segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Óscares 2009


"Quem quer ser Bilionário?" conquistou o Óscar de Melhor Filme, terminando a noite da 81.ª edição dos prémios da Academia como a película mais premiada, com oito estatuetas douradas, entre as quais a de Melhor Realizador (Danny Boyle) e Melhor Argumento Adaptado. Sean Penn, Kate Winslet, Penélope Cruz e o falecido Heath Ledger levaram os prémios de interpretação.
Com a entrega do Óscar de melhor actor secundário a Heath Ledger, falecido há pouco mais de um ano, pelo seu papel de Joker em "O Cavaleiro das Trevas", Ledger tornou-se o segundo actor a receber um Óscar póstumo de interpretação, depois de Peter Finch, considerado o melhor actor de 1976 em "Escândalo na TV" dois meses depois da sua morte.
O grande derrotado da noite foi “O Estranho Caso de Benjamin Button”, que das 13 nomeações venceu apenas três e em categorias técnicas: direcção artística, caracterização e efeitos especiais.

Lista completa dos vencedores
Melhor Filme: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?
Melhor Realizador: DANNY BOYLE, QUEM QUER SER BILIONÁRIO?
Melhor Actor: SEAN PENN, MILK
Melhor Actriz: KATE WINSLET, O LEITOR
Melhor Actor secundário: HEATH LEDGER, O CAVALEIRO DAS TREVAS
Melhor Actriz secundária: PENELOPE CRUZ, VICKY CRISTINA BARCELONA
Melhor Argumento original: DUSTIN LANCE BLACK, MILK
Melhor Argumento adaptado: SIMON BEAUFOY, QUEM QUER SER BILIONÁRIO?
Melhor Longa-metragem de animação: WALL-E
Melhor Curta-metragem de animação: LA MAISON EN PETITS CUBES
Melhor Cenografia: O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON
Melhor Guarda-Roupa: A DUQUESA
Melhor Caracterização: O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON
Melhor Fotografia: ANTHONY DOD MANTLE, QUEM QUER SER BILIONÁRIO?
Melhor Efeitos Visuais: O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON
Melhor Efeitos Sonoros: O CAVALEIRO DAS TREVAS
Melhor Som: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?
Melhor Montagem: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?
Melhor Banda Sonora Original: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?
Melhor Canção Original: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?
Melhor Documentário de longa-metragem: HOMEM NO ARAME
Melhor Documentário de curta-metragem: SMILE PINKY
Melhor Curta-metragem: THE PIG
Melhor Filme Estrangeiro: DEPARTURE (Japão)
Prémio Humanitário Jean Hersolt : JERRY LEWIS

terça-feira, fevereiro 17, 2009

O Melhor Emprego do Mundo


Advertising Agency: CumminsNitro Brisbane, Australia
Creative Directors: Nancy Hartley, James burchill
Art Directors: Ralphie Barnett, Cristian Staal
Copywriter: Merrin McCormack
Other additional credits: Adam Ford, Jason Kibsgaard, Darren McColl, Edwina Gilmour, Anne-Maree WilsonPublished: January 2009

Últimos dias de inscrição para o melhor emprego do mundo. Aqui.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

World Press Photo 2008


A fotografia de como a crise financeira atingiu a sociedade americana foi a vencedora do prémio de Melhor Fotografia na 52ªedição do World Press Photo, anunciou hoje em Amesterdão a organização do prestigiado prémio.
A imagem vencedora, a preto e branco, do americano Anthony Suau, feita para a revista Time, mostra o detective Robert Kole a verificar uma casa em Cleveland para garantir que a família que residia na casa se teria mudado do local depois de deixar de pagar a hipoteca.
É a segunda vez que Anthony Suau vence o World Press Photo. Em 1987 esta fotografia que nos mostra uma mãe que viu o seu filho ser preso numa manifestação na Coreia do Sul, em que acusavam o Governo de fraude na eleição presidencial, foi a vencedora do prestigiado prémio.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

A Origem das Espécies


Quando observamos os indivíduos pertencentes à mesma variedade ou subvariedade das plantas cultivadas há mais tempo e dos animais domésticos mais antigos, um dos primeiros aspectos que sobressaem é que estes, geralmente, diferem muito mais uns dos outros do que o que acontece entre indivíduos pertencentes a qualquer espécie ou variedade selvagem. Se reflectirmos sobre a vasta diversidade das plantas que têm sido cultivadas e dos animais que têm sido domesticados, sofrendo variações ao longo dos tempos sob os mais diversos climas e circunstâncias, somos levados a concluir que esta grande variabilidade se deve simplesmente ao facto de as nossas produções domésticas terem sido criadas sob condições de vida menos uniformes, e de alguma forma diferentes, daquelas a que a espécie-mãe esteve exposta na natureza. Existe também, na minha opinião, alguma probabilidade real na ideia proposta por Andrew Knight de que esta variabilidade pode em parte estar associada ao excesso de alimento. Parece bastante evidente que os seres orgânicos tenham de ser expostos às novas condições de vida durante várias gerações, até que se produza qualquer variação apreciável; como também parece evidente que, uma vez que a organização interna comece a variar, esta continue em regra a fazê-lo por inúmeras gerações. Não existe nenhum registo de um caso em que um organismo variável tenha cessado de variar no estado doméstico. As nossas plantas com histórias de cultivo mais antigas, tal como o trigo, ainda produzem com frequência novas variedades. Os nossos animais domésticos mais antigos são ainda susceptíveis de modificações ou aperfeiçoamentos rápidos.
1ª Página do livro, A Origem das Espécies, de Charles Darwin, Publicações Europa-América, Edição Agosto de 2005.


“O livro que abalou o mundo” como é muitas vezes referido, foi lançado no dia 24 de Novembro de 1859 com o título original de On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life (Sobre a Origem das Espécies Através da Selecção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida). A primeira edição de 1250 exemplares esgotou no próprio dia, sucedendo-lhe mais cinco edições, que compreendiam dados adicionais e revisões contextuais para rebater os argumentos que se foram levantando. Curiosamente, a palavra evolução é pela primeira vez introduzida na sexta edição, assim como, a expressão “sobrevivência do mais apto”, que não é da autoria de Darwin, mas sim do filósofo Herbert Spencer. Portanto é inapropriado relacionar o conceito “darwinismo social” a Charles Darwin. “Luta pela sobrevivência”, “direito do mais forte” nunca foram palavras de Charles Darwin, mas sim conceitos manipulados por outros. O darwinismo social é um conceito que se deveria chamar de “spencerismo”, pois não tem absolutamente nada a ver com a teoria de evolução de Charles Darwin.
À data de publicação, “A Origem das Espécies” gera um escândalo sem precedentes. Mesmo que, no início, se iniba de evocar o homem e o macaco, toda a gente compreende o alcance da Teoria. Ao afirmar que todas as espécies vivas descendem de um antepassado comum em resultado de um processo de evolução que, por selecção natural, eliminou os menos adaptados, Darwin entra em conflito não só com a fé, mas também com o antropomorfismo. Escarnecido pela imprensa, acrescido de uma cauda e dotado de um corpo simiesco pelos caricaturistas, desprezado pela Igreja, Darwin tornou-se famoso da noite para o dia.
Desde a Antiguidade que a perfeição dos mecanismos naturais era assumida como prova da existência divina. Com a Teoria da Evolução Darwin, diz-se adeus à Providência. Trata-se, nem mais nem menos, de substituir a religião pela ciência. O francês Jean-Henri Fabre dedicará a sua vida a tentar desmontar a teoria darwiniana, na qual não vê senão “um jogo do espírito”. Outros entregam-se de corpo e alma à sua defesa, como Thomas Huxley ou o botânico Joseph Hooker.
O debate mais espectacular teve lugar na Universidade de Oxford, em 30 de Junho de 1860, perante uma plateia repleta. O duelo opõe os partidários do investigador, em particular o zoologista Thomas Huxley, apelidado de “buldogue de Darwin”, ao bispo de Oxford, Sam Wilberforce. Numa célebre interpelação, este último pergunta a Huxley se é “da parte do seu avô ou da sua avó que descende do macaco”, provocando uma réplica não menos memorável, embora persistam dúvidas sobre as suas exactas palavras: “Se a questão é se eu preferiria ter um macaco como avô ou um homem altamente favorecido pela natureza, que possui grande capacidade de influência, mas mesmo assim emprega essa capacidade e influência para o mero propósito de introduzir o ridículo numa discussão científica séria, eu não hesitaria afirmar a preferência pelo macaco!”
A “guerra do macaco” continua hoje em dia, mesmo que o Vaticano tenha admitido, em 1996, que a teoria da evolução era “mais do que uma hipótese”, os poderosos lóbis protestantes, nunca abdicarão de tentar impôr o"desígnio inteligente" da criação do Mundo.

Charles Darwin


Charles Darwin, nascido há 200 anos, colocou o homem no seu devido lugar ao localizá-lo na longa história da evolução das espécies, desmentindo a crença de uma criação divina e fundando a biologia moderna.
Revelada em 1859, em “A Origem das Espécies”, a Teoria Por Selecção Natural de Charles Darwin causou agitação entre aqueles que acreditavam na criação divina de espécies imutáveis. Hoje, a maioria dos cristãos aceita (excepto os criacionistas) o princípio científico da evolução, no entanto o papel desempenhado pelo acaso no surgimento das variações ou de novas espécies continua sendo para muitos um obstáculo.
Duzentos anos após seu nascimento, Darwin permanece um dos maiores expoentes das ciências naturais.
Charles Robert Darwin nasceu em Shrewsbury, Inglaterra, em 12 de Fevereiro de 1809, no seio de uma família próspera e culta. O seu pai, Robert Waring Darwin, foi um médico respeitado. O avô paterno, Erasmus Darwin, poeta, médico e filósofo, era um evolucionista em potencial, cuja obra mais famosa, a Zoonomia, antecipava em muitos aspectos as teorias de Lamarck.
Em 1825 Charles Darwin foi para Edimburgo estudar medicina, carreira que abandonou por não suportar as dissecções. Todavia, interessou-se pelas ciências naturais. Matriculou-se a seguir no Christ’s College, em Cambridge, decidido a ordenar-se padre, embora não tivesse vocação religiosa. Ali tornou-se amigo do botânico John Stevens Henslow, que o aconselhou a aperfeiçoar seus conhecimentos em história natural. É Henslow quem proporciona a Darwin o momento decisivo da sua existência. A 24 de Agosto de 1831, pouco depois de obter o seu diploma, propõe-lhe acompanhar o capitão Fitz-Roy a bordo do “Beagle” para uma longa viagem de estudo. Charles foi eleito pelas suas qualidades de perfeito “gentleman”, mais do que pelos seus conhecimentos, os mais limitados à época. “Não é que vos considere um naturalista consumado”, escreve Henslow, “mas sois capaz de coleccionar e de notar o que é digno de ser registado.” O doutor Darwin recusa-se a dar o seu consentimento. Charles, escreve a Henslow para exprimir o seu profundo pesar, mas, diplomata, tenta assegurar o apoio do seu tio, que acaba por triunfar na decisão.
A 21 de Dezembro de 1831, o “Beagle” levanta âncora para uma volta ao mundo que durará cinco anos. Desta viagem incómoda, a lenda fez uma odisseia, um périplo fundador do qual todos os naturalistas devem recitar as etapas: a descoberta, próximo de Montevideu, de fósseis colossais, presumíveis antepassados dos tatus, a dos aborígenes na Austrália, o deslumbre perante o esplendor das florestas tropicais, a curiosidade face à diversidade das tartarugas específicas de cada uma das ilhas Galápagos, etc. É no decorrer desta experiência que a iluminação terá transformado o coleccionador aprendiz em especialista de génio.
O jovem naturalista regressou da viagem transformado, amadurecido — e acometido por uma estranha febre que não mais o deixará —, mas a ideia de “A Origem das Espécies” não nasceu a bordo do “Beagle”. Ela surgirá durante o período de triagem das suas descobertas para redigir o seu diário de bordo. Por si só, a ideia de uma evolução das espécies não é inovadora, Jean Lamark lançou-a em 1809, e mesmo o avô de Darwin, Erasmus, assinou uma “Zoonomia”, mais poética do que científica. A estas teorias só falta o essencial: o mecanismo que explica a transformação. Caberá a Darwin encontrá-lo. A natureza procede como os criadores de gado, por selecção sistemática, defende. É a luta pela vida que, a cada geração, privilegia, numa população, os que melhor se adaptam ao meio, a expensas dos mais fracos. A leitura em 1838 do livro “Ensaio Sobre o Princípio da População” de Thomas Malthus fez iluminar a mente de Darwin e descobrir a sua teoria: a selecção natural, segundo a qual só os indivíduos mais bem adaptados de cada população sobrevivem para deixar descendência. Depois, escondeu a sua teoria ao longo de mais de 20 anos, dedicando-se a reunir uma montanha de documentos para apoiar a sua tese, antecipando todas as objecções, acumulando as provas, inquirindo, numa troca de correspondência, sobre os métodos dos criadores de pombos, sobre o sentido de orientação das abelhas ou dos gatos domésticos, etc. Sem publicar uma linha a propósito das suas reflexões. Em 1839, casa com a sua prima Emma, culta, devota e dotada de rendimentos que, a juntar aos seus, lhe permitem viver sem exercer uma profissão. Em 1842, redige, ainda assim, um esboço da sua teoria, repleta de instruções no caso de se dar algum infortúnio, que permanecerá guardada anos a fio sob as escadas, enquanto Darwin se consagra a outros estudos. Não há motivos para pressas, pensa, coleccionando observações, como, no passado, os insectos. No entanto, em 1858, um jovem naturalista, Alfred Russel Wallace, envia-lhe uma dissertação (Sobre a Tendência das Variedades a Desviarem-se indefinidamente do Tipo Original) na qual defende, praticamente palavra por palavra, a mesma tese. O choque é duro. Vexado, reticente, mas instigado pela concorrência, Darwin, sob a insistência dos seus amigos, resigna-se em publicar, primeiro um esboço e a seguir “Da Origem das Espécies”, 500 páginas escritas em menos de um ano num estilo figurado, pessoal, bastante acessível — garantia de sucesso. Este sucesso quase não lhe renderá nada, fechado em casa, recusando obstinadamente as homenagens públicas, tal como foge das confrontações. Na Down House escreve, reflecte e continua a escrever para insistir na argumentação e responder aos seus detractores. Prosseguir a produção das obras parece- lhe a única forma honrada de se defender.
Darwin é a prova de que o génio pode ser modesto e não se faz, necessariamente, acompanhar pela excentricidade. Simples, afável, conciliador, tão sensível às críticas como aos elogios, preocupa-o bastante a recepção às suas ideias, não por vaidade, mas por necessidade de persuasão. Na sua autobiografia, escrita em 1876, seis anos antes da sua morte, só reconhece, para lá do amor à ciência, possuir os “dons de observação” e “uma paciência sem limite”.
De carácter simples, extremamente apegado à mulher e aos filhos, Darwin dedicou a sua vida à ciência, apesar da pouca saúde. A sua obra revela modéstia e escrúpulo, que despertaram a simpatia e a amizade de todos. Até os adversários admiravam o seu carácter e respeitavam-no como cientista. Darwin morreu de um ataque cardíaco em Down, a 19 de Abril de 1882, sendo enterrado na abadia de Westminster.
Fontes: A Origem das Espécies, A Vida e a Obra de Darwin de Alberto Candeias, The Complete Work of Charles Darwin Online, Público e AFP.

Há Dias Assim


Passam hoje 200 anos do nascimento de duas grandes figuras da história mundial:
Abraham Lincoln (Hodgenville, 12 de fevereiro de 1809 — Washington, DC, 15 de abrilde 1865)


Charles Robert Darwin (Shrewsbury, 12 de Fevereiro de 1809— Downe, Kent 19 de Abril de 1882.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Casamento entre Homossexuais


Noticia o Jornal Público que a Igreja pode apelar ao voto contra os partidos que apoiam o casamento entre homossexuais.
“Os cristãos, seguramente, tomarão as suas conclusões, porque não é fiável quem se mete por estas aventuras, em que a sociedade fica exposta a feridas, que são profundas”, declarou, em jeito de aviso, o secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Morujão, ontem, no final da reunião do conselho permanente, que decorreu em Fátima. Foi esta a fórmula, suficientemente vaga mas firme, que o padre Manuel Morujão utilizou para discorrer sobre a possibilidade de a Igreja vir a assumir uma posição pública de apelo aos católicos para que não votem nos partidos que defendem o casamento entre homossexuais. Uma das propostas inscritas na moção de Sócrates ao congresso do PS, que o líder socialista pretende levar a cabo no próximo mandato, se ganhar as eleições. Do encontro dos bispos portugueses saiu uma reprovação dura à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, porque “vai dividir os portugueses”, mas também porque “há outras prioridades” com as quais os políticos se deviam ocupar. Como com “a crise”, frisava o secretário da CEP, nomeadamente “dando os apoios de que as famílias precisam para responder aos desafios actuais”.Anunciando que a CEP irá fazer uma nota pastoral sobre esta matéria, que deverá ser divulgada dentro de duas semanas, o padre Manuel Morujão falou em “ameaça”, ergueu-se em defesa da “dignidade e da decência” e reiterou que “a sociedade não consegue ser ninguém sem as traves mestras que são o casamento e a família”. “As organizações da Igreja movimentar-se-ão, não contra ninguém, mas em favor de uma causa”, assumiu. (Público).
Eu também me oponho ao casamento entre homossexuais, na circunstância concreta, de os homossexuais serem padres; tenho família que é muito católica.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Está bem... façamos de conta


Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.
Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos. (Artigo de opinião de MÁRIO CRESPO no JN).

A Brasileira Mais Famosa de Sempre...é Portuguesa


Carmen Miranda nasceu em Marco de Canaveses, foi para o Rio de Janeiro com 10 meses, tornando-se num fenómeno da música brasileira nos anos 30. Nos anos 40 e 50 triunfou na Broadway e em Hollywood. Nunca abdicou da nacionalidade portuguesa.
Faz hoje 100 anos que nasceu.
Biografia.
Museu Virtual Carmen Miranda.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Phelps Suspenso por 3 Meses


O nadador norte-americano Michael Phelps, fotografado a fumar cannabis, veio para o jornal Baltimore Sun com “paninhos quentes”, dizer que não estava “orgulhoso” do seu comportamento, que qualificou de “estúpido”.
“Obviamente, faltou-me discernimento e é uma coisa de que não estou orgulhoso. Sempre tirei lições dos erros que cometi na minha vida. Tenho a intenção de fazer o mesmo após o sucedido”, indicou Phelps, acrescentando que “foi estúpido e não voltará a acontecer”.
Quem não esteve pelos ajustes foi a Federação de natação dos Estados Unidos que decidiu suspender por três meses o nadador olímpico.
Em comunicado, a Federação de Natação americana diz que não se trata de sancionar uma “conduta de doping”, mas antes de enviar uma “mensagem forte” à estrela olímpica, considerado um modelo para a juventude.“Não se trata de uma situação na qual houve violação das regras anti-doping, mas decidimos enviar uma mensagem forte a Michael, porque ele desiludiu muitas pessoas, em particular centenas de milhares de crianças membros do USA Swimming, que o respeitam e o consideram um modelo”, indica o comunicado.
Além da suspensão de três meses, a marca de cereais Kellogg anunciou que vai cessar o contrato que a liga a Michael Phepls, deixando de o patrocinar no fim do mês de Fevereiro.
Como não é a primeira vez que Michael Phelps é apanhado com o pé em falso, que aproveite o tempo de suspensão para reflectir sobre se a sua conduta pública é adequada ao estatuto que usufrui na opinião pública, quer como atleta quer como modelo para a juventude.