campanha artística, de conteúdo por muitos considerada, de teor pornográfico, assinala o início da presidência austríaca da União Europeia.
Esta campanha está a ter eco, um pouco por toda a Europa e a escandalizar os europeus.
Vozes mais conservadoras, pretendem proibir o governo austríaco de continuar com esta campanha.
Num dos cartazes(primeira foto) espalhados pelas vias públicas austríacas, três modelos nus, mascarados de Jacques Chirac, George Bush e Isabel II, simulam um acto sexual.
Num outro cartaz (segunda foto), uma mulher deitada de forma provocante exibe uma "lingerie" com a bandeira da União Europeia.
A bandeira da União Europeia( terceira foto), também foi alterada pelos artistas, na heráldica da bandeira, as estrelas são substítuidas por símbolos, como por exemplo a cruz suástica, emblema do nazismo, a foice e o martelo, emblema do comunismo, o símbolo do euro, ou o emblema da Mercedes e da Shell, entre outros.

A campanha é da autoria de 75 artistas europeus e foi financiada com dinheiro público.

As Novas Sete Maravilhas do Mundo


A New 7 Wonders Foundation, uma organização não governamental, (ONG) , com sede na Suiça, elaborou uma lista de 21 monumentos a nível mundial para escolher as novas Sete Maravilhas do Mundo.
Esta ONG foi criada em 2001 pelo suíço Bernard Weber com a missão de preservar o património cultural da humanidade.
A escolha das Sete Maravilhas é aberta ao público e será feita por pelo telefone.
Os sete monumentos mais votados serão anunciados em 1º de Janeiro de 2007.

As Sete Maravilhas da Antiguidade foram seleccionadas pelo filósofo grego Philon de Bizâncio em 200 a.C.. A única das Sete Maravilhas originais que ainda continua de pé é a Pirâmide de Gizé, no Egipto - que está novamenten nesta lista nova. Para constarem da lista, as “maravilhas” tinham que ser feitas pelo homem, concluídas até o ano 2000 e encontrarem-se num estado “aceitável” de conservação.
A votação não é gratuita. As ligações são feitas para números encontrados no site http://www.new7wonders.com/
.
Metade do dinheiro arrecadado no projecto será usado para a restauração de monumentos em todo o mundo.
Um dos projectos da ONG é a reconstrução das estátuas gigantes dos Budas de Bamiyan, destruídas pelos Taliban no Afeganistão em 2001.

A organização New 7 Wonders Foundation diz que o objectivo da iniciativa é fazer um alerta sobre a destruição do património cultural da humanidade, e que metade da receita obtida com os votos será investida na restauração de monumentos em vários cantos do mundo.
A lista dos 21 candidatos:
1. Acrópole, Atenas, Grécia.
2.Alhambra, Granada, Espanha
3.AngkorVat, Cambodja.
4.Pirâmide de Chichén Itzá, Yucatão, México
5.Cristo Redentor, Rio de Janeiro, Brasil
6.Coliseu, Roma , Itália
7. Estátuas da Ilha de Páscoa, Chile
8.Torre Eiffel, Paris, França
9.Grande Muralha, China
10.Basílica de Santa Sofia (Hagia Sophia), Istambul, Turquia
11.Templo de Kyomizu, Quioto, Japão
12.Kremlin, Moscovo, Rússia
13.Machu Picchu, Peru
14.Castelo de Neuschwanstein, Fussen, Alemanha
15.Ruínas de Petra, Jordânia
16.Pirâmides de Gizé, Egipto
17.Estátua da Liberdade, Nova Iorque, EUA
18.Stonehenge, Amesbury, Reino Unido
19.Ópera de Sydney, Austrália
20.Taj Mahal, Agra, Índia
21.Timbuktu, Mali

terça-feira, janeiro 03, 2006

Acidentes Provocam Menos 42 Mortos em 2005


O número de mortos em resultado de acidentes de viação baixou 3,7 por cento em 2005 face ao ano passado, de acordo com os dados provisórios divulgados ontem pela Direcção-Geral de Viação.
A redução das vítimas mortais não é tão significativa como em 2004, ao contrário dos feridos graves e dos feridos leves, que mantiveram a nítida tendência decrescente.
As estradas portuguesas do continente fizeram, no ano passado, 1093 vítimas mortais que não resistiram ao impacte dos acidentes no local ou a caminho do hospital.

O número representa uma quebra de 3,7 por cento face a 2004, mas fica muito aquém da descida extraordinária de 16,2 por cento registada no ano anterior em comparação com 2003.
Os acidentes rodoviários provocaram ainda 3713 feridos graves, o que representa uma redução de 11,4 por cento face a 2004.
Em relação aos feridos leves, o total ascendeu a 44.957, o que corresponde a uma quebra de seis por cento em relação a 2004. In Jornal Público.
Há quem lhe chame uma “guerra civil” ao que se passa nas estradas portuguesas, eu não vou por aí e não gosto de frases-feitas.

Os portugueses estão a fazer um longo caminho para baixar a sinistralidade, basta observar que em 1975 para 1 051 000 veículos matriculados morreram 2676 pessoas, no ano passado para 7 690 000 veículos matriculados morreram 1135 pessoas.
A tendência de descida da sinistralidade é real e consecutiva (é curioso, que o custo do seguro automóvel têm uma tendência inversa) nos últimos anos, embora, o número de pessoas que morrem por ano nas estradas portuguesas continue elevado, ainda por cima, para cúmulo, a maioria das vitimas são jovens em idade activa.
Mas apenas uma real educação civíca e uma consciencialização de que podemos fazer melhor, pode reduzir drasticamente este grave problema de saúde pública em Portugal.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Bom Ano


"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente...
Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada.
Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar.
Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente...
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes e que eles possam mover-te a cada minuto, ao rumo da tua felicidade!"
Carlos Drummond de Andrade