segunda-feira, junho 30, 2008

Equipa Ideal UEFA Euro 2008


Os defesas Pepe e Bosingwa são os únicos portugueses a entrar no lote de 23 escolhidos para a equipa ideal do Euro 2008, numa "selecção" dominada por nove jogadores espanhóis.
O grupo de nove experientes técnicos que seguiram o torneio a par e passo tomou a decisão tendo em conta o êxito alcançado pela Espanha. A finalista Alemanha (três jogadores), a Rússia (quatro), a Holanda e Portugal (dois cada) e a Turquia, Croácia e Itália (com um jogador cada) completam o lote de selecções representadas neste restrito grupo de 23 jogadores.

Equipa Ideal do UEFA EURO 2008

Guarda-redes: Gianluigi Buffon (Itália), Iker Casillas (Espanha), Edwin van der Sar (Holanda).

Defesas: Bosingwa (Portugal), Philipp Lahm (Alemanha), Carlos Marchena (Espanha), Pepe (Portugal), Carles Puyol (Espanha), Yuri Zhirkov (Rússia).

Médios: Hamit Altıntop (Turquia), Luka Modrić (Croácia), Marcos Senna (Espanha), Xavi Hernández (Espanha), Konstantin Zyryanov (Rússia), Michael Ballack (Alemanha), Cesc Fàbregas (Espanha), Andrés Iniesta (Espanha), Lukas Podolski (Alemanha), Wesley Sneijder (Holanda).

Avançados: Andrei Arshavin (Rússia), Roman Pavlyuchenko (Rússia), Fernando Torres (Espanha), David Villa (Espanha).

Xavi Hernández


O médio Xavi Hernández ganhou o prémio de Melhor Jogador do Uefa Euro 2008. O jogador do FC Barcelona, de 28 anos, participou em cinco encontros da fase final e marcou um golo, ajudando a selecção espanhola a conquistar o título de campeão europeu. Xavi somou a 63ª internacionalização no triunfo por 1-0 na final de Viena, isto depois de se ter estreado a 15 de Novembro de 2000, num jogo contra a Holanda.

Espanha no Topo da Europa

A Espanha tornou-se, ontem, bicampeã europeia após um jejum de 44 anos. A selecção espanhola venceu a equipa da Alemanha por 1 a 0 na final disputada em Viena, na Áustria e assegurou o seu segundo título na competição entre selecções europeias. Fez-se justiça no Estádio Ernest Happel, de Viena, a melhor selecção do Europeu, tornou-se no novo campeão europeu.
Neste regresso ao topo do futebol europeu, a Espanha foi superior em todos os capítulos do jogo, venceu por 1-0, com um golo de Fernando Torres, mas outros ficaram por marcar. A técnica, o talento e a fúria dos espanhóis superiorizaram-se ao poderio físico dos alemães, sem argumentos para contrariar o futebol espectáculo com que se depararam. O resultado final acaba por não reflectir o caudal ofensivo da selecção espanhola e é lisonjeiro para a selecção alemã.

Estádio: Ernst Happel, em Viena

Árbitro: Marco Rosetti (Itália)

Alemanha: Lehmann; Friedrich, Mertsacker, Metzelder e Lahm (Jansen, 46m); Hitzsperberger (Kuranyi, 58m) e Frings; Schweinsteiger, Ballack e Podolski; Klose (Gomez, 78m).

Espanha: Casillas; Sérgio Ramos, Marchena, Puyol e Capdevila; Senna e Xavi; Iniesta, Fabregas (Xabi Alonso, 63m) e Silva (Santi Carzola, 66m); Fernando Torres (Guiza, 78m).

Disciplina: Cartão amarelo para Ballack (43m), Casillas (43m), Fernando Torres (74m) e Kuranyi (88m).

Marcadores: 0-1, Fernando Torres (33m) .

Ao intervalo: 0-1.

Resultado final: 0-1.

quarta-feira, junho 25, 2008

Jacques Costeau


"Maravilhado, o pequeno homem percorre rapidamente a praia. Dirige-se sem hesitação para o mar que vê pela primeira vez. De repente pára estupefacto: uma primeira vaga acaba de rebentar a seus pés com um barulho suave. Os seus olhos fixam a distância à procura do que se esconderá no horizonte. A primeira vaga do mar parou a corrida da criança mas transportou-a para longe. O meio onde viveu os seus primeiros meses de vida está diante dele, imenso, simultaneamente carinhoso e ameaçador. Digo a mim próprio que já tinha experimentado esta revelação do infinito e que sem ter conhecimento motiva a minha vida. Lancei-me sem olhar para trás numa vida consagrada a desposar o mar. Os meus companheiros, que partilharam as aventuras tumultuosas dos primeiros mergulhos com escafandro autónomo, as missões do Calypso e os combates para a protecção do mar e da água em geral do nosso frágil planeta, experimentaram o mesmo entusiasmo e dúvidas. Juntos aprendemos que a realidade dos oceanos, do universo e da vida era uma fonte de inesgotáveis maravilhas. Constatámos que os animais marinhos estão sujeitos às mesmas leis que as criaturas que povoam as selvas terrestres, o que vem confirmar a unidade da vida. Para compreendermos os laços que nos ligam a todos os seres vivos e de modo a melhor apreciar o milagre da vida, deixemo-nos tocar pela primeira vaga do mar." (Jacques-Yves Costeau).
.
O Comandante Jacques-Yves Cousteau nasceu a 11 de Junho de 1910, em St. André de Cubzac (Gironde), França. Em 1930, entra para a Escola Naval onde chega a Oficial. Entre 1933 e 1935, é destacado para o extremo Oriente, a bordo dos cruzadores “Primauguet” e “Shangha”. Enquanto seguia a formação para piloto sofre um grave acidente de viação que lhe põe fim à carreira de aviador. Em 1936, em Mourillon, perto de Toulon, experimenta pela primeira vez uma “máscara” submarina: foi a revelação. Com o Eng.º. Emile Gagnan, conclui o escafandro autónomo em 1943, e o mundo submarino revela-se à humanidade.
Após a guerra, o Comandante juntamente com Frédéric Dumas, criou o Grupo de Pesquisa Submarina afim de efectuar experiências de mergulho e trabalho em laboratório. Em 1950 recupera o Calypso, um antigo draga-minas. Modificado aos poucos e dotado de instrumentos de mergulho e pesquisa científica, o Calypso transforma-se em navio oceanográfico e a aventura começa. Durante quatro décadas as equipas de Cousteau exploraram os mares e os grandes rios do mundo inteiro.
Com o Eng.º. Jean Mollard, constrói o SP-350 colocado ao serviço em 1959. Este primeiro “disco voador” mergulhador de dois lugares pode ser usado até 350 mts de profundidade. Em 1965, dois discos mergulhadores são construídos simultaneamente para descer a 500 metros de profundidade tendo sido baptizados como “Pulgas-do-mar”. Cousteau dirige duas experiências de habitação no fundo do mar: “Précontinent 1”, ao largo de Marselha, “Précontinent II”, na região de Nice.
Em conjunto com o Prof. Lucien Malavard e o Eng.º. Bertrand Charrier, Jacques Cousteau, conclui o estudo de um novo sistema complementar de propulsão eólica, chamado Turbovoile e lançam em 1983 um catamaran equipado com este sistema, o “Moulin à Vent”.
O sistema é aperfeiçoado no navio experimental Alcyone, que é utilizado hoje em dia em filmes e explorações. O Calypso II, navio ecológico que irá manter o espírito do seu homónimo, foi também equipado com Turbovoile.
Após 1944, o Comandante Cousteau realiza mais de 70 filmes para televisão.Realiza também 3 longas-metragens: “O Mundo do Silêncio” (Palma de Ouro no Festival de Cannes), “O Mundo sem Sol” (Óscar e Grande Prémio do Cinema Francês para a Juventude) e “Viagem ao Fim do Mundo”.
Jacques Cousteau colaborou com vários autores para escrever mais de 50 livros, editados em uma dúzia de línguas. Sendo os mais recentes: “As Baleias” (1988), “Madagáscar, Ilha dos Espíritos” (1995), “O Mundo dos Golfinhos” (1995), e “Namíbia” (1996).
Cavaleiro da Legião de Honra pelos serviços prestados na resistência francesa, o Comandante Cousteau é promovido a Oficial Comandante pelos seus feitos científicos. Um dos raros membros estrangeiros da Academia de Ciências dos Estados Unidos, o Comandante foi ainda, durante 3 décadas, director do Museu Oceanográfico do Mónaco.
Em 1977, as Nações Unidas concederam-lhe o Prémio Internacional para o Ambiente, juntamente com Sir Peter Scott. Recebeu do Presidente dos Estados Unidos a Medalha da Liberdade em 1985.
Em 1987, o Comandante recebe o Prémio do Conselho Internacional da Academia Nacional das Artes e Ciências de Televisão, em Nova York. Em 1988 faz parte da tabela de honra dos indivíduos que foram distinguidos pela protecção do ambiente e recebe o Prémio da National Geographic.
Em 1989, é eleito para a Academia Francesa. O Instituto Catalão de Estudos Mediterrâneos, em Barcelona, distingue-o com o Prémio Catalão Internacional em 1991 e em 1996 aceita a homenagem do Smithsonian Institution e a Medalha do Bicentenário James Smithson.
O presidente Francês François Mitterrand nomeia-o, em 1991, para presidente do “Conselho para os direitos das gerações futuras”. Em 1993, dois anos mais tarde, endereça a sua demissão ao presidente, em protesto contra os testes nucleares no Oceano Pacífico.
Em 1992, o Comandante Cousteau é convidado oficial na Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro. No ano seguinte é nomeado para o Comité Consultivo das Nações Unidas e aceita o papel de conselheiro para o desenvolvimento do Banco Mundial.
Fundou a Sociedade Cousteau em 1974 e a Equipa Cousteau em 1981, continuando sempre os seus projectos para protecção e melhoria da qualidade de vida das gerações presentes e futuras.O Comandante Jacques-Ives Cousteau faleceu aos 87 anos no dia 25 de Junho de 1997. (Adaptado da Página Oficial da Cousteau Society).

O Buraco Do Ozono


Total Ozone Mapping Spectrometer
Fotografia da NASA GSFC.
A camada de ozono da atmosfera terrestre fornece um véu protector contra a os raios ultra-violetas que causam cancros e danifica o fitoplâncton essencial à vida dos mares. Os cientistas observavam alterações na camada há décadas, mas ficaram chocados em 1985, quando Joe Forman, verificou uma diminuição na espessura da camada sobre a Antárctica. O chamado buraco do ozono, é provocado pela utilização excessiva de certos produtos químicos, conhecidos pelo palavrão de clorofluorcabonos (CFCs). Em 1987, a maioria dos países assinou um acordo para a eliminação dos CFCs. Desde do ano 2000, que o buraco do ozono está a diminuir, à medida da menor utilização dos clorofluorcarbonos.

sexta-feira, junho 20, 2008

Adeus!


A selecção nacional sai do Europeu da Áustria e da Suíça, sem honra nem glória. O guarda-redes Ricardo sempre foi o elo mais fraco das selecções de Luiz Felipe Scolari, umas vezes, por falta de soluções, outras, por teimosia do treinador. Criticá-los, mais uma vez, seria extenuante.
Os jogadores portugueses estavam avisados do perigo que viria das jogadas de bolas paradas. Sabiam que essa seria a forma mais perigosa da Alemanha, chegar ao golo, estavam por isso, proibidos de cometer erros. Não o fizeram, podem agora queixar-se de si próprios.
A juntar à exibição desastrada da selecção nacional, o árbitro contribuiu para a festa, ao validar o terceiro golo da formação germânica, apontado por Ballack, após ter cometido falta sobre Paulo Ferreira.
A Alemanha segue para as meias-finais, onde vai defrontar o vencedor do encontro entre Croácia e Turquia. Portugal regressa a casa depois de em 2004 ter atingido a final do Europeu.

Estádio St. Jakob-Park, em Basileia (Suíça)

Árbitro: Peter Frojdfeldt (Suécia)

Portugal: Ricardo; Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira; João Moutinho (Raúl Meireles, 30m), Petit (Hélder Postiga, 72m) e Deco; Cristiano Ronaldo, Nuno Gomes (Nani, 66m) e Simão.

Suplentes: Nuno, Rui Patrício, Bruno Alves, Fernando Meira, Hugo Almeida, Miguel, Jorge Ribeiro, Quaresma e Miguel Veloso.

Treinador: Luiz Felipe Scolari.

Alemanha: Lehman; Fiedrich, Metzelder, Merteseker e Lahm; Schweinsteiger (Fritz, 82m), Hitzlsperger (Borowski, 72m), Rolfes e Ballack; Klose (Jansen, 88m) e Podolski.

Suplentes: Enke, Adler, Westermann, Frings, Gómez, Neuville, Trochowski, Odonkor e Kurany.

Treinador: Joachim Löw.

Disciplina: Cartões amarelos para Petit (25m), Friedrich (47), Lahm (48), Pepe (59) e Hélder Postiga (89).

Golos: Schweinsteiger (21m), Klose (26), Nuno Gomes (40), Ballack (61) e Hélder Postiga (87).

Ao intervalo: 2-1.

Resultado final: 3-2.

quinta-feira, junho 19, 2008

Vamos Matar o Cão Tinhoso


A partir das 19H45 entra em campo o vocabulário bélico do futebol, uma das grandes fontes de paixão que o anima. Jogar a eliminar a uma só mão é diferente de tudo o resto. Continua a existir o erro mas pode não haver margem para a reabilitação.
O confronto dos detalhes é dedicado a homens com nervos de aço. Para quem sonha com a final, a máxima do matar ou morrer passa à história, apenas se admite matar para não morrer, daqui que não possa haver alternativas a matar.(Euro 2008).
Actualização: Ao contrário de Luís Bernardo Honwana, nós, não matámos o cão tinhoso.

quinta-feira, junho 12, 2008

Referendo na Irlanda

Os irlandeses têm hoje a oportunidade de escolherem o futuro do seu país na Europa, oportunidade essa, que foi sonegada aos cidadãos dos restantes vinte e seis países membros da União Europeia. Hoje é o dia de todas as decisões para quinhentos milhões de europeus.

JÁ ESTÁ!


Portugal garantiu a passagem aos quartos-de-final ao derrotar a República Checa por 3-1, em partida da segunda jornada do Grupo A disputada no Stade de Genève, em Genebra. A presença na fase seguinte ficou decidida, depois da Turquia ter derrotado a Suiça por 2-1.
Fiel à máxima de que em equipa que ganha não se mexe, Luiz Felipe Scolari apresentou os mesmos 11 titulares que iniciaram a partida frente aos turcos, enquanto Karel Brückner preferiu a velocidade e mobilidade de Milan Baroš aos 2,02 metros de altura de Jan Koller. Portugal começou bem o encontro e chegou ao golo logo aos oito minutos. Cristiano Ronaldo arrancou na direcção da baliza, combinou com Nuno Gomes, e recebeu a bola já dentro da área, mas esta sobrou para Deco que, depois de alguma confusão conseguiu fazer o primeiro golo.
Na jogada imediatamente a seguir, aproveitando a marcação rápida de um livre, Marek Jankulovski surgiu em boa posição do lado direito da área, mas atirou ao lado do poste da baliza de Ricardo. O golo transmitiu confiança à selecção e à passagem do quarto-de-hora o guarda-redes checo defendeu com dificuldades um remate de longa distância de Petit, mas a resposta não se fez esperar e Baroš atirou de cabeça por cima da barra. Apesar do golo madrugador, a República Checa não esmoreceu em busca do empate e consegui-o mesmo aos 17 minutos. Jaroslav Plašil marcou o canto e perante a fraca oposição da defesa portuguesa, Libor Sionko atirou de cabeça para o fundo das redes.
Aos 24 minutos, Deco flectiu do flanco esquerdo para o miolo e desferiu um potente remate que saiu ligeiramente por cima da barra. Numa primeira parte de toada e resposta, Baroš fugiu à defesa adversária, mas o cruzamento encontrou Bosingwa bem colocado e afastou o perigo.
Se os pupilos de Scolari estiveram perto do golo no final da etapa inicial, pertenceu aos checos o primeiro lance de apuro. Após excelente troca de bola, Sionko isolou-se pela direita, entrou na área, mas o seu cruzamento passou à frente da linha de golo sem que ninguém lhe conseguisse tocar, nem Ricardo.
Depois de Nuno Gomes ter estado perto de marcar por duas vezes e Cech voltar a defender um remate de Simão, os homens de Brückner podiam ter-se adiantado aos 62 minutos, quando nem Sionko nem Baros conseguiram emendar à boca da baliza um remate de cabeça do capitão Marek Jankulovski.
Com Deco em excelente plano, Ronaldo bateu finalmente o guardião checo logo a seguir, num pontapé rasteiro já dentro da área após assistência do camisola 20. Vlcek e o gigante Koller entraram em campo na tentativa de inverter o maior ascendente português, enquanto João Moutinho cedeu o lugar logo depois a Fernando Meira, conferindo maior poderio aéreo no meio-campo e área portuguesa.
Na parte final de pressão checa, já com Václav Sverkoš, Ricardo desviou para canto um remate de cabeça de Sionko no lance mais perigoso, mas em contra-ataque Ronaldo surgiu sozinho perante Cech e não foi egoísta, oferecendo a Ricardo Quaresma o terceiro golo, já no período de descontos.

Local: Estádio de Genebra

Árbitro: Kyros Vassaros (Grécia)

REPÚBLICA CHECA: Petr Cech , Zdenek Grygera , Tomas Ujfalusi , David Rozehnal , Marek Jankulovski, Jan Polak, Marek Matejovsky (Vlcek, 67m), Tomas Galasek (Koller, 73m), Libor Sionko , Jaroslav Plasil (Jarolim, 85m) , Milan Baros.
Treinador: Karel Bruckner.

PORTUGAL: Ricardo , José Bosingwa , Pepe , Ricardo Carvalho , Paulo Ferreira , Petit , Deco , João Moutinho (Fernando Meira, 74 m) , Simão Sabrosa (Quaresma, 80m), Cristiano Ronaldo , Nuno Gomes (H. Almeida, 79 m).
Treinador: Luiz Felipe Scolari.

Marcadores: 1- 0, Deco (8m); 1-1, Sionko (17m); 1-2, Ronaldo (63m), 1-3 , Quaresma (90+1)

Acção disciplinar: Cartões amarelos – Polák, Bosingwa.

quarta-feira, junho 11, 2008

Man of the Match


Cristiano Ronaldo, com um golo e uma assistência foi considerado o Melhor em Campo, na vitória de Portugal por 3-1, sobre a República Checa.
Com o empate a subsistir no segundo tempo, Cristiano Ronaldo fez a diferença, apontando o 46º golo da época, após passe de Deco.
Ronaldo acabaria por assistir Quaresma para o terceiro e último golo do jogo.

Homem Sem Classe


A coluna semanal do jornal “The Sun”, escrita pelo ex. internacional inglês e ex. jogador do Arsenal, Ian Wright, é dedicada a Cristiano Ronaldo. O colunista arrasa Cristiano Ronaldo, pela forma como tem deixado correr os rumores, da sua eventual transferência para o Real Madrid, sem se decidir a pôr cobro à situação.
Diz Ian Wright, que a coisa mais simples de fazer é por cobro a esta situação, bastando para isso Cristiano Ronaldo, dizer: “Parem com isso, não saio do Manchester United, escusam de andar com essas tretas e invenções diárias ou quero sair do Manchester United e jogar no Real Madrid, os clubes que se entendam”.
Escrevendo directamente para Cristiano Ronaldo, a antiga estrela do Arsenal não podia ser mais acutilante: “Como jogador ninguém duvida do que és capaz de fazer, mas, como pessoa, dia após dia, demonstras não ter classe nenhuma. Faltas ao respeito a Alex Ferguson e aos fãs do Manchester United. Para ser honesto, estou muito preocupado contigo. Tens 23 anos, mas ages como um imaturo. Estás em Old Trafford há cinco épocas, mas esqueces que apenas nas duas últimas jogaste bem. Antes, Fergie acarinhou-te, apesar de seres um mergulhador, embora fosses um egoísta que preferias defrontar um defesa e perder a bola, do que passá-la a um companheiro. Podia ter-te criticado pela tua actuação no jogo com a Inglaterra durante o Mundial da Alemanha. Mas não, acarinhou-te. Agora converteste-te num futebolista do diabo, o melhor do mundo...”
É verdade, que falta alguma classe a Cristiano Ronaldo fora dos relvados e pelo comportamento neste caso, pode ser criticado, mas se marcar uns golos pela selecção nacional, para mim basta e já é muito.

Jogo Com Vista Para os Quartos

Cumpre-se hoje a segunda etapa do sonho de Portugal. Logo, quando forem 17 horas, a Selecção Nacional volta a subir ao Estádio de Genebra, com a possibilidade de passar imediatamente à fase seguinte da competição.
Luiz Felipe Scolari vai apostar na mesma equipa que bateu a Turquia, fazendo prevalecer a máxima do futebol: em equipa que ganha, não se mexe.
Depois do excelente exibição contra a Turquia, a melhor actuação da Selecção Nacional na era Scolari, o seleccionador não tinha e não nem tem, necessidade de mudar. Toda a gente teve prestação elevada, as respostas a todos os níveis foram elevadas, espera-se que a qualidade se mantenha, como aconteceu no jogo anterior.
Vamos lá, Portugal!

Estádio: Stade de Geneve

Arbitro: Kyros Vassaras (Grécia), auxiliado por Dimitris Bozatzidis e Dimitris Saraidaris.

Equipas prováveis:

PORTUGAL – Ricardo; Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira; Deco, Petit e João Moutinho; Cristiano Ronaldo, Nuno Gomes e Simão.

Treinador: Luiz Felipe Scolari

REPÚBLICA CHECA: Cech; Grygera, Ujfalusi, Rozenhanl e Jakulovski; Polak, Galasek e Jarolim; Sionko, Koller e Plasil.

Treinador: Karel Bruckner

Petr Cech

Advertising Agency: TBWA \ Berlin, Germany
Chief Creative Director: Stefan Schmidt
Art Director: Marco BezerraCopywriter: Emiliano Trierveiler
Photographer: Johan Sebastian Hanel
Account Managers: Falk Lungwitz, David Barton
Production: Katrin Dettman
.
Impossible is nothing.
Esta tarde é bom que os avançados portugueses, não acertem no meco.

terça-feira, junho 10, 2008

Dia Da Raça


Cavaco Silva saúda, em Viana do Castelo, os populares que ocorreram às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas; melhor dizendo, segundo palavras de Cavaco Silva, às comemorações do "Dia da Raça", apesar de não saber muito bem, a que Raça o Presidente da República se está a referir.
A terminologia usada pelo Presidente da República é racista e segregadora e a Presidência da República deveria fazer um pedido de desculpas aos portugueses, que não se revêem nas suas declarações.

segunda-feira, junho 09, 2008

Um Livro Para a Selecção


Depois do excelente início do Campeonato da Europa por parte da selecção portuguesa, os jogadores precisam de desanuviar, para os embates seguintes. Como todos sabemos - as televisões não se cansam de o repetir -, os momentos de lazer dos jogadores portugueses são passados em frente de um computador ou de uma televisão, a jogar nas Playstation's, o que faz aumentar os níveis de ansiedade.
Enquanto português e fã incondicional da selecção, fico preocupado com a má ocupação dos tempos livres dos nossos jogadores, por isso, deixo aqui uma sugestão de leitura aos jogadores, à equipa técnica e ao presidente da federação portuguesa de futebol. Por outras razões, não vou maçar o Eusébio, com a sugestão de um livro.

Gilberto Madaíl: A Família, de Mário Puzo.

Luiz Felipe Scolari: Dom Casmurro, de Machado de Assis
Flávio Teixeira: A Um Deus Desconhecido, de John Steinbeck.
Darlan Schneider: O Terceiro Homem, de Graham Greene.
Fernando Brassard: A Angústia do Guarda-redes Antes do Penalty, de Peter Handke.
.
Ricardo: O Cego de Sevilha, de Robert Wilson.
Quim: Desgraça, de J.M. Coetzee.
Nuno Espírito Santo: Turista por Acidente, de Anne Tyler.
Rui Patrício: Este País Não é Para Velhos, de Cormac McCarthy.
Miguel: Os Filhos da Meia-Noite, de Salman Rushdie.
Bosingwa: Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac e um Dicionário de Língua Portuguesa.
Ricardo Carvalho: Corta!, de Malcom Bradbury.
Pepe: Dias Felizes, de Samuel Beckett.
Bruno Alves: O Nome de Toureiro, de Luís Sepúlveda.
Fernando Meira: Em Busca, de Naguib Mahfouz.
Jorge Ribeiro: Correcções, de Jonathan Franzen.
Paulo Ferreira: Intérprete de Enfermidades,de Jhumpa Lahiri.
Petit: O Sangue dos Outros, de Simone Beauvoir
Deco: A Pérola, de John Steinbeck.
João Moutinho: As Aventuras de João Sem Medo, de José Gomes Ferreira
Veloso: O Evangelho Segundo o Filho, de Norman Mailer.
Raul Meireles: O Homem dos Autógrafos, de Zadie Smith.
Cristiano Ronaldo: O Intocável, de Jonh Banville.
Quaresma: Um Capricho da Natureza, de Nadime Gordimer.
Nani: O Futuro Radioso, de Alexandre Zinoniev.
Simão Sabrosa: Inglaterra – Uma Fábula, de Leopoldo Brizuela.
Nuno Gomes: A Última Estação, de Jay Parini.
Hélder Postiga: Uma Abelha na Chuva, de Carlos Oliveira.
Hugo Almeida: Está a Fazer-se Cada Vez Mais Tarde, de António Tabucchi.
Boas leituras.

domingo, junho 08, 2008

Estreia à Campeão


A Selecção Nacional começou bem o Euro-2008, com uma vitória convincente sobre a Turquia, por dois golos a zero, mas outros ficaram por marcar, depois de Nuno Gomes, por duas vezes, e Cristiano Ronaldo terem visto o poste devolver-lhes os respectivos remates.
A equipa portuguesa entrou bem, a mandar no jogo, mas algo presa de movimentos, com Cristiano Ronaldo muito vigiado. Só a partir do quarto de hora carregou no acelerador e passou a surgir com mais perigo na área turca. Aos 16 minutos, Portugal marcou, mas o golo não valeu, porque Pepe estava em posição irregular. Aos 27 m, Simão quase chegava ao golo, na transformação de um livre, mas a bola rasou a barra da baliza turca. A pressão lusa aumentava, Cristiano Ronaldo conseguia libertar-se da teia montada pelos turcos e, aos 29 m, ultrapassou vários adversários e levou perigo à baliza de Demirel.
Aos 36 minutos, o golo só não aconteceu porque o poste travou forte remate de Cristiano Ronaldo, após livre a castigar falta sobre João Moutinho. Portugal já justificava o golo. Os minutos finais da primeira parte foram de grande pressão da equipa portuguesa, ganhando cantos sucessivos, mas o golo teimou em não surgir.
Portugal entrou para segunda metade disposto a resolver o jogo e, aos 50 minutos, Nuno Gomes levou a bola ao poste. Portugal dominava, criava oportunidades, mas faltava o golo, que surgiria aos 60 m, Pepe ganha a bola, tabela com Nuno Gomes e remata com êxito. Finalmente, fazia-se justiça no jogo. Volvidos quatro minutos, o 2-0 só não surgiu porque, mais uma vez, o cabeceamento de Nuno Gomes esbarrou na trave.
Em desvantagem, os turcos assumiam agora algum protagonismo no jogo, apostados em chegar ao tento da igualdade. Scolari mandou entrar Nani para o lugar de Nuno Gomes, enquanto Cristiano Ronaldo assumia a função de ponta-de-lança. Mas era preciso segurar os turcos, para evitar surpresas. Com a entrada de Raul Meireles, para o lugar de Simão, Portugal recuperou a hegemonia no meio-campo.
Já em tempo de descontos, seria Raul Meireles a elevar a vantagem e a tranquilizar as hostes lusas. Arrancada de Cristiano Ronaldo pela esquerda, dá a bola para João Moutinho, este roda sobre um adversário e oferece o golo a Meireles.
Vitória justíssima da Selecção Nacional, mas escassa, face à superioridade evidenciada. Portugal, com dois golos marcados, assumiu a liderança do Grupo A, após a vitória da República Checa sobre a Suíça, por 1-0. Na próxima quarta-feira, Portugal defronta a República Checa.

Estádio de Genebra
Árbitro: Herbert Fandel (Alemanha)
PORTUGAL – Ricardo; Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira; Deco (Fernando Meira, 90 m), Petit e João Moutinho; Cristiano Ronaldo, Nuno Gomes (Nani, 68 m) e Simão (Raul Meireles, 82 m).
TURQUIA – Demirel; Altintop (Senturk, 75 m), Gokhan Zan (Emre Asik, 55 m), Servet Çetin e Hakan Balt; Kazin, Aurélio e Emre; Erdinnç (Sabri, 46 m), Nihat e Tuncay.
Ao intervalo: 0-0
Golos: Pepe (60 m); Raul Meireles (90 m)
Resultado final: 2-0
Cartão amarelo a Kazin, Gokhan Zan e Sabri.

A selecção de Portugal, convenceu por inteiro a imprensa estrangeira, que não poupa elogios ao triunfo da turma das quinas no jogo de estreia no Grupo A do Euro’2008, em Genebra, Suíça.
As agências noticiosas France Press (França) e EFE (Espanha) deram o "pontapé-de-saída" nos comentários positivos à prestação de Portugal, com os franceses a titularem que "Portugal justificou o favoritismo" e os espanhóis a sublinharem: "Portugal esperava Ronaldo e apareceu Pepe".
O jornal desportivo madrileno "AS" refere no título que "Pepe e Meireles deram uma vitória justíssima a Portugal" e embeleza a página com uma artística fotografia do voluptuoso busto de uma morena adepta nacional, vestida com a bandeira de Portugal.
O site do "France Football" também dá nota da superioridade da formação lusa, com o comentário "Portugal entra na dança com vitória merecida sobre uma Turquia pouco motivada", enquanto o "L’Équipe", igualmente francês, aposta no título: "Portugal já está no topo".
Em Itália, os mesmos títulos elogiosos para a turma das quinas. "Portugal belo e esbanjador", diz a "Gazzetta dello Sport", que acrescenta: "Três madeiradas dos homens de Scolari, duas de Nuno Gomes", numa referência ao antigo jogador da Fiorentina.
Quanto à inglesa BBC, o site não poupa palavras para admitir a justeza do triunfo de Portugal, titulando: “Portugal abre campanha em grande estilo”. (Fontes A Bola, O Jogo)

sábado, junho 07, 2008

Vamos Lá, Portugal!


O arranque de Portugal no Euro 2008 começa hoje às 19H45, hora de Portugal continental, frente à Turquia, e não podia ser melhor. Portugal teve a sorte de se estrear no primeiro dia de competição, e com isso afastar os níveis de ansiedade, a que as selecções estão sujeitas antes da estreia. O país está em suspenso, à espera do arranque do Europeu, mas acima de tudo, à espera de um brilharete da selecção nacional.
Mal alcunhados de “Viriatos”, a partir de um herói (real ou fictício) que nada tem a ver com a nação portuguesa, espera-se da parte dos nossos atletas, uma resposta com brio e respeito pela camisola que têm vestida e que façam subir bem alto o nome de Portugal.
Tecnicamente, esta é a melhor selecção de sempre de Portugal e só uma hecatombe a poderá afastar das meias-finais do Campeonato da Europa.
Hoje quando Portugal subir ao relvado do Estádio de Genebra, não se pede mais, que seja o primeiro passo de uma caminhada, que nos leve ao título europeu.
É tempo de corrigir o que foi feito no Euro 2004 e fazer história.
Vamos lá, Portugal!

Estádio: Stade de Geneve

Arbitro: Herbert Fandel (Alemanha) , auxiliado por Carsten Kadach e Volker Wezel.

Equipas prováveis:

PORTUGAL – Ricardo; Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira; Deco, Petit e João Moutinho; Cristiano Ronaldo, Nuno Gomes e Simão.

Treinador: Luiz Felipe Scolari

TURQUIA – Demirel; Sarioglu, Gokhan ZanK, Servet Çetin e Hakan Balt; Altintop, Mehmet Aurélio e Belozoglu; Erdinç, Kahveci e Sanli.

Treinador: Fatih Terim

Selecção de Portugal

Amnistia Internacional (Portugal)

He's done nothing. He's just showing Amnesty's phone number.
Discriminating is not human. Denounce it.

Advertising Agency: McCann Erickson Portugal
Creative Directors: Diogo Anahory, José Carlos Bomtempo
Art Director: André Lopes
Copywriter: Emerson Braga
Photographer: Gonçalo Almeida.
.
Campanha da Amnistia Internacional (secção portuguesa).
Ele não fez nada. Apenas exibe o número da Amnestia.
Descriminação não é humano. Denuncia isto.

Tratado de Tordesilhas


O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de Junho de 1494, entre representantes da coroa portuguesa e da coroa espanhola em Tordesilhas, e ratificado pelos respectivos reis (D. Fernando e D. Isabel de Castela e D. João II de Portugal), pretendia, de forma geral, delimitar as áreas de influência dos reinos ibéricos na expansão ultramarina. Já anteriormente, o tratado de Alcáçovas (1479) e uma série de bulas papais tinham imposto uma demarcação dos direitos sobre os novos territórios descobertos, sendo as bulas geralmente favoráveis aos reis católicos. Os progressos na expansão - nomeadamente a passagem do cabo da Boa Esperança (1488) e a chegada de Colombo à América (1492) - vieram tornar mais prementes os interesses portugueses e espanhóis: D. João II pretendia, nomeadamente, assegurar para Portugal o domínio da rota do cabo, que lhe permitiria chegar à Índia pelo caminho que, assim o pensara, era o mais curto. Pelo tratado de Tordesilhas se definiu, o domínio político, militar e comercial sobre os novos territórios e o equilíbrio das relações diplomáticas dos dois reinos.
De entre as resoluções então tomadas, a mais célebre e mais importante foi a da delimitação, através de um meridiano traçado a 370 léguas a oeste de Cabo Verde, das zonas de influência dos países ibéricos, cabendo a Portugal o hemisfério oriental e, a Espanha, o ocidental. Garantia-se aos navegadores espanhóis o direito de passagem para oeste e definia-se a repartição dos territórios que viessem a ser atingidos por Colombo, que então realizava a sua segunda viagem. Ambos os reinos se comprometiam a não recorrer ao papa com o intuito de alterar estas disposições, o que, a par da salvaguarda da rota do cabo, constituiu uma vitória para a diplomacia portuguesa.
Na prática, esta divisão do mundo foi limitada pelos interesses de outras nações europeias e pelas dificuldades científicas de traçar rigorosamente o meridiano definido. A longo prazo, no entanto, acabou por garantir a Portugal a posse do Brasil, cabendo a Espanha a maior parte do continente americano. O tratado de Tordesilhas acabou por ser anulado em finais do século XVIII.(Fonte Wikipédia).

sexta-feira, junho 06, 2008

O Dia Mais Longo


O velho von Rundstedt, na sua sagacidade, nunca confiara nas defesas fixas. Tinha dirigido o cerco magistral da linha Maginot, que levara à derrota da França em 1940. Para ele, a Muralha do Atlântico não passava dum monumental bluff destinado mais ao povo alemão do que ao inimigo… e o inimigo, graças aos seus agentes de informação, sabe mais do que nós sobre a Muralha”. As fortificações “aborreciam temporariamente” os Aliados, mas não dominariam a ofensiva. Nada, na opinião de von Rundstedt, poderia impedir o sucesso dos primeiros desembarques. O seu plano, a sua contra-ofensiva, consistia em juntar o maior número possível de tropas em pontos relativamente afastados da costa e em atacar depois do desembarque. Era nesse momento que seria preciso assestar o golpe – na altura em que o inimigo estava ainda fraco, em que o seu abastecimento não estava organizado e em que não tinha tido tempo para consolidar a sua testa-de-ponte.
Rommel combatia energicamente esta teoria. Para ele, só existia um processo de repelir o assalto: de frente, cabeça baixa. Não teriam tempo para mandar vir reforços maciços da retaguarda. Os comboios, estava certo, seriam destruídos pelos incessantes ataques aéreos e pelos bombardeamentos navais. Na sua opinião tudo deveria estar a postos, no local, desde as tropas de infantaria até às divisões blindadas. O ajudante de campo de Rommel lembrava-se bem do dia em que o marechal lhe expusera a sua estratégia. Estavam numa praia deserta e Rommel, silhueta maciça e atarracada, dentro do pesado capote, com um lenço ao pescoço, andava para trás e para diante agitando o bastão de marechal “oficioso”, um chicote negro de botão de prata donde pendia uma borla de seda preta, branca e vermelha. Mostrava o areal com a ponta do chicote.
- A guerra será ganha ou perdida nestas praias – disse. – Só temos uma possibilidade de repelir o inimigo, e é quando estiver na água, chafurdando e lutando para chegar a terra. Os nossos reforços nunca chegarão aos locais de ataque e seria loucura esperar por eles. A Hauptkampflinie (a principal linha da resistência) estará aqui. Todas as nossas forças devem encontrar-se ao longo destas praias, Acredite-me, Lang, as primeiras vinte e quatro horas da invasão serão decisivas…Tanto para os Aliados como para a Alemanha, esse será o dia mais longo.
Excerto do livro, O Dia Mais Longo, de Cornelius Ryan, Livraria Bertrand, 3º edição, sem data da edição.

Dia D


O dia 6 de Junho de 1944 entrou para a história como o Dia D. Neste dia, os Aliados iniciaram a ofensiva contra as tropas nazistas no Canal da Mancha. A operação conhecida pelo nome de código – Operação Overlord, foi a maior operação aeronaval da história militar.
Nos meses anteriores ao desembarque, mais de três milhões de soldados norte-americanos, britânicos e canadianos concentraram-se no sul da Inglaterra para atacar os alemães na costa norte da França. Além disso, dez mil aviões, sete mil navios e centenas de tanques anfíbios e outros veículos especiais de guerra foram preparados para a operação.
A 6 de Junho de 1944, foi anunciado pela rádio o começo da Operação Overlord, depois de ter sido adiada por 24 horas, devido ao mau tempo no Canal da Mancha. Antes do amanhecer, pára-quedistas e caças dos Aliados tinham bombardeado trincheiras alemãs e destruído vias de comunicação. Graças à supremacia aérea dos Aliados, foi possível romper a Muralha do Atlântico de Hitler e estabelecer as primeiras testas- de- pontes.
As perdas humanas – 12 mil mortos e feridos – foram menores do que esperadas, visto que o comando militar alemão fora surpreendido pelo ataque. No final do primeiro dia da invasão, mais de 150 mil soldados e centenas de tanques haviam desembarcado com sucesso.
O Dia D, comandado pelo general norte-americano Dwight D. Eisenhower, foi o ataque estratégico que daria o golpe mortal no regime nazista.

Praia de Omaha, Dia D


Fotografia de Robert Capa /Magnum Photos
A foto é a hora H, em Omaha Beach, onde se vê as tropas de assalto aliadas a chafurdarem nas ondas e entre obstáculos, debaixo do fogo do inimigo. Esta foto de Bob Capa é provavelmente a fotografia mais reproduzida do Dia D.
Robert Capa, estava na praia de Omaha, Normandia, na primeira onda do Dia D, a trabalhar para a LIFE. Nadou no mar gelado, escapou das balas alemãs e atingiu a praia. A sua reportagem, feita debaixo de fogo cerrado alemão, durou noventa minutos. No fim, foi tomado pelo pânico e apanhou um barco de regresso para um navio de guerra.
Em Londres, um assistente de fotografia estragou as películas e apenas se aproveitaram onze fotos, não muito nítidas. A revista LIFE tem outra versão, segundo escreveu “devido à extrema tensão do momento, Capa tremeu, e daí a falta de nitidez da fotografia”.
É possível, que o assistente tenha sido incompetente ou que Capa tivesse tremido, no entanto é bom lembrar a célebre frase do fotógrafo: “se as tuas fotografias não forem bastante boas é porque não estavas suficientemente perto”.

Robert Capa

André Friedmann nasceu em Budapeste, na Hungria, em 22 de Outubro de 1913. Ainda adolescente, foi acusado de ser comunista pela polícia secreta húngara e acabou por ser expulso do seu país. Refugia-se em Berlim, em 1930. Inscreveu-se na Faculdade de Ciências Políticas e arranjou emprego no laboratório de uma agência fotográfica: a Dephot, a mais importante na época. A sua carreira de fotógrafo começa no fim do ano de 1931, quando consegue ser o único fotojornalista a fotografar o famoso discurso do ex-líder soviético, Leon Trotski, que se encontrava exilado em Copenhaga. Mas a calma e a fama na vida de André Friedmann ainda estava distante. O aparecimento do nazismo faz com que em 1932, tenha que deixar Berlim dirigindo-se para Viena e depois para Paris. E foi na capital francesa que ele encontrou o lugar propício para desenvolver o seu olhar de fotojornalista. Naquela época a imprensa estava em desenvolvimento e os jornais abriam grande espaço para a fotografia. Foi em Paris também que conheceu a sua primeira mulher, e também fotojornalista, Gerda Taro. Foi em Paris, também que “nasceu” Robert Capa, mais precisamente em 1935. André, contratou uma secretária ( a sua própria mulher) e um agente (ele mesmo) que vendia fotos de um tal de Robert Capa. O seu trabalho chamou a atenção de Lucien Vogel, fundador de uma das mais importantes revistas da época, “Vue”. A partir daí a carreira de Robert Capa foi sempre em ascensão. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil Espanhola, onde, em 1937, Gerda Taro encontra a morte, ao ser atropelada por um tanque. Em 1938, Capa dirige-se para a China para fotografar o conflito sino-japonês. Com o começo da Segunda Guerra Mundial e o avanço nazista sobre Paris, em 1940, Capa que era judeu, refugia-se nos Estados Unidos onde, além de encontrar a mãe e o irmão, assinou um contrato com a revista Life. Nesta altura, o nome de Robert Capa já estava definitivamente associado à fotografia de guerra. Com 27 anos, Robert Capa foi enviado ao México pela revista Life para cobrir os meses da sangrenta campanha das eleições presidenciais de 1940 e, no ano seguinte, embarcou com os soldados americanos para a Europa a fim de registar o avanço dos Aliados. Fotografou a vitória aliada no Norte de África. Em Julho e Agosto de 1943, documentou a tomada da Sicília e nos meses seguintes, os esforços aliados na reocupação do território italiano, incluindo a libertação de Nápoles. Junto com as primeiras tropas americanas, desembarcou nas areias de Omaha, na Normandia, em 6 de Junho de 1944, que mais tarde seria consagrado como o Dia D. No dia 25 de Agosto do mesmo ano, entre soldados franceses e americanos, retornou à Paris libertada, pelos Aliados. No ano seguinte, acompanhou o último ataque de pára-quedistas americanos à Alemanha, registando a captura de Leipzig, Nuremberga e, finalmente, Berlim, encerrando a sua participação na Segunda Guerra Mundial. Já naturalizado americano e de volta aos EUA, enquanto vivia um romance com a actriz Ingrid Bergman, interessou-se pelo cinema e dedicou uns bons meses a escrever as suas memórias sobre as quais pensava fazer um filme. Aos 34 anos, em 1947, com Henri Cartier-Bresson, David Seymour e George Rodger, fundou a famosa agência Magnum, com sede em Paris e Nova Iorque. Apaixonado por fotografia, Robert Capa sempre defendeu a sua liberdade de produzir imagens. Ao fundar a agência queria garantir a posse dos negativos. A Magnum acabou por tornar-se referência para os fotojornalistas.
Entre 1950 e 1953, Capa estabeleceu novamente residência em Paris, dedicando o seu tempo a actividades burocráticas como presidente da Magnum e ao recrutamento e promoção de jovens talentos fotográficos. Novamente sob suspeita de actividades comunistas, teve o seu passaporte apreendido por alguns meses, em 1953 e foi impedido de viajar pelo governo norte-americano. Em 1954, escalado pela Life para cobrir a Guerra da Indochina Francesa, embarcou para a sua última missão. Em 25 de Maio quando Capa, acompanhava um destacamento francês constantemente paralisado por ataques vietnamitas, resolveu continuar a pé e sozinho o caminho entre Hanói e Thai Binh. Meia hora depois de deixar o acampamento, um soldado francês voltou para avisar os oficiais de que Capa tinha morrido ao pisar uma mina à beira da estrada.
Morreu a fazer aquilo que mais gostava: fotografar.
(Originalmente, editado em 22 de Outubro de 2005).

quinta-feira, junho 05, 2008

Neuchâtel


Só agora dei conta, da coerente escolha de Neuchâtel, para estágio da selecção nacional, antes de iniciar a sua participação no Euro 2008.
Bem analisado, conclui-se que:
Quem sai aos seus, não é de Genebra.

quarta-feira, junho 04, 2008

Barack Obama


Barack Obama vai ser o candidato do Partido Democrata às eleições presidenciais, de Novembro, nos Estados Unidos. O Senador do Illinois venceu ontem as primárias nos Estados de Dakota do Sul e Montana. Com esta vitória Barack Obama conseguiu1.751 delegados, mas com os super delegados que já tem assegurados, ultrapassou os 2.118 votos, e garantiu o número de delegados necessários para ser eleito na Convenção Nacional do partido, em Agosto.
“Hoje assinalamos o final de uma viagem histórica, com o início de outra. Uma viagem que trará um novo dia melhor para a América. Graças a vocês esta noite posso estar aqui a dizer que serei o candidato Democrata à presidência dos Estados Unidos da América”, afirmou Obama aos apoiantes em Minnesota.
Barack Hussein Obama nasceu em Honolulu, no Havai a 4 de Agosto de 1961, quando o seu pai, Barack Obama, um economista queniano, e a mãe, Ann Dunham, antropóloga norte-americana do Kansas, estudavam na Universidade do Havai. Os pais separaram-se quando Obama tinha dois anos e, com o casamento seguinte da mãe, foi viver para Jacarta, na Indonésia durante quatro anos, voltando ao Havai aos 10.
Formou-se em Relações Internacionais na Universidade de Columbia em 1983 e em Direito em 1991 em Harvard, onde foi o primeiro afro-americano a ser presidente da prestigiada Harvard Law Review. Antes de chegar ao Senado dos Estados Unidos, em Janeiro do ano passado, Obama esteve sete anos no Senado do Illinois, depois de ter trabalhado como organizador da comunidade e advogado de direitos civis.
Em 1992, organizou uma das maiores inscrições de votantes na história de Chicago para ajudar Bill Clinton nas eleições desse ano.
Na convenção do partido democrata no Verão de 2004 roubou o protagonismo ao candidato à presidência, John Kerry, com um discurso simples. “Não há uma América negra, uma América branca e uma América hispânica: há os Estados Unidos da América”, disse Obama.
Casado desde 1992, com Michelle Obama, é pai de duas filhas, Malia e Sasha. Barack Obama é autor dos livros “A Audácia da Esperança: Reflexões Sobre a Reconquista do Sonho Americano” (2006) e “Dreams from My Father: A Story of Race and Inheritance” (1995).
O Senador Barack Obama é o primeiro candidato negro à presidência dos Estados Unidos da América e devido à sua história pessoal, é visto por muitos como um conciliador carismático e unificador, que é no fim de contas, o que mundo e os americanos precisam, depois de George W. Bush, ter passado afincadamente os últimos oito anos , a tornar o planeta um lugar perigoso para se viver.

Campanha Contra a Pedofilia on-line

This shouldn't be here.
But some people pretend they can't see it.

Advertising Agency: Lew'Lara\TBWA, Brazil
Executive Creative Directors: Jaques Lewkowicz, André Laurentino
Creative Directors: Felipe Luchi, Victor Sant'Anna, Manir Fadel, Braulio Kuwabara
Art Director: Pedro Rosa
Copywriter: Ivan Teixeira
Campanha brasileira contra a pedofilia na internet.

Obrigado


Um problema na ligação à internet, obrigou-me a estar ausente durante dois dias.
Só hoje, posso gradecer a todos amigos, que deixaram uma mensagem no post anterior e também a todos os outros, que se deram ao trabalho de me enviar um sms ou um correio electrónico.
Obrigado.

segunda-feira, junho 02, 2008

Nasceram Neste Dia


1535 - Papa Leão XI
1691 - Nicolau Nasoni, arquitecto italiano que trabalhou em Portugal
1740 - Marquês de Sade, escritor francês.
1835 - Papa Pio X.
1840 - Thomas Hardy, romancista e poeta inglês.
1865 - Amália Luazes, pedagoga e escritora portuguesa.
1857 - Edward Elgar, compositor inglês.
1891 - Takijiro Onishi, almirante japonês, criador da ideologia kamikaze.
1904 - Johnny Weissmuller, nadador olímpico e actor norte-americano
1941 - Charlie Watts, baterista dos Rolling Stones.
1942 - Barry Levinson, cineasta norte-americano.
1952 - Ana Bola, actriz e autora de textos humorísticos portuguesa.
1956 - Jan Lammers, ex-piloto holandês de F-1.
1964 – Armando S. Sousa, empresário português.
1970 - Sofia Aparício, manequim e actriz portuguesa.
1971- Anthony Montgomery, actor americano.
1989- Freddy Adu, futebolista do Benfica. Ganês, naturalizado norte-americano.

9, 72


9,72 Segundos é o tempo que o homem mais rápido do mundo demora a fazer 100 metros. O velocista jamaicano Usain Bolt bateu o recorde mundial dos 100 metros planos estabelecendo um novo melhor tempo com 9,72 segundos, no decurso de um “meeting” em Nova Iorque.
Para termos a noção da velocidade, este tempo significa que a velocidade de ponta do ser humano passou a ser de 37,03 km/h.
A anterior marca pertencia ao seu compatriota Asafa Powell (9,74), desde de Setembro de 2007. De salientar que Bolt tem apenas 21 anos e competiu nos 100 metros pela quinta vez, já que anteriormente apostava nos 200 metros.

Yves Saint Laurent


Yves Saint Laurent, um dos maiores costureiros franceses do século XX, morreu ontem à noite, às 23:10 em Paris, anunciou fonte da Fundação Pierre-Bergé-Saint Laurent. O costureiro Yves Saint Laurent, deu, segundo Chanel, uma nova liberdade às mulheres, criando “um guarda-roupa contemporâneo”, baseado num vestuário de inspiração masculina, como o seu célebre “smoking” criado em 1966.
Nascido a 01 de Agosto em Oran (Argélia), Yves-Mathieu Saint Laurent chega a Paris com 17 anos. Desenhador de modelos, torna-se rapidamente colaborador de Christian Dior (1954), e depois seu sucessor, após a morte inesperada do mestre em 1957.
O jovem director artístico conheceu o sucesso logo no seu primeiro desfile, realizado em 1958, graças à linha “Trapézio”, que rompeu com as cinturas de vespa da época.
No auge da sua carreira, foi enviado para a guerra da Argélia, regressando posteriormente do conflito por motivos de doença. Nessa altura, a direcção da casa Dior tinha sido entregue a Marc Bohan. Em desacordo com alguns dos colaboradores da Casa Dior e com a ajuda de Pierre Bergé, seu sócio, fundou a sua própria casa em 1962, evoluindo para um look urbano de linhas clássicas em colecções de vestuário masculino e feminino.
Juntos, um criador, outro gestor, vão construir um império (alta costura, pronto a vestir, perfumes, lojas) que passará em 1993 para as mãos do grupo industrial Elf-Sanofi. É em 1962 que Yves Saint Laurent cria a sua primeira colecção sob um símbolo que permanecerá imutável, YSL: três letras pretas sobre fundo creme. Quatro anos mais tarde, populariza o pronto a vestir com a sua primeira loja, “Rive gauche”. Regularmente, o costureiro que subverteu os cânones, cria acontecimentos, transforma as suas colecções em “happenings”, dá escândalos, como em 1971, com a sua colecção inspirada nos anos 40,ou em 1977, com o lançamento do seu perfume Opium.
Foi Saint Laurent quem mais contribuiu para que as calças se tornassem uma peça do vestuário feminino. É de realçar que, nas décadas de sessenta e setenta, a mulher começava a ganhar um lugar de destaque na sociedade ocidental e que as suas criações eram vistas como as ideais para a nova mulher executiva. O seu estilo é reflector de sentimentos e de uma época de grande emancipação da mulher.
Ao mesmo tempo, Yves Saint Laurent cria figurinos e cenários para os bailados de Roland Petit, para o teatro e para o cinema (“Belle de Jour”, de Buñuel (1967) e « L‘affaire Stavisky », de Resnais (1974). Em 1981, cria o uniforme de Marguerite Yourcenar, a primeira mulher a entrar na Academia Francesa.
Criador genial, Saint Laurent foi uma personalidade da cultura, a quem o Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque prestou justa homenagem em 1983, tendo igualmente sido condecorado com a comenda da Ordem da Legião de Honra e, em Junho de 1999, recebido o prémio de carreira, atribuído pelos Conselho dos Designers de Moda da América.
Em 1999, a casa é dividida em duas: o pronto-a-vestir e os perfumes ficam com o grupo Gucci (filial de Pinault-Printemps-Redoute-PPR) e a alta-costura passa para a Artémis, a “holding” pessoal de François Pinault, o patrão do PPR, até ao encerramento da casa em Outubro de 2002.
Em Janeiro de 2002, Yves Saint Laurent, de 65 anos, anunciou a sua retirada do mundo da moda, precisamente na véspera do quadragésimo aniversário da sua casa de alta-costura.
A despedida de Yves Saint Laurent, que se apresentava em público sempre de uma forma muito tímida e atrapalhada, marcou o fim de uma geração de costureiros num momento em que a alta costura, dita exclusivamente parisiense, perdeu, na década de noventa, metade dos seus clientes, tendo os criadores passado de 24, existentes em 1987, a 12 em 2002.
Em 2004, cria a fundação Pierre Bergé-Yves Saint Laurent, o único museu do mundo dedicado ao trabalho de um estilista.

domingo, junho 01, 2008

"...Luta Contra o Terrorismo..."

Fartar, Vilanagem!


Copywriter: Unknow.

És tu, criança!

Se achas que o mundo é feito de fantasias,
Se achas que o mundo são sorrisos e brincadeiras,
Se comes algodão-doce e te lambuzas todo,
Se acreditas num mundo cor-de-rosa,
Se acreditas num mundo cheio de pipocas,
Se olhas e não vês o perigo,
Se sorris e fazes sorrir,
Se choras, sem saber porquê,
Se vês o bem, por todo o lado,
Se te escondes, para preocupar os teus pais,
Se sabes pedir com os olhos,
Se derramas uma lágrima para sensibilizar os teus pais,
Alegra-te, bendito sejas, és tu, criança!
Black Angel, aka, Zé Pedro Sousa, 9 anos.