Ayrton Senna fazia hoje 45 anos se fosse vivo. Ayrton Senna da Silva nasceu em 21 de Março de 1960, filho de um importante homem de negócios brasileiro, e em pequeno sofria de problemas de coordenação motora, resolvido eficazmente quando a criança de quatro anos começou a conduzir um pequeno veículo. O “vírus” da condução ficou e, segundo Senna, foi devido a ele que terminou os seus estudos, uma vez que a regra em sua casa era “quem não estuda não pode conduzir”.Em 1972, Emerson Fittipaldi ganhou para o Brasil o primeiro título de Fórmula 1, e Senna, então um adolescente, acompanhou toda a excitação, escolhendo para ídolos Jackie Stewart, Jim Clark e Emerson Fittipaldi. Ayrton Senna da Silva começou no karting, tal como fazem a maior parte dos jovens que se iniciam no desporto automóvel e que querem chegar ao topo, à Fórmula 1 e, embora sem tradições familiares no desporto automóvel, desde logo evidenciou o seu grande talento. Em 1974, o pequeno prodígio vencia a categoria júnior do campeonato de São Paulo, não tendo parado de ganhar desde então. Ayrton da Silva, era o nome que usava, chegou à Europa em 1981, para ficar, depois de se iniciar na alta competição em 1977 vencendo, nesse ano e em 1978 o campeonato pan-americano de karting e o Brasileiro entre 1978 e 1981. Nesses anos, nas suas quatro tentativas de se sagrar campeão do mundo, único título que não conquistou, Ayrton foi 2 vezes vice-campeão, em 1979, no Estoril e em 1980, em Nivelles. De 1981 a 1983, Ayrton Senna torna-se campeão por 5 vezes, ganhando os campeonatos RAC e Townsend Thorensen de Fórmula Ford 1600 em 1981, os campeonatos inglês e europeu de Fórmula Ford 2000 em 1982 e, o campeonato inglês de Fórmula 3 em 1983. Estas eram as provas que serviam, então, de antecâmara da Fórmula 1 e nelas participavam, obrigatoriamente, todos aqueles que almejavam a entrar no restrito mundo dos grandes prémios. E nelas, Ayrton Senna não só ganhou mais de 60% das corridas que disputou como em 1982 ganhou 21 das 27 provas disputadas e em 1983 ganhou as primeiras 9 corridas de Fórmula 3 que compunham o campeonato. As portas da Fórmula 1 abriram-se de par em par e todos os patrões das equipas queriam o jovem brasileiro. Apesar da Brabham lhe acenar com um contrato e, da primeira experiência com um teste, ainda em 1983, com um Williams, Senna estreia-se na Fórmula 1 em 1984, com 24 anos, no G.P. do Brasil, com a Toleman-Hart e, logo nesse ano delicia o mundo da Fórmula 1 com a sua prestação no G.P. do Mónaco, onde não ganhou porque a corrida foi interrompida com o brasileiro na segunda posição e, com as prestações que conseguia alcançar na grelha de partida ao volante de tal carro. Seguiu-se a primeira vitória no Estoril em 1985, já na Lotus, a luta pelo título mundial em 1986 e 1987, sempre com a Lotus, título mundial que chegou em 1988, em Suzuka, com a McLaren, perdido injustamente em 1989 mas, reconquistado em 1990 e 1991, sempre ao volante dos McLaren, a que se juntam os vice-campeonatos em 1989 e, na memorável época de 1993. Em 16 anos e meio de presença na alta roda do desporto automóvel Ayrton Senna conquistou mais de uma centena de vitórias, oito campeonatos internacionais, e, 4 vice-campeonatos. Na Fórmula 1, em particular, foram 11 anos, 3 títulos de campeão do mundo, 41 vitórias, 65 pole-positions, milhares de voltas e quilómetros no comando, número que parou de aumentar, naquela tarde fatídica do primeiro de Maio de 1994, com Ayrton Senna no lugar de sempre, o primeiro, comandando uma corrida. Foi o dia mais negro de sempre para a Fórmula 1 que, nunca mais foi o que era. De repente, de forma brutal, desapareceu um ídolo de milhões de pessoas, um ícone do “circo”, o melhor piloto de todos os tempos, alguém que nos deliciava com a sua magia ao volante de um monolugar de Fórmula 1, alguém que não deixava ninguém indiferente, alguém com um talento, competência, concentração, rapidez e empenhamento nunca vistos, que se encontrava próximo da perfeição, que reunia em si todas as características que um piloto de competição deve possuir, alguém que marcou a Fórmula 1 para sempre. Senna era genial, único e insubstituível. Para saber mais sobre a vida e carreira de Ayrton Senna, visite senna.globo.com/institutoayrtonsenna/.
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