sexta-feira, junho 30, 2006

Uma Maneira Diferente, de Vibrar com a Selecção Nacional...


"Para as longas semanas do Campeonato do Mundo de Futebol", diz a publicidade.
...Provavelmente, a sugestão é mais adequada aos "intelectuais do rectângulo à beira-mar plantado", que à maioria das mulheres portuguesas.

terça-feira, junho 27, 2006

Ronaldo: O Melhor Marcador da História do Mundial


Ronaldo tornou-se o melhor marcador da história do Campeonato do Mundo aos quatro minutos do jogo Brasil-Gana desta terça-feira. O golo que marcou em Dortmund foi o 15º do «Fenómeno» em fases finais e permitiu-lhe ultrapassar Gerd Muller, o «Bombardeiro» alemão que detinha o recorde há mais de 30 anos.
Ronaldo já tinha marcado dois golos no Mundial 2006, frente ao Japão, que junta aos oito de 2002 e quatro de 1998.
Por outro lado, o golo de Adriano contra Gana foi o 200.º golo do Brasil em Mundiais. É a primeira selecção a alcançar este número.
O Brasil, que participou de todos os Mundiais, tem agora 200 golos e é perseguido pela Alemanha, com 186 tentos. Os germânicos participaram em menos dois Mundiais que o Brasil, mais concretamente em 1930 e 1950.
O primeiro golo do Brasil foi marcado por Preguinho, a 14 de Julho de 1930.

O centésimo aconteceu em 1970 e o seu autor foi Pelé, na final contra a Itália (4-1).

segunda-feira, junho 26, 2006

A Batalha de Nuremberga


Fantástico! Portugal garantiu, este domingo, um lugar entre as oito melhores selecções do planeta ao alcançar, em Nuremberga, o apuramento para os quartos-de-final do Campeonato do Mundo Alemanha-2006. O triunfo (1-0) sobre a formação ‘laranja’ não só reforçou a ‘tradição’ de a Equipa das Quinas levar a melhor sobre o conjunto actualmente orientado por Marco Van Basten – seis vitórias em dez encontros disputados, havendo apenas lugar a um desaire –, como fez, ainda, os comandados de Luiz Felipe Scolari atingir os objectivos a que se propuseram desde que foi garantida a sua presença em terras germânicas: chegar aos ‘quartos’.Pela frente, a nossa Selecção terá, agora, a Inglaterra, vencedora, horas antes, do duelo com o Equador, com um tento solitário de David Beckham. Gelsenkirchen (sábado, pelas 16h00, hora de Portugal Continental) será, então, o palco da quinta etapa de uma caminhada que todos desejamos só termine no próximo dia 9 de Julho, em Berlim.
- Ficha do Jogo -
Oitavos-de-final do Campeonato do Mundo Alemanha-2006.
Estádio do Campeonato do Mundo de Nuremberga.
Assistência: 41 mil espectadores.
Árbitro: Valentin Ivanov (Rússia).Árbitros Assistentes: Nikolay Golubev (Rússia) e Evgueni Volnin (Rússia).4º Árbitro: Marco Rodriguez (México).
PORTUGAL: Ricardo, Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Nuno Valente, Costinha, Maniche e Deco, Luís Figo (cap.) (Tiago, 84’), Cristiano Ronaldo (Simão Sabrosa, 33’) e Pauleta (Petit, 45’).
Suplentes não utilizados: Quim, Paulo Santos, Paulo Ferreira, Ricardo Costa, Marco Caneira, Hugo Viana, Boa Morte, Hélder Postiga e Nuno Gomes.
Treinador: Luiz Felipe Scolari.
Golos: Maniche (23’).
Disciplina: Cartão amarelo exibido a Maniche (19’), Costinha (31’ e 45’+1’), Petit (49’), Figo (59’), Deco (72’ e 77’), Ricardo (75’) e Nuno Valente (76’). Cartões vermelhos exibidos a Costinha (45’+1’) e a Deco (77’).
HOLANDA: Edwin Van der Sar (cap.), Khalid Boulahrouz, Andre Ooijer, Joris Mathijsen (Rafael Van der Vaart, 54’), Giovanni Van Bronckhorst, Wesley Sneijder, Mark Van Bommel (John Heitinga, 67’), Phillip Cocu (Jan Vannegoor of Hesselink, 84’), Robin Van Persie, Dirk Kuyt e Arjen Robben.
Suplentes não utilizados: Henk Timmer, Maarten Stekelenburg, Kew Jaliens, Denny Landzaat, Ruud Van Nistelrooy, Jan Kromkamp, Tim De Cler, Hedwiges Maduro e Ryan Babel.
Treinador: Marco Van Basten.
Disciplina: Cartões amarelos exibidos a Van Bommel (2’), Khalid Boulahrouz (7’ e 62’) e Van Bronckhorst (58’ e 90’+5’), Wesley Sneijder (72’) e Van der Vaart (74’). Catão vermelho exibido a Khalid Boulahrouz (62’) e a Van Bronckhorst (90’+5’).FonteFPF.

domingo, junho 25, 2006

Futebol a Alegria do Povo


Está na moda, pelo menos de parte de alguma da elite pensante portuguesa, atacar a alienação da população portuguesa provocada pelo mundial de futebol. Contudo, por muito que tentem esclarecer em longas e exaustivas dissertações, continuam sem explicar porque consideram que existe um problema com esta temporária fuga da realidade.
Não é necessário um raciocínio demasiado elaborado para perceber que este corte com o quotidiano é auto induzido e, não sendo perceptível a diferença entre o antes e o depois na forma como abordam a vida e os seus problemas, tudo isto mais parece um ataque ao jogo do que outra coisa qualquer. A única diferença reside nos limites da alienação. Assim, a atitude normal é fingir que os problemas não existem, enquanto que neste momento, durante os jogos esvaziam o cérebro de todos os pensamentos e retrocede-se do ponto de vista existencial aos primórdios da evolução humana, quando o significado da vida não era a questão fundamental.
Ao ler alguns artigos, sobreveio claramente uma ideia que quase se pode generalizar. Há pessoas que, na sua redutora concepção do mundo, não percebem que os outros possam ter interesses diversos dos seus. O comum dos mortais gosta de futebol. Quem se considera além dessa comunidade não pode sofrer dos mesmos males, sob pena de se tornar também comum. Se assim fosse, estes espíritos narcisistas estariam de alguma forma a negar-se o direito de serem condescendentes. Ao contemplarem extasiados a sua existência, intitulam-se de guardiães da moral pública e cívica, enquanto, deslumbrado e inconsciente, o povo apenas se preocupa com o futebol.
Convencem-se que apenas eles continuam a manter a vigilância perante tudo o que corre mal neste país, alertando todos os incautos que, quando a festa chegar ao fim, todos os problemas ainda cá estarão. Esta atitude é de uma arrogância e de um autismo sem limites.
De uma arrogância porque é uma forma de se colocarem à margem num patamar de superioridade, conseguindo, deste modo, evidenciar-se. A sua mensagem é simples:
-As pessoas inconsequentes não têm a capacidade de perceber as consequências deste estado de transe futebolístico e são, por isso mesmo portadoras de uma insondável imoralidade, com origem na forma efusiva com que vivem o mundial de futebol. Para grandes males, grandes remédios e cá estão os auto nomeados protectores para impedir o esquecimento e, aproveitando a ocasião, exercerem a sua função de educadores.
De autismo, e aqui é que se revelam no seu pior, porque não se apercebem o porquê da necessidade de alienação, ou melhor, de uns momentos de abstracção. Se atentarmos ás agruras com que quase todas as pessoas convivem diariamente, este distanciamento conseguido, ainda que efémero, constitui o único momento de ausência de preocupações, uma espécie purga momentânea do sofrimento suportado.
Assim, com maior ou menor gravidade, a vida não está fácil para a maioria de população mundial. As guerras, a fome, as doenças, problemas ambientais, os problemas sociais, são factores não apenas de instabilidade social, mas também, e fundamentalmente, de instabilidade pessoal.
Quem pode, por tudo isto, condenar esta busca de esquecer? Ninguém. Confrontar-se minuto a minuto com o espectro do desemprego, com o mês que sobra para o dinheiro que se tem, com a falta de expectativas para o futuro, é algo desesperante. Dói na alma com uma intensidade, que só que tem estes problemas o sente verdadeiramente. Para os outros, esses que escrevem, não passam de temáticas para emitirem um opinião massacrante e desfasada da realidade.
Às pessoas a quem são pedidos continuamente sacrifícios, a quem se apontam todos os defeitos, para os quais crise e vida são uma e a mesma coisa exige-se mais do que é possível suportar. A título de exemplo e não raras vezes, eis que surge uma série de iluminados com comentários do género, - “temos que subir a taxa de juro, para controlar a inflação” – palavras que ferem com adagas o já muito mutilado cérebro obrigado a uma permanente ginástica mental para a sobrevivência económica, enquanto sentem o nó na garganta a apertar mais um bocadinho.
Que convive diariamente com a subida dos lucros dos bancos em coexistência com a subida das suas dificuldades para sobreviver, não merece que lhe dêem alguma folga existencial? À sua escolha? Sem virem os arautos da desgraça e putativos portadores da moral cívica a exercer uma crítica que não é justa.
O futebol é, deste modo, como o álcool, sem provocar os estragos quase permanentes que estão associados ao alcoolismo. Assim como a ressaca traz consigo as lembranças que o álcool pretendia afogar, o fim dos jogos ou da festa trazem a vida com eles. Só que uma purga pode ter efeitos rejuvenescedores, o distanciamento conseguido pode permitir amolecer uma qualquer obsessão e garantir um reposicionamento face aos problemas. Se assim não for, o caminho para a depressão é retomado, após um curto intervalo. Em suma, o que se procura é uma abstracção que permita alguma espécie de felicidade, ainda que efémera. Será isto condenável?

Filipe Pinto.

Uma Dose Extra de Vitamina C...


... antes de comer os bifes!
A Holanda volta hoje a estar no caminho de Portugal rumo à final de uma grande competição de futebol, agora nos oitavos-de-final do Mundial Alemanha2006, às 20:00 , em Nuremberga.
A última vez que as duas equipas defrontaram foi a 30 de Junho de 2004 nas meias-finais do Euro2004, tendo então Portugal "carimbado" o acesso à final com uma vitória por 2-1, com golos de Cristiano Ronaldo e Maniche e um auto-golo de Jorge Andrade.
O encontro do Estádio José Alvalade, em Lisboa, marcou a última derrota dos holandeses em competições oficiais e ainda a despedida de Dick Advocaat do comando técnico da equipa "laranja".
A Holanda passou então a ser orientada por Marco van Basten e nos 12 encontros da qualificação para o Mundial averbou 10 vitórias e dois empates, pelo que, somando os jogos do Alemanha2006, já vai numa série de 15 jogos oficiais sem conhecer a derrota.
O único desaire sob o comando de Van Basten aconteceu a 12 de Novembro de 2005, por 3-1 num encontro particular com a Itália, disputado em Amesterdão.
Na Alemanha, a Holanda venceu os dois primeiros jogos, face à Sérvia e Montenegro (1-0, com um tento de Arjen Robben) e à Costa do Marfim (2-1, com golos de Robin van Persie e do "inevitável" Ruud van Nilstelrooy) e empatou com a Argentina (0-0).
Se o passado recente dá aos holandeses razões para acreditar nas credenciais de Marco Van Basten, a história de confrontos com a turma das "quinas" é largamente favorável aos portugueses: cinco vitórias, três empates e uma derrota (11-5 em golos).
Portugal pode ainda orgulhar-se de ter conseguido o pleno de pontos no Grupo D da fase preliminar do Mundial, a par com Alemanha, Brasil e Espanha, marcando cinco golos e apenas sofrendo um, na vitória sobre o México, por 2-1.
Pauleta, Cristiano Ronaldo, Deco, Maniche e Simão foram os autores dos cinco golos de Portugal, que na primeira fase registou ainda triunfos frente a Angola (1-0) e Irão (2-0).
Em Nuremberga, deverá quase repetir o "onze" que venceu a Holanda em Alvalade, excepção feita a Jorge Andrade, substituído por Fernando Meira devido à lesão sofrida pelo jogador do Deportivo da Corunha ainda antes do Mundial.
A Holanda mudou bastante sob o comando de Van Basten e apenas o guarda-redes Van der Sar, o defesa Van Bronchorst, o médio Cocu, o extremo Robben e o avançado Van Nistelrooy se mantêm como prováveis titulares em relação ao jogo do Euro2004, embora o ponta-de-lança do Manchester possa até ceder o lugar Dirk Kuyt.
O vencedor do encontro defronta nos quartos-de-final a selecção que ganhar o outro encontro de hoje, a disputar a partir das 16:00 entre Inglaterra e Equador, em Estugarda.
- Em Nuremberga, 20:00 (SIC e SportTV).

Equipas prováveis:
Holanda: Van der Sar, Boulahrouz, Ooijer, Mathijsen, Bronckhorst, Van Bommel (Van der Vaart), Sneijder, Cocu, Van Persie, Van Nistelrooy (Kuyt) e Robben.
Portugal: Ricardo, Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Costinha, Maniche, Deco, Figo, Cristiano Ronaldo e Pauleta.
Lusa.

sábado, junho 24, 2006

Por Favor, Faça Download...


...e dê uma ajuda à música portuguesa.
"Sempre que sacas uma música estás a contribuir para que os nossos concertos acabem".
D'zrt.

sexta-feira, junho 23, 2006

Ronaldo iguala Müller como melhor marcador da história dos Mundiais


O atacante Ronaldo igualou ontem o alemão Gerd Müller como o melhor marcador da história dos Campeonatos do Mundo, ao fazer dois golos na vitória do Brasil, por 4 a 1 contra o Japão, em Dortmund, na última jornada do Grupo F na competição.
O jogador do Real Madrid marcou o primeiro e o quarto golo da selecção na goleada sobre os japoneses. Com isso, o atacante Ronaldo chegou à marca de 14 golos e igualou o alemão Müller, que havia marcado por dez vezes no Mundial do México em 1970 e quatro no Mundial da Alemanha em 1974.
Além dos dois golos marcados ontem na partida diante do Japão, Ronaldo foi o goleador do Mundial Coreia-Japão em 2002 com oito golos, e fez mais quatro na edição de 1998, em França.
Na partida em Dortmund, o avançado do Brasil deixou para trás na tabela dos melhores goleadores em Mundiais o francês Just Fontaine, que soma 13 golos, todos no Mundial da Suécia em 1958 e Pelé, que totaliza 12, em quatro edições do torneio.
Lista dos melhores marcadores da história dos Mundiais:
.1. Gerd Müller (ALE) 14 + Ronaldo (BRA) 14 .
2. Just Fontaine (FRA) 13 .
3. Pelé (BRA) 12 .
4. Sandor Kocsis (HUN) 11 .+. Juergen Klinsmann (ALE) 11 .
5. Helmut Rahn (ALE) 10 .+. Teófilo Cubillas (PER) 10 .+. Grzegorz Lato (POL) 10 .+. Gary Lineker (ING) 10 .+. Gabriel Batistuta (ARG) 10.
6. Eusébio (POR) 9.

quinta-feira, junho 22, 2006

A Mão de Deus


De acordo com um inquérito aos fãs de futebol levado a cabo pelo Yahoo!, o controverso golo de Diego Maradona marcado com a “Mão de Deus” contra a Inglaterra, em 1986, é o momento mais recordado da história do Mundial de Futebol.
O inquérito, patrocinado pela Philips, questionou 4.500 adeptos de futebol na Argentina, Brasil, México, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, França, Espanha e Holanda, sobre vários temas relativos ao Mundial de Futebol, antecipando o próximo Campeonato que se disputa na Alemanha e do qual a Philips é Patrocinador Oficial.
45% dos inquiridos consideraram o golo do jogador argentino contra a selecção da Inglaterra em 1986 como o momento mais memorável dos Campeonatos do Mundo. Este exemplo recolheu maioria de votos em países como a Argentina, Brasil, México e Itália.

Passam hoje vinte anos.
Certamente este foi um dos golos mais famosos da carreira do polémico génio argentino. A partida, válida para os quartos-de-final do Campeonato do Mundo de 1986, no México, estava cercada de expectativas. Poucos anos antes, Inglaterra e Argentina tinham- se envolvido num conflito armado pela posse das Ilhas Malvinas.
Liderando uma selecção visivelmente limitada, Maradona era a maior fonte de preocupações da Selecção Inglesa. Com marcação especial, a selecção britânica vinha conseguindo segurar o jogador argentino até o sexto minuto do segundo tempo.
Porém após uma tabela entre Maradona e o atacante Valdano, um recuo errado do defesa central Peter Reid propiciou ao craque argentino ter condições de disputar uma bola aérea com o guarda-redes inglês Peter Shilton.
Contudo, Peter Shilton estava melhor colocado e a bola estava dentro da área, onde ele poderia se antecipar usando o braço. Surpreendendo Shilton, Maradona aproveitou-se do posicionamento que encobria a visão do árbitro tunisino Ben Naceur e esticou a mão, fazendo um “chapéu” ao guarda-redes e marcando o golo que abriria o caminho para a vitória.
Os jogadores ingleses correram para o árbitro certos de que ele anularia o golo. Só a diferença de estatura entre Shilton e Maradona já era o suficiente para concluir que Maradona não podia alcançar a bola sem usar o braço. Mas Naceur olhou para o seu auxiliar, que validou o golo.
O episódio destabilizou a equipa inglesa, que ainda veria Maradona marcar mais um, desta vez um golo legal, considerado o mais bonito golo de toda a história dos Mundiais.A uma pergunta sobre o lance após o jogo, Maradona limitou-se a responder: “Este golo foi feito pela cabeça de Maradona e a mão de Deus”.

Data: 22 de Junho de 1986

Assistência:114580 espectadores.

Argentina 2 – 1 Inglaterra

Local: Estádio Azteca, na Cidade do México.

Argentina: Pumpido; Cuciuffo, Brown, Ruggeri, Olarticoechea; Batista, Giusti, Burruchaga (Tapia) e Enrique; Valdano e Maradona.

Inglaterra: Shilton ; G.M.Stevens, Butcher, Fenwick e Sansom; Hoddle, Steven (Barnes), Reid (Waddle) e Hodge; Lineker e Beardsley.

Golos: Maradona aos 51 e aos 54 minutos; Lineker aos 80 minutos.

quarta-feira, junho 21, 2006

Qual Choque Tecnológico?...


Portugal é um dos seis países da União Europeia onde mais de metade da população não tem quaisquer competências informáticas básicas. A nível global, os números são igualmente significativos mais de um terço da população europeia (37%) tem conhecimentos nulos de informática. Estes resultados obtidos pelo Eurostat, o instituto de estatística da UE, são uma má notícia para os responsáveis europeus, que perspectivam uma economia competitiva baseada na inovação.
De acordo com o estudo realizado pelo Eurostat relativo ao ano 2005, a Itália, a Grécia, a Hungria, Portugal e Chipre são os países com os maiores índices de desconhecimento informático na Europa. Pelo contrário, são essencialmente os países nórdicos que apresentam os melhores indicadores, surgindo em primeiro lugar a Dinamarca, a Suécia e o Luxemburgo. Em Portugal, este “analfabetismo informático” atinge 54% da população, que é considerada incompetente de acordo com os seis critérios utilizados pelo Eurostat para medir tais capacidades.
O estudo avaliou a capacidade de usar um “rato” para lançar programas como os que permitem aceder à Internet ou utilizar o processamento de texto “Word”; copiar ou mover um ficheiro; copiar, duplicar ou transferir informação; efectuar operações básicas de aritmética (subtracção, adição, divisão e multiplicação); comprimir ficheiros; ou ainda escrever um programa de computador usando linguagem especializada. Mas a idade tem uma importância fundamental nestes resultados. Do total de portugueses totalmente incompetentes na matéria, apenas 13% pertencem ao grupo etário dos 16-24 anos, enquanto 49% integram o grupo dos 25-54 anos.
Em Portugal, como noutros estados-membros, a educação também é factor determinante das competências informáticas. Só 1% dos estudantes e 5% dos cidadãos com um grau de educação superior e se revelam incompetentes. Em contrapartida, os desempregados portugueses registam um índice elevado, 57%, de iliteracia informática.Piores que os portugueses, estão os gregos (dos quais 65% não sabem usar um computador), italianos (59%) e húngaros (57%). Chipre e Lituânia apresentam taxas de iliteracia informática de 54 e 53%, respectivamente.
No extremo oposto, aparecem Dinamarca, Suécia, Luxemburgo, Alemanha e Reino Unido onde só menos de um quarto da população se encontra nessa situação.No conjunto da UE-25, mais de um terço da população não tem quaisquer competências na matéria, com diferenças assinaláveis entre gerações e entre grupos sociais. Em média, 65% dos idosos (entre 55 e 74 anos) não sabem usar o computador, embora a percentagem de iliteratos varie entre 93% na Grécia e 27% na Dinamarca e Suécia. Não foram disponibilizados dados relativos aos idosos portugueses.
O Eurostat também quantifica a percentagem de população com um elevado nível de conhecimentos informáticos. Aqui a média europeia é de apenas 22%, contra 42% no Luxemburgo e 39% na Dinamarca e 32% na Suécia.
Em Portugal, a distribuição da população com maiores conhecimentos informáticos é notória em particular na escalão dos 16-24 anos (42%) e entre os estudantes (65%) e os detentores de graus superiores (63%). Em termos gerais, 21%da população portuguesa revela bons conhecimentos nesta área. O estudo do Eurostat foi realizado sem os dados de oito países da UE (França, Espanha, Bélgica, Irlanda, República Checa, Malta, Holanda e Finlândia), tidos como fortes em conhecimentos informáticos, mas representa 60% da população europeia. JN.

segunda-feira, junho 19, 2006

Roald Amundsen


Roald Engelbregt Grauning Amundsen, nasceu em 16 de Julho de 1872, perto de Oslo, Noruega e deixou a sua marca na era heróica das expedições antárcticas como um dos mais bem sucedidos exploradores polares. A sua carreira de aventuras começou aos 15 anos, quando abandonou os estudos medicina, para se juntar à expedição belga à Antártida em 1899,comandada por Adrien de Gerlache, esta expedição foi a primeira a passar um Inverno na Antártida. Mais tarde, Amundsen tornou-se o primeiro a atravessar a famosa Passagem do Noroeste, no seu navio “Gjoa”, entre 1903 / 1906. Após esta expedição, Amundsen estabeleceu os planos para alcançar o Pólo Norte, a bordo do famoso navio de Nansen, o “Fram”. Porém, a notícia do sucesso de Peary da chegada ao Pólo Norte fez com que ele mudasse o seu objectivo.
“O Pólo Norte foi alcançado”, era a notícia que se espalhou por todo o mundo como um relâmpago. Robert E. Peary tinha alcançado o Pólo Norte em 6 de Abril de 1909 mas só em Setembro de 1909 a noticia chegou a Amundsen. O plano original para a terceira viagem do “Fram” – a exploração da calote polar norte – foi rapidamente deixado de lado. Para salvar a expedição, Amundsen imediatamente voltou a sua atenção para o Sul, enquanto enfatizava aos seus financiadores que a viagem do “Fram” ao Árctico seria, de todo modo, uma expedição científica, e não teria nenhum propósito de quebrar recordes. Daí por diante, tanto quanto os patrocinadores estavam cientes, a viagem de Amundsen ao Árctico não seria influenciada de nenhuma maneira pelo sucesso de Peary. Como ele estava tão endividado, sentiu que deveria manter os seus planos de dirigir-se ao Pólo Sul em segredo.
Amundsen escreveu: “Eu sei que tenho sido reprovado por não ter esclarecido os meus planos publicamente ao menos uma vez, de maneira que, não apenas os meus patrocinadores, mas também os exploradores que se preparavam para seguir para as mesmas regiões tivessem conhecimento deles. Eu estava bem ciente de que essas críticas viriam e, daí por diante, sempre pesei cuidadosamente este lado da questão”.Também achou importante manter as suas intenções secretas para os colegas exploradores: “... Nem senti grandes escrúpulos em relação às outras expedições antárcticas que estavam a ser planeadas naquela época. Eu sabia que poderia informar o Capitão Scott da extensão de meus preparativos antes que ele deixasse a civilização, e então, alguns meses a mais ou a menos não poderiam ser de grande importância. Os planos e equipamentos de Scott eram tão diferentes dos meus próprios, que eu considerei o telegrama que lhe mandei mais tarde, com a informação de que estávamos de partida para a região antárctica, mais como um acto de cortesia do que como uma comunicação que pudesse fazê-lo alterar os seus planos no mais ínfimo grau. A expedição britânica foi planeada exclusivamente para fins de pesquisa científica. O Pólo Sul era apenas um objectivo secundário, enquanto no meu plano era o objectivo principal”.
A intenção de Scott de tentar alcançar o Pólo Sul era amplamente conhecida, e certamente não era um objectivo secundário. Amundsen admitia que estava endividado, e sabia que a melhor maneira de conseguir dinheiro, para pagar as dívidas, seria alcançar um triunfo espectacular. Escreveu; “Se, àquela altura, eu tivesse tornado os meus planos públicos, somente teria dado ocasião para uma grande polémica pelos jornais, e possivelmente teria matado o meu projecto à nascença. Tudo tinha que ser aprontado rápida e calmamente. O meu irmão, em cuja absoluta discrição eu podia confiar cegamente, foi a única pessoa a quem eu confiei o segredo da minha mudança de planos, e ele fez muitos serviços importantes durante o tempo em que somente nós, dividimos este conhecimento. O outro homem a saber da mudança de planos foi o comandante do navio, Tenente Thorvald Nielsen. Amundsen manteve seus planos tão secretos, que apenas estes dois homens, juntamente com os Tenentes Prestrud e Gjertsen, sabiam deles antes que o “Fram” alcançasse a Ilha da Madeira, ostensivamente em rota para Buenos Aires, de onde partiria rumo ao Norte, para o Árctico. A viagem até a Ilha da Madeira tinha, supostamente, o propósito de pesquisa oceanográfica.
Os noruegueses deixaram Oslo, na Noruega, a 9 de Agosto de 1910, oito semanas depois que a expedição de Scott havia deixado Cardiff. A bordo, estavam 97 cães da Groenlândia, a chave para o sucesso de Amundsen, junto com uma cabana e provisões para dois anos na Antártida. Um mês depois, o “Fram” chegou à Ilha da Madeira, e abasteceu-se de água e outras provisões. Pequenos reparos foram feitos no navio, enquanto a tripulação aproveitava algum tempo livre em terra.
Na noite de 9 de Setembro, cerca de três horas antes de partir para a Antártida, Amundsen pediu a atenção da tripulação. Muitos dos homens ficaram intrigados e irritados, pois estavam a escrever as últimas cartas para casa. Quando chegaram ao “deck”, Amundsen estava em pé, próximo a um mapa da Antártida pregado ao mastro principal. Então disse: “É minha intenção rumar ao Sul, desembarcar um grupo no continente, e tentar alcançar o Pólo Sul”.Gjertsen escreveu: “A maioria ficou, boquiaberta, olhos pregados no Chefe, como outros tantos pontos de interrogação”.Amundsen perguntou pessoalmente, a cada homem, se, se juntariam a ele nesta jornada épica. O último homem a ir à terra foi o irmão de Amundsen, Leon. A sua tarefa seria enviar as cartas da tripulação, e enviar uma mensagem a Scott... mas nunca antes do início de Outubro, quando Amundsen sabia que estaria além do ponto de retorno possível.
Depois de deixar a Ilha da Madeira, Amundsen desapareceu, rumando para destino desconhecido. Scott nunca sonharia que este era o Mar de Ross, na Antártida. Scott, a bordo do “Terra Nova”, chegou a Melbourne na noite de 12 de Outubro de 1910.
Junto com o correio que o esperava, estava o telegrama de Amundsen, mandado da Ilha da Madeira, o qual trazia uma completa surpresa:“Estou partindo. Informo-o. Destino Antárctida. Amundsen”.
Levou quatro meses para que o “Fram” chegasse à Baía do Mar de Ross, em 14 de Janeiro de 1911. Amundsen escolheu a Baía das Baleias como quartel-general de Inverno, por várias razões. Primeiro, eles desembarcariam um grau mais perto do Pólo Sul do que Scott, que o colocaria 60 milhas mais perto do Pólo. Segundo, Amundsen poderia instalar o seu quartel-general bem junto ao campo de trabalho. Terceiro, a vida animal na Baía das Baleias era extraordinariamente rica, e oferecia toda a carne fresca que a tripulação precisava, na forma de focas, pinguins, etc. Além disso, ela oferecia um local favorável para investigação das condições meteorológicas em todas as direcções, e era muito fácil de ser atingida por navio. O descarregamento começou a 15 de Janeiro, com o acampamento estabelecido 2 milhas (3,2 km) terra adentro.
O primeiro trenó foi carregado com mantimentos, atado a oito cães, e conduzido para lá por Amundsen.Durante as três semanas seguintes, cinco trenós, 46 cães e cerca de 10 toneladas de mantimentos foram descarregados no campo base. Enquanto isso, o carpinteiro, Jorgen Stubberud, supervisionava a montagem da cabana pré-fabricada. Depois de uma visita do “Terra Nova” de Scott, o campo base foi baptizado de “Framheim – A casa de Fram”, e as viagens para estabelecer os depósitos de mantimentos de apoio começaram. Dentro de um período de três semanas, depósitos foram estabelecidos a 80ºS, 81ºS, 82ºS... Mais de uma tonelada e meia de mantimentos foram armazenadas dentro de um raio de 480 milhas (770 km) do Pólo. Em 21 de Abril, o Sol finalmente pôs-se, e o longo Inverno começou.
Uma grande quantidade de trabalho tinha que ser feita durante os quatro meses seguintes, preparando a expedição ao Pólo. Amundsen estava plenamente consciente dos problemas potenciais que poderiam advir de ter nove homens confinados em quartos pequenos durante as longas noites de Inverno, e assim introduziu rapidamente uma rotina estrita. Durante seis dias da semana, os homens levantavam às 7:30 da manhã, tomavam o café da manhã, começavam a trabalhar às 9:00 e almoçavam às 12:00. Voltavam para o trabalho às 2:00 da tarde até às 5:15, com o resto dia para fazer o que quisessem.
Em 24 de Agosto o Sol reapareceu, e os trenós carregados foram tirados dos seus abrigos subterrâneos. Porém, outros dois longos e frustrantes meses se passaram, até que o tempo aquecesse o suficiente para permitir a partida. A tensão aumentava a cada dia que passava. Amundsen, várias vezes, preparou os homens e os cães para partirem, apenas para cancelar tudo à última hora. No dia 8 de Setembro, partiram através do gelo: oito homens com trenós, puxados por 86 cães. A princípio, o tempo estava esplêndido, e eles cobriram 31 milhas em três dias.
Mas, as condições mudaram abruptamente, com a temperatura caindo vertiginosamente, tiveram que desistir, e voltar ao acampamento. Finalmente, a 20 de Outubro de 1911, Amundsen, Bjaaland, Wisting, Hassel and Hanssen partiram na sua jornada definitiva para o Pólo Sul. Quatro trenós foram usados, cada um puxado por 13 cães. O progresso foi bastante bom, apesar de alguns problemas com fendas no gelo, chegaram ao depósito situado a 80ºS a 24 de Outubro.
Alimentaram os cães com carne de foca, armazenada ali, e repuseram as provisões que gastaram no caminho. No dia seguinte, partiram cedo, com os cinco homens em esquis. Percorriam em média 20 milhas (32 km) por dia, e alcançaram 82ºS a 4 de Novembro.Em 11 de Novembro, avistaram alguns picos de montanhas ao longe, as quais Amundsen chamou de “Serra da Rainha Maud”, em homenagem à então Rainha da Noruega.
Chegando ao sopé da serra, acamparam e discutiram a estratégia a ser empregada na arrancada final para o Pólo, distante ainda, cerca de 340 milhas (544 km).O plano final consistiu em separarem provisões para 30 dias, juntamente com os restantes 42 cães, e subir a serra. Depois de alcançar o topo, 24 dos cães seriam mortos, e a carne utilizada para alimentar os outros, pois não seriam mais necessários, usando os outros 18 cães para chegar ao Pólo. Lá chegando, mais 6 cães seriam mortos, para alimentar os 12 restantes na viagem de volta à base. A 17 de Novembro, eles começaram a escalada do glaciar Axel Heiberg.O tempo estava agradável, e a escalada foi muito tranquila, pois cobriram 12 milhas (19,2 km) antes de montar acampamento, a 650 m de altitude.
Quatro dias depois, a 21 de Novembro, encontravam-se no topo, tendo conseguido carregar 1 tonelada de provisões a 3.000 m. 24 Cães foram mortos, e a equipa permaneceu ali por mais 4 dias, antes de partir. Como já haviam esperado dois dias a mais do que haviam planeado, não tinham escolha, que a de sair dali o mais rápido possível.Durante os 10 dias seguintes lutaram, 5 homens e 18 cães, contra a neve, rajadas de vento de até 35 milhas (56 km) por hora, e espessa neblina. Finalmente alcançaram o planalto, só para se defrontarem com o “Salão de Dança do Diabo”, um glaciar com uma fina camada de neve cobrindo perigosas e profundas fendas no gelo. Esta provou ser a parte mais difícil da jornada.A 8 de Dezembro, com o sol brilhando, cruzaram o ponto mais ao sul alcançado por Shackleton, 88º23’S. Estavam a apenas 95 milhas (152 km) do Pólo.
Os cães estavam famintos e exaustos, e os homens tinham muitos ferimentos, e queimaduras faciais, mas ainda assim, seguiram em frente. Quanto mais se aproximavam do Pólo, mais Amundsen temia ser derrotado por Scott.A tentação de correrem para o Pólo, a toda velocidade, era compartilhada por todos eles. Às 15.00 horas do dia 14 de Dezembro de 1911, houve um grito geral de “Alto”, pois os instrumentos dos trenós marcavam a chegada ao Pólo Sul. Haviam alcançado o seu objectivo. Num acto simbólico do seu esforço e união, todos os homens empunharam uma bandeira da Noruega nas suas mãos queimadas pelo gelo, e fincaram-na no chão duro do Pólo Geográfico Sul. Amundsen nomeou o planalto de “Planalto do Rei Haakon VII”.Houve uma pequena festa na tenda, naquela noite, com cada homem recebendo uma pequena porção de carne de foca.
À meia-noite, observações astronómicas situaram-nos a 89º56’S. Prontamente, eles circularam em redor da tenda, num raio de cerca de 2,5 milhas (4 km), para se certificarem de passar sobre o Pólo. Ao meio-dia de 17 de Dezembro, as medições finais foram feitas, e ficou claro que eles haviam feito tudo que podiam, e era hora de partir. Uma tenda foi erguida, e recebeu o nome de “Poleheim – Casa do Pólo”, onde Amundsen deixou uma mensagem para Scott, juntamente com uma carta para o rei Haakon.Entretanto, Robert Falcon Scott (nasceu 1868, morreu em 1912) tinha partido do seu acampamento – base no dia 1 de Novembro de 1911 com 16 homens, 233 cães, 10 póneis siberianos e 13 trenós, com um pesado equipamento para pesquisa científica. Em determinados intervalos, alguns homens propositadamente abandonavam a equipa e retornavam ao acampamento base, deixando mantimentos ao longo do caminho para assegurar o retorno de Scott e a sua equipa. Alguns trenós quebraram, os póneis tiveram de ser abatidos e os cães não tinham condições para carregar tanto peso.
No dia 4 de Janeiro de 1912, enquanto Amundsen já fazia a viagem de regresso do Pólo Sul, o último auxiliar deixou a equipa. Scott, ficou com 4 homens, Bowers,Evans, Oates e Wilson. Com enormes dificuldades alcançaram o Pólo Sul no dia 17 de Janeiro de 1912 e descobriram que Amundsen já tinha alcançado o feito histórico.Os britânicos, exaustos e desiludidos começaram a viagem de regresso ao acampamento base. Entretanto condições de tempo muito adversas e problemas de falta de mantimentos iria impedi-los de chegarem ao acampamento. O primeiro a morrer foi Evans. Alguns dias depois Oates abandonou a barraca improvisada e nunca mais voltou.As fortes ventanias obrigaram os 3 homens restantes a permanecer no interior da barraca a cerca de 18 quilómetros do próximo depósito de mantimentos. Scott continuou a escrever no seu diário, sabendo que “o fim está próximo... pela Graça de Deus, tomem conta das nossas famílias”.
Os corpos congelados de Scott, Wilson e Bowers foram encontrados juntos aos seus pertences oito meses depois.Amundsen entretanto retornava ao acampamento base, como planeado, com todos os cinco homens e 11 cães pura “pele e osso”, era o dia 25 de Janeiro de 1912 após uma caminhada ininterrupta de três meses ao longo de 3000 quilómetros.A viagem de 30 dias até a Tasmânia foi extremamente frustrante para Amundsen, que queria ser o primeiro a anunciar sua conquista.
A 7 de Março de 1912, Amundsen finalmente pode enviar uma mensagem ao seu irmão Leon a noticiar o feito histórico.Apesar do drama vivido por Scott, a comunidade internacional celebrou o feito de Amundsen que foi possível graças à excelente organização e à escolha do melhor equipamento.Durante a Primeira Guerra Mundial, Amundsen conseguiu uma quantia significativa de dinheiro, comerciando com os países beligerantes. Assim, conseguiu construir um navio, o “Maud”, com o qual continuou as suas aventuras árcticas.
Completou a passagem noroeste, em redor da Sibéria mas falhou a sua tentativa de ir ainda mais ao Norte.A seguir, Amundsen passou a dedicar-se ao voo. Juntamente com seu patrocinador, Lincoln Ellsworth, fez história quando foi de Spitzbergen ao Alasca, sobrevoando o Pólo Norte, no aeroplano “Norge”.Este foi o primeiro voo Trans – Árctico directamente feito sobre o Pólo. Depois disso, Amundsen, com sua reputação solidamente estabelecida, retirou-se das explorações.
Quando fazia uma expedição de resgate e salvamento do explorador italiano Umberto Nobile, o seu avião despenhou-se, e Amundsen desapareceu sem deixar rasto, era o dia 18 de Junho de 1928.

domingo, junho 18, 2006

O Meu Lado Masoquista...


Exceptuando o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, penso que nenhum outro português, consegue ter "Uma viagem inesquecível de avião para Frankfurt...". Mas enfim, também nunca pensei, que o professor fosse capaz de tentar escrever sobre futebol e ainda por cima, muito mal.
Sempre me considerei equilibrado, mas desde que começou o Mundial que desconfio que tenho um lado masoquista.
Este lado "sado-maso", advém do facto de ler diariamente no jornal "A Bola", a crónica do professor Marcelo, intitulada "O Postal do Professor".
Não haverá ninguém das relações dele, que lhe possa passar a informação para deixar de escrever sobre aquilo que não percebe nada, é confrangedor ter que ler todas estas parvoíces.
Até, tento ser politicamente correcto, mas há crónicas que extravasam todo e qualquer bom-senso, daquilo que deve ser informação, ainda por cima num jornal auto-intitulado a “ bíblia do desporto".
Não restam dúvidas que o Professor é muito melhor a falar dos livros que não lê...

sexta-feira, junho 16, 2006

O Regresso

Tive uma fase de branca. Não conseguia escrever, pura e simplesmente. Nem sequer era por preguiça, apenas uma absoluta, e espero que passageira, incapacidade de dissertar sobre o que quer que fosse que apoquentava a alma. Nem sequer eram as famosas horas de angústia perante a folha de papel imaculada à espera de ser desflorada, somente uma espécie de desmoronamento interior onde, por algum tempo, deixou de ser possível encaixar os pedaços.
Sentimentos ambivalentes surgem. Uma vontade imensa de escrever e de não o fazer, acompanhada por uma estranha letargia mental e física que se sobrepõe a tudo, sentem-se as ideias mas estas têm preguiça de saltar para o papel como se donas de vontade própria e as palavras fossem inimigas mortais. Uma espécie de dor auto-infligida num processo de nostalgização que é absolutamente desconcertante.
À minha escala percebi as convulsões interiores geradas pelo confronto entre a vontade de escrever e criar e a impossibilidade de o fazer perante forças que escapam ao controlo de que tem este tipo de vivências. Os bloqueios que dominam o pensamento, que se tornam obsessões incontroláveis e que, por sua vez, dominam a existência, associado a uma noção cristalina da inexorabilidade do tempo que se escapa, são certamente os piores inimigos dos verdadeiramente grandes, quando perante uma folha a caneta não avança. Nem fraco nem bom, apenas nada.
Há também alturas em que o rio das ideias seca, uma aridez semelhante ao deserto provocada por uma episódica alienação da realidade, que é evidente quando os assuntos que normalmente nos inquietam o espírito e, apesar de nos revelarem as suas incongruências, não nos empurram para as usuais reflexões. A inércia vence, como se a existência fosse um fardo difícil de suportar.
As ideias não são coerentes, saltam aleatoriamente de neurónio em neurónio, são tantas e tão vagas e tão desprovidas de profundidade. Nada serve, como se de repente o nosso discernimento fosse mais profundo que o habitual e apenas restassem devaneios deprimentes que nos parecem, constantemente, de uma pobreza aviltante.
É por isso que a cada fase assim, sucede uma melhor e nos reencontramos com alguma paz interior. A desordem que lhe deu origem e que se apoderou da pessoa cria um estado de espírito que nos atira para uma crise existencial. Como dizem os psicólogos, reconhecer um problema é o primeiro passo para a cura, e nesse instante apercebemo-nos que permitimos que um pensamento obsessivo nos dominasse por um período, mais ou menos longo, o que possibilita o regresso ao equilíbrio, de dimensão obviamente subjectiva.
Esta de conquista configura uma espécie de regresso.
Com talento ou sem ele, exercer o direito à indignação perante as pragas que induzem o sofrimento de milhões é uma obrigação de todos. A presença de qualquer coisa que nos indigna deveria constituir um motivo com força suficiente para nos arrancar de qualquer estado letárgico. Tentar enquadrar um qualquer conceito que exponha a condição humana, descrevendo a vida nem que seja numa das mais simples dentro das suas infinitas cambiantes, pode ser uma forma de melhorar a existência de alguém. Não fazer nada, tendo a possibilidade para o fazer será um acto que, muito provavelmente, tornará o arrependimento uma obsessão implacável.
Perante isto, a única forma de acabar com a óbvia indiferença que grassa pela humanidade, claramente contra ela própria, é a exposição pública do mal. Escrever é a forma mais consistente de o fazer. As palavras, quando colocadas na ordem certa, podem ganhar a imortalidade e influenciar o futuro, pela denúncia daquilo que se afigura como inconsequente. Sonhar com um mundo melhor não basta é preciso lutar por ele com os recursos que possuímos.
O melhor, por isso, é aproximarmo-nos de qualquer sítio onde costumamos escrever, porque as reflexões fazem-se em todos os momentos de solidão, e assim tentar estabelecer um diálogo com a folha à nossa frente, colocar a caneta na posição, como que abraçada pelos dedos, e deixa-la fluir, ganhar vida própria, ser o prolongamento físico do nosso corpo, o objecto que permite a transmigração das ideias desde o cérebro até ao plano físico, acessíveis a todos, pois só aí desempenham o papel que lhes está reservado.
É que as ideias também querem sair, mas por vezes não o sabem. E quando ganham coragem para o fazer, se tiverem valor, podem mudar o mundo, ou pelo menos alterar visão que alguns têm dele. Nesses instantes é como se se conseguisse eliminar uma doença qualquer, uma espécie de demónio interior que nos faz levantar, sentar coçar, andar, estar parado, sentar outra vez, falar, calar numa inquietude incessante.
Então, o silêncio das ideias passa a ser coisa do passado, as palavras parecem fluir como água num rio, não nos limitamos a ver as coisas, reparámos nelas, devoramos a sua existência numa ânsia desmedida e incontrolável de aprisionar a sua essência. Deixamo-nos envolver pela beleza, pelo que provoca felicidade, sorvendo todos os segundos como se um único perdido fosse motivo para chorar.
Este texto é apenas isto, uma tentativa de ordenar a minha mente, dominada pelo cansaço e que algures no tempo se rendeu sem a determinação necessária ao medo de não o conseguir.

Filipe Pinto.

sexta-feira, junho 09, 2006

Quem é John Matias?

Sempre nos demos mal com a norma. Os portugueses não são um povo dado a insurreições mas se poderem defecar em cima da lei, fazem-no. Este é o país onde um acidente por excesso de velocidade é encarado como uma contingência da audácia rodoviária. Somos heróis à nossa maneira. Europeus, mas especiais. Uma espécie de Epá sem chiclet. De facto, Portugal vê a Europa como um gelado. O problema é que está sempre a chupar no pau.
Falemos agora dos males da época.
A espécie mais exemplificativa do charme luso é John Matias. Quem é John Matias? Passo a explicar:

Newark – 8:30 a.m.

Numa casa de um bairro de subúrbio votado ao esquecimento pela polícia, um casal com dois filhos faz as malas para partir de férias.
- Bob, onde está a tua irmã? – pergunta a mãe – Já são horas!
- Está no W.C. a vomitar. Ontem ela break-up com o boyfriend e depois apanhou uma carroça.
- Ó Bob, diz a essa motherfucker que se não sai da casa de banho enfio-lhe um estouro no ass! – grita, John Matias, o extremoso pai revoltado.
Tudo se resolve. A família sai de casa bem trajada:
Pai – T-Shirt lilás sem mangas, contrafacção da Armani, calções pretos e sapatilhas brancas Nike.
Mãe – Fato-de-treino adidas verde, também contrafacção, sapatilhas Nike brancas, óculos de sol castanhos e duas latas de laca no cabelo.
Filho – T-Shirt do Benfica, calções Benfica TBZ e sapatilhas brancas Nike.
Filha – T-Shirt branca com a cara da Madonna estampada, mini-saia de ganga e sapatos rosa de salto alto.
A ida para o aeroporto faz-se de autocarro disponibilizado pela companhia aérea. Pelo caminho, o pai Matias recorda com saudade os seus tempos de menino e o lançamento do primeiro álbum do Boy George.
A viagem de avião para Portugal é rapidamente efectuada. No aeroporto de Lisboa as irmãs de John Matias esperam-no.
- Oh, João, Oh, João – gritam com as lágrimas nos olhos.
- Ó pai, quem é esse João? – pergunta Christie Carina, a filha do casal.
- Era assim que me chamavam quando eu ainda vivia in Portugal – responde
- Voltaste! – continuam as histerias irmãs – Estás mais gordo. Já viste o ácido úrico? Olha que o Sr. Justino da junta morreu a semana passada por causa disso.
A conversa, as lágrimas, o ranho e a loucura continuam. Ao longe, os dois filhos do casal visionam toda esta cena com o espanto de quem chegou a um zoo.
John Matias, mede 1,64m. Pesa 94kg. Ostenta bigode, é calvo e usa mais comprida a unha do dedo mínimo da mão direita. Fuma. Cospe para chão e rega a sua existência com flatos. Em breve estará a caminho do Lindoso, onde, depois de cumprimentar o resto da família, comerá meio presunto e dois litros de vinho para empanturrar a saudade. Calada a boca da fome, falará nas vicissitudes da emigração e no quão infinitamente melhor é viver um ano na penúria para poder esbanjar tudo no verão em futilidades num país que já foi seu.
Christie Carina e Bob estarão sentados no alpendre da casa. Ele suspirando pela Playstation e por civilização, ela vertendo lágrimas de dor depois de ter descoberto que o sexo anal pode não ser o suficiente para obrigar um adolescente a continuar um namoro.
Sheila Maria, a mulher de John, olha para fotos do marido no tempo da tropa com 40 Kg a menos e questiona-se como é que um homem outrora atraente pôde degenerar numa espécie de estupidez com sotaque.

Lá fora está calor, o país desidrata-se; seca.
Bandeiras na janela. Scolari na presidência.
O défice social adormece ao som de relatos de futebóis. Um povo embalado pela falsa música de um hino ao serviço de uma federação.

Não.
Não.

Deixem-me dormir.
Deixem-me.
A minha bandeira é branca.

quarta-feira, junho 07, 2006

Planeta Futebol


De 9 de Junho a 9 de Julho o planeta inteiro vai ser submergido por uma vaga muito particular: a do futebol, cuja fase final do Campeonato do Mundo se desenrolará na Alemanha. Trata-se do mais universal acontecimento desportivo e televisivo. Vários milhares de milhões de telespectadores, em audiência acumulada, vão seguir as sessenta e quatro partidas da prova, que opõe trinta e duas equipas nacionais representando seis continentes.
A confrontação atingirá a sua máxima intensidade no domingo 9 de Julho quando, em Berlim, no estádio olímpico (construído por Hitler para os jogos olímpicos de 1936), as duas equipas finalistas disputarão o final. Nesse momento, mais dois mil milhões de pessoas – um terço da humanidade – em duzentos e treze países (quando a Organização das Nações Unidas só conta com 191 Estados) se encontrarão frente aos seus écrans. E nada mais contará para elas.
A competição funcionará então como um colossal pára-vento e esconderá qualquer outro acontecimento. Para grande tranquilidade de alguns. Por exemplo, em França: Chirac e Dominique de Villepin esperam sem dúvida esta hipnótica distracção para fazer esquecer o “caso Clearstream”. E respirar um pouco.
«Peste emocional» [1] para uns, «paixão exaltante» [2] para outros, o futebol é o desporto internacional número um. Mas é indiscutivelmente mais do que um desporto. Senão não suscitaria um tal tropel de sentimentos contrastantes. «Um facto social total», disse dele o grande ensaísta Norbert Elias. Poder-se-ia afirmar também que ele constitui uma metáfora da condição humana. Porque ele dá a ver, segundo o antropólogo Christian Bromberger, a incerteza dos estatutos individuais e colectivos, assim como todas as dimensões da fortuna e do destino [3]. Ele convida a uma reflexão sobre o papel do indivíduo e do trabalho em equipa, e origina debates apaixonados sobre a simulação, o arbitrário e a injustiça.
Como na vida, os perdedores no futebol são mais numerosos que os ganhadores. Por isso mesmo é que este desporto sempre foi de multidões que vêem nele, consciente ou inconscientemente, uma representação do seu próprio destino. Elas sabem também que amar o seu clube é aceitar o sofrimento. O importante, em caso de derrota, é permanecer unidos, manter a união. Graças a esta paixão partilhada fica-se com a garantia de não mais se estar isolado. «You’ll never walk alone» [«Tu nunca mais caminharás sozinho»], cantam os fãs do Liverpoll FC, o clube proletário inglês.
O futebol é o desporto político por excelência. Ele está na encruzilhada de questões cruciais como a pertença, a identidade, a condição social e até, por causa do seu aspecto sacrificial e a sua mística, da religião. É por isso que os estádios se prestam tão bem a cerimónias nacionalistas, aos localismos e aos extravasamentos identitários ou tribais que desencadeiam por vezes violências entre apoiantes fanáticos.
Por todas estas razões – e, sem dúvida, por outras, bem mais positivas e festivas – este desporto fascina as massas. Estas, por sua vez, interessam não só aos demagogos mas sobretudo aos publicitários. Pois, mais do que uma prática desportiva, o futebol é hoje um espectáculo televisionado para um vasto público com as suas vedetas pagas a preço de ouro.
A compra e venda de jogadores reflecte bem o estado do mercado nesta época da globalização liberal: as riquezas localizam-se no Sul mas são consumidas no Norte, uma vez que só este último tem os meios de as comprar. E este mercado (de enganos, frequentemente) produz modernas formas de tráfico de seres humanos [4].
Os meios financeiros que são mobilizados são demenciais. Se a França se qualificar para a final, o preço de um anúncio publicitário de 30 segundos na TV atingirá o montante de 250.000 euros (ou seja, quinze anos de salário mínimo francês!). E a Federação Internacional de Futebol (FIFA) vai receber nunca menos de 1.172 mil milhões de euros pelos direitos de transmissão televisivos e patrocínios do campeonato do mundo na Alemanha. Estima-se, por outro lado, que o total de investimentos publicitários ligados a esta competição seja de 3 mil milhões de euros.
Tais montantes de dinheiro enlouquecem. Toda uma fauna de negócios gira à volta da bola redonda. Ela controla o mercado de transferências de jogadores, ou o das apostas desportivas. Certas equipas, a fim de garantir a vitória, não hesitam em fazer batota. Casos desses são uma legião. Como confirma o escândalo que actualmente abala a Itália. E que poderia levar a Juventus de Turim, acusada de ter comprado os árbitros, a descer de divisão.
Assim vai pois este desporto fascinante. No meio de esplendores sem igual e das suas infâmias, cujo efeito é semelhante ao da lama colocada num ventilador. Cada qual fica enlameado.
Ignacio Ramonet.
Le Monde diplomatique.
[1] Jean-Marie Brohm, La Tyrannie sportive. Théorie critique d’un opium du peuple, Beauchesne, Paris, 2005.
[2] Pascal Boniface, Football et mondialisation, Armand Colin, Paris, 2006.
[3] Christian Bromberger, Football, la bagatelle la plus sérieuse du monde, Bayard, Paris, 1998.
[4] Johann Harscoët, "Tu seras Pelé, Maradona, Zidane" ou... rien, Le Monde diplomatique, Junho de 2006.

segunda-feira, junho 05, 2006

Massacre da Praça de Tiananmen


Milhares de pessoas reuniram-se, ontem, num parque de Hong Kong para render uma emotiva homenagem às vítimas da batalha de Tiananmen.Este foi o único acto público verificado em toda a China para celebrar o ocorrido.
Os manifestantes acenderam velas, criando um mar de luzes no parque Victoria de Hong Kong. Mantiveram-se em silêncio durante alguns instantes e cantaram um hino à democracia, enquanto os organizadores colocaram coroas de flores num sepulcro improvisado dedicado aos "mártires da democracia".
É certo que a maior parte da população não participou em qualquer acto, mas também é verdade que o Governo de Pequim proibiu qualquer manifestação. Na Praça de Tiananmen, a Polícia montou vigilância apertada e, pelo menos, duas pessoas foram detidas.A matança de Tiananmen continua a ser um tema tabu no grande país asiático, à excepção de algumas regiões semi-autónomas, como Hong Kong e Macau.(JN).
A 3 de Junho de 1989 atinge-se o auge de uma série de manifestações pro-democráticas, lideradas por estudantes chineses. A 15 de Abril, a seguir à morte do secretário-geral do partido comunista e do reformista democrático Hu Yaobang os estudantes desencadearam manifestações pacíficas em Xangai, Pequim e noutras cidades. Hu tornou-se um herói entre os chineses liberais quando recusou fazer parar os distúrbios em Janeiro de 1987. As manifestações pro-democráticas continuaram com as pessoas a pedirem a mudança do líder supremo da China, Deng Xiaoping e também a cúpula de todos os funcionários do Partido. A 4 de Maio cerca de 100 000 estudantes e trabalhadores marcharam em Pequim pedindo reformas democráticas. No fim desse mês as manifestações continuaram mesmo durante a visita de Mikhail Gorbachev.
Durante as sete semanas que duraram as históricas manifestações dos estudantes universitários de Pequim, irradiou da praça da Paz Celestial para o mundo um sopro de entusiasmo e esperança. Eles pediam democracia e fim da corrupção, a justeza das suas reivindicações fez em poucos dias multiplicarem-se os manifestantes, que passaram de 20 mil para quase 2 milhões, envolvendo praticamente todos os sectores da sociedade.
Mas o fim seria trágico.
Depois da tentativa frustrada do Exército controlar Pequim pacificamente, porque os soldados recuaram frente aos apelos dos manifestantes. A cúpula do Partido Comunistas e do Exército de libertação, obrigaram os soldados a intervir activamente e a tropa abre fogo sobre os estudantes e o povo da cidade de Pequim. Os mortos são estimados entre duzentos e quatro mil, ferindo dez mil pessoas e prendendo milhares de estudantes e trabalhadores. A repressão continuou em todo o país, até hoje, com prisões e execuções sumárias, controle da imprensa e não respeito pelos Direitos humanos.

domingo, junho 04, 2006

São Judas Iscariotes


A colega do blogue cao-com-pulgas, Fátima Pinto Ferreira, vai lançar no próximo dia 7 de Junho o livro "São Judas Iscariotes". Já li alguns trechos do livro no seu blogue, editados na altura da Páscoa, e parece-me um livro extremamente interessante, que certamente comprarei na primeira oportunidade.

sexta-feira, junho 02, 2006

Hoje, o Rapaz...


...Faz quarenta e dois anos.
Um abraço a todos!