quinta-feira, janeiro 31, 2008

Katharine Hepburn


Katharine Houghton Hepburn nasceu em 12 de Maio de 1907, em Hartford, no estado americano do Connecticut. Iniciou a sua carreira artística em 1929, no teatro, participando, mais tarde em várias produções da Broadway. Em 1932, estreou-se no cinema com Vítimas do Divórcio/A Bill of Divorcement, onde contracenou com John Barrymore.
Foi o primeiro de uma sucessão de filmes memoráveis. No ano seguinte à sua estreia cinematográfica, Katharine conquistou a primeira das suas 12 nomeações ao Óscar, com o filme "Glória de um Dia", realizado por Lowell Sherman, levando a estatueta dourada para casa. Seguem-se, ainda em 1933 "Mulherezinhas" e "Christopher Strong", "The Little Minister" (1934), "Alice Adams" (1935), pelo qual obteve a sua segunda nomeação ao Óscar, "Sylvia Scarlett" (1935),"Mary of Scotland" (1936) e "A Porta das Estrelas" (1937).No final dos anos 30, Katharine Hepburn decidiu voltar aos palcos da Broadway. encenando "The Philadelphia Story". Com a versão filmada da peça de teatro, "Casamento Escandaloso", foi novamente nomeada pela academia aos Óscares, mas não ganhou, no entanto a Metro-Goldwyn-Mayer, ofereceu-lhe um contrato de nove anos. O primeiro filme que fez para a MGM foi "A Primeira Dama", (1942) de George Stevens, com a actriz a ser novamente nomeada para o Óscar. Seguiram-se "Keeper of the Flame" (1942), "Without Love" (1945), "State of the Union" (1948) e "A Costela de Adão" (1949). Em 1951, Hepburn deixou a MGM e voltou a dividir a sua vida artística entre o cinema e o teatro. No cinema Katharine Hepburn aparece em grande forma na década de cinquenta: "A Rainha Africana", de John Huston (1951), "Loucura em Veneza", de David Lean (1955), "O Homem Que Fazia Chover", de Joseph Anthony (1956), "Bruscamente no Verão Passado", de Joseph Leo Mankiewicz (1959) e "Longa Jornada para a Noite", de Sidney Lumet (1962) são mais cinco filmes pelos quais foi nomeada para Óscar de Melhor Actriz.Katharine Hepburn decidiu fazer uma pausa no cinema em 1962 e passou cinco anos sem entrar em qualquer filme. Regressou em 1967 com o filme "Adivinha Quem Vem Jantar?", de Stanley Kramer, com o qual ganhou o seu segundo Óscar.Vence o seu terceiro Óscar no ano seguinte com "Um Leão no Inverno", de Anthony Harvey. Durante a década de setenta Katharine Hepburn, fez muito pouco cinema. Regressa em grande forma, em 1981, com "A Casa do Lago", de Mark Rydell, que lhe rendeu o quarto Óscar de uma longa carreira.
Foi o seu último grande papel, no entanto, manteve-se sempre no activo, participando esporadicamente em telefilmes, como actriz convidada.
Nos anos oitenta, escreveu o livro «The Making of The African Queen» e em 1991, publicou a autobiografia «Me: Stories of My Life».
A firmeza e determinação das suas personagens constituíram a sua imagem de marca. Na vida real a sua atitude era bastante diferente das estrelas de Hollywood. Arrogante e selectiva, preferia o convívio de um pequeno grupo de intelectuais às grandes festas sumptuosas das vedetas. Katharine Hepburn faleceu a 29 de Julho de 2003, aos 96 anos de idade.

A Rainha Africana


O filme The African Queen (A Rainha Africana na versão portuguesa), foi realizado em 1951 por John Huston, baseado no romance homónimo, de C.S. Forester.
A Rainha Africana teve nos principais papéis Humphrey Bogart , Katharine Hepburn , Robert Morley e Peter Bull .
O filme conta-nos a história do envolvimento amoroso entre Charlie Allnutt, papel desempenhado por Humphrey Bogart, capitão de um barco a vapor, chamado “The African Queen”, e uma missionária, Rose Sayer (Katharine Hepburn).
Passado na África Oriental em 1914, no início da Grande Guerra, o filme começa por mostrar imagens de uma igreja missionária de uma pequena aldeia africana. Quem lidera o serviço religioso é o reverendo inglês Samuel Sayer (Robert Morley) e a sua irmã Rose.
É então que chega à aldeia Charlie Allnut, que abastece de mantimentos e notícias aquela povoação isolada. Depois de tomar chá com os missionários, Charlie avisa-os de que poderá estar para breve a eclosão de uma guerra entre a Alemanha e a Inglaterra.
Sem tempo para reagir, a aldeia é invadida por tropas alemãs e a igreja é queimada. Afectado pela destruição do trabalho de uma vida, o reverendo acaba por enlouquecer e morrer.
No funeral, Charlie regressa à aldeia e oferece-se para levar Rose de volta à civilização. É aqui que se inicia uma viagem cheia de perigos e o confronto entre personalidades opostas. Rose e Charlie começam por embirrar um com o outro, mas o atrito inicial rapidamente se transforma num amor imprevisível.

Origem: Reino Unido (Horizon, Romulus, 105 min. Technicolor)
Idioma: Inglês/ Alemão/ Suaíli
Data de estreia: 23 Dezembro 1951
Realização: John Huston
Produção: S.P Eagle e John Woolf
Argumento: James Agee e John Huston adaptado do romance de C.S. Forester
Elenco: Humphrey Bogart , Katharine Hepburn , Robert Morley e Peter Bull, Theodore Bikel, Walter Gotell, Peter Swanwick e Richard Marner.

Óscares: 1951

Apresentação: Danny Kaye

Auditório: The RKO Pantages Theatre (Hollywood)

Filme: An American in Paris, de Vincente Minnelli

Realizador: George Stevens, por A place in the Sun

Actor: Humphrey Bogart, por The African Queen

Actriz: Vivien Leigh, por A streetcar named Desire

Actor Secundário: Karl Malden, por A streetcar named Desire

Actriz Secundária: Kim Hunter, por A streetcar named Desire

História: Paul Dehn e James Bernard, por Seven days to noon

Argumento: Michael Wilson e Harry Bown, por A place in the Sun

História e Argumento: Alan Jay Lerner, por A place in the Sun

Fotografia: William C. Mellor, por A place in the Sun (P/B); e Alfred Gilks e John Alton, por Na Amercinain in Paris (Cor)

Direcção Artística: Richard Day, por a Streetcar named Desire (P/B); e Cedirc Gibbons e Preston Ames por Na american in Paris

Som: Douglas Shearer, por The great Caruso

Canção: Hoagy Carmichael (música) e Johnny Mercer (letra) por “In the cool, cool, cool of the evening”, em Here comes the groom

Banda Sonora (Filme Dramático ou Comédia): Franz Waxman, por A place in the Sun

Banda Sonora (Filme Musical): Johnny Green e Saul Chaplin, por Na americain in Paris

Montagem: William Hornbeck, por A place in the Sun

Vestuário: Edith Head, por A place in the Sun (P/B9; e Orry-Kelly, Walter Plunkett e Irene Sharaf, por An American in Paris (Cor9

Efeitos Especiais: Gordon Jennings e Harry Bardollar, por When worlds collide

Curta-metragem de uma bobina
:Worl of kids, de Robert Youngson

Curta-metragem de duas bobinas: Nature’s half acre, de Walt Disney

Curta-metragem de Animação: The two mouseketeers, de Fred Quimby

Curta-metragem Documental
:Benjy, de Fred Zinnemann

Longa-metragem Documental: Kon-Tiki, de Olle Nordemar

Memorial Irving G. Thalberg: Arthur Fred

Prémios Especiais: Gene Kelly, em reconhecimento da sua versatilidade como actor, cantor, bailarino e realizador; Rashomon, de Akira Kurosawa, votado pelos membros da Academia como o melhor filme em língua estrangeira estreado nos Estados Unidos durante este ano.

Óscares: 1950

Apresentação: Fred Astaire

Auditório: The RKO Pantages Theatre (Hollywood)

Filme: All about Eve, de Joseph L. Mankiewicz

Realizador: Joseph L. Mankiewicz, por All about Eve

Actor: José Ferrer, por Cyrano de Bergerac

Actriz: Judi Holliday, por Born yesterday

Actor Secundário: George Sanders, por All about Eve

Actriz Secundária: Josephine Hull, por Harvey

História: Edna e Edward Anhalt, por Panic in the streets

Argumento: Joseph L. Mankiewicz, por All about Eve

História e Argumento: Charles Brackett, Billy Wilder e D. M. Marshman Jr., por Sunset Boulevard

Fotografia: Robert Krasker, por The third man (P/B); e Robert L. Surtees, por King Solomon’s Mines (Cor)

Direcção Artística: Hans Dreier e John Meehan, por Sunset Boulevard (P/B); e Hans Dreier e Walter Tyler, por Samsom and Delilah (Cor)

Som: Thomas T. Moulton, por All about Eve

Canção: Ray Evans e Jay Livingston (música e letra), por “Mona Lisa”, em Captain Carey

Banda Sonora (Filme Dramático ou Comédia): Franz Waxman, por Sunset Boulevard

Banda Sonora (Filme Musical): Adolph Deutsch e Roger Edens, por Annie get your gun

Montagem: Ralph. E. Winters e Conrado A. Nervig, por King Solomon’s mines

Vestuário: Edith Head e Charles LeMaire, por All about Eve (P/B); e Edith Head, Dorothy Jeakins, Elois Jenssen, Gile Steele e Gwen Wakeling, por Samsom and Delilah (Cor)

Efeitos Especiais: George Pal, por Destination Moon

Curta-metragem de uma bobina: Grandad of races, de Gordon Hollingshead

Curta-metragem de duas bobinas
:In Beaver Valley, de Walt Disney

Curta-metragem de Animação: Gerard McBoing-Boing, de Stephen Bosustow

Curta-metragem Documental:Why Korea?, de Edmund Reek

Longa-metragem Documental: The Titan: story of Michelangelo, de Rober Snyder

Memorial Irving G. Thalberg: Darryl F. Zanuck

Prémios especiais: Au-Delá des grilles, considerado melhor filme estrangeiro estreado nos Estados Unidos este ano; Louis B. Mayer, pelos serviços prestados à indústria cinematográfica; George Murphy, pelos seus serviços na difusão da indústria cinematográfica por todo todo o país.

Óscares: Década de 40


A década de quarenta começa com o realizador John Ford a receber o seu segundo Óscar, com o filme "As Vinhas da Ira", 1940, proeza que repetiria no ano seguinte com "O Vale Era Verde".
Aparece também através dos filmes de John Ford uma das maiores lendas de Hollywood, John Wayne, com a criação da personagem Ringo Kid, do filme "Stagecosch". John Wayne viria a ser distinguido com um Óscar da Academia nos anos sessenta pelo seu desempenho no filme "True Grit".
Ginger Rogers, que nos anos anteriores e posteriores, tinha feito uma dupla famosa com Fred Astaire em filmes musicais, recebe o Óscar de melhor actriz pelo seu desempenho no filme "Kitty Foyle", de1940.
Em 1942, estreava-se o mais popular filme de todos os tempos "Casablanca". Receberia 3 Óscares, o de melhor filme, de melhor realizador, Michael Curtiz e o de melhor argumento. Mas a sua lenda e o casal Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, duraria muito para além de qualquer distinção. A famosa frase, nunca dita "play it again, Sam" e a música "As Time Goes By", são exemplos.
O filme "Os Melhores Anos das Nossas Vidas" de 1946, receberia sete Óscares para outras tantas nomeações.
Em 1948 John Huston conquista o reconhecimento da crítica e recebe dois Óscares pelo filme "O Tesouro da Sierra Madre", melhor realizador e melhor argumento.
A década não acabaria sem o reconhecimento do valor de Josep L. Mankiewicz, que em dois anos consecutivos, 1949 e 1950, receberia simultaneamente o Óscar de melhor realizador e Óscar de melhor argumento, pelos seus filmes "All About Eve" e "A Letter to Three Wives".
James Stewart no filme " Do Céu Caiu uma Estrela" de 1946,Gary Cooper no filme "Sargento York", de 1941, James Cagney no filme "Yankee Doodle Dandy" de 1942 e Laurence Olivier pelo seu excepcional desempenho em "Hamlet", de 1948, receberam o Óscar de melhor actor do ano.

Óscares: 1949


Apresentação: Paul Douglas

Auditório: The RKO Pantages Theatre (Hollywood)

Filme: All the king’s men, de Robert Rossen

Realizador: Joseph L. Mankiewiez, por A letter to three wives

Actor: Broderick Crawford, por The all king’s men

Actriz: Olivia Havilland, por The heiress

Actor Secundário: Dean Jagger, por 12 o’clock high

Actriz Secundária: Mercedes McCambridge, por All the king’s men

História: Douglas Morrow, por The Stratton story

Argumento: Joseph Mankiewiez, por A letter to three wives

História e argumento: Robert Pirosh, por Battleground

Fotografia: Paul C. Vogel, por Battleground (P/B) e Wintom C. Hoch, por She wore a yellow ribbon (Cor)

Direcção Artística:John Meehan e Harry Horner, por The Heiress (P/B) e Cedric Gibbons e Paul Groesse, por Little women (Cor)

Som: Thomas T. Moulton, por 12 o’clock high

Canção: Frank Loesser (música e letra) por “Baby, it’s cold outside”, em Neptune’s duaghter

Banda Sonora (Filme Dramático ou Comédia): Aaron Copland, por The heiress

Banda Sonora (Filme Musical): Roger Edens e Lennie Hayton, por On the town

Montagem: Harry Gerstad, por Champion

Vestuário: Edith Head e Gile Steele, por The heiress (P/B) e Leah Rhodes, Travilla e Marjorie Best, por Adventure of Don Juan (Cor)

Efeitos Especiais: Willis O’Brien, por Mighty Joe Young

Curta-metragem de uma bobina: Aquatic house party, de Jack Eaton

Curta-metragem de duas bobinas: Van Gogh, de Gaston Diehl e Robert Hessens

Curta-metragem de Animação: For scent-imental reasons, Edward Selzer

Curta-metragem documental
: A chance to live, de Richard de Rochemont e So much for so little, de Edward Selzer

Longa-metragem Documental: Daybreak in Udi, da Crown Film Unit

Prémios especiais: Ladri di biciclette, de Vittorio De Sica, considerada a mais destacada produção estrangeira estreada nos Estados Unidos este ano; Bobby Driscoll, melhor actor juvenil do ano; Fred Astaire pela sua contribuição ao cinema musical e Cecil B. De Mille pelos seus 37 anos no espectáculo cinematográfico; Jean Hershold, pelos serviços prestados à indústria cinematográfica.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Humphrey Bogart


Humphrey DeForest Bogart nasceu a 25 de Dezembro de 1899, era filho de um reputado cirurgião de Nova Iorque, Belmont DeForest Bogart, e de Maude Humphrey, uma fotógrafa de arte. Humphrey Bogart estudou na Trinity School e, de seguida, foi enviado para o Massachusetts para se preparar para entrar na Universidade de Yale.
Em Maio de 1918, depois de uma breve passagem pela Andover Academy in Massachusetts, Bogart alistou-se na US Navy.
Quando saiu da marinha decide ser actor, carreira que abraça e que desenvolve lentamente. Entre 1920 e 1922, fez pequenos papéis na Companhia Teatral de William Brady, um amigo da família. Em 1930, foi contratado pelos Estúdios da Fox, estreando-se no cinema na curta-metragem "Broadway's Like That". O contrato com a Fox foi marcado por filmes inexpressivos.
Só, quando troca a Fox pela Warner Bros., em 1936, é que alcança algum sucesso com a participação no filme " A Floresta Petrificada/ The Petrified Forest", o que levou a Warner Bros a fazer um contrato de longo prazo.
Entre 1936 e 1940, Humphrey Bogart participou em 28 filmes, na maioria deles fazendo o papel de gangster, sendo de destacar nesta fase o filme, Anjos de Cara Negra/ Angels with Dirty Faces (1938). A sua consagração, entretanto, só ocorreu em 1941 com o filme a Relíquia Macabra/The Maltese Falcon (1941), depois de ter protagonizado o excelente, Vidas Nocturnas /They Drive by Night, no ano anterior.
A estes filmes segue-se o famoso “Casablanca”, 1942, Ter e Não Ter/To Have and Have Not (1944), À Beira do Abismo/The Big Sleep (1946), O Prisioneiro do Passado /Dark Passage (1947), Paixões em Fúria Key Largo (1948) e O Tesouro da Sierra Madre/The Treasure of the Sierra Madre (1948).
Pelo seu excepcional desempenho ao lado de Katharine Hepburn, no filme “Rainha Africana/The African Queen” de 1951, foi agraciado com o Óscar de Melhor Actor, pela Academia Cinematográfica de Hollywood. Humphrey Bogart, tinha sido nomeado para o Óscar de melhor actor, pelo filme “Casablanca”, e voltaria a ser nomeado novamente, em 1954, pelo seu desempenho no filme “Os Revoltados do Caine/ The Caine Mutiny “, sem, no entanto,.conseguir a almejada estatueta dourada.
Humphrey Bogart teve quatro casamentos, sendo as suas mulheres Helen Menken (1926 / 1927), Mary Philips (1928 /1938), Mayo Methot (1938 /1945) e, finalmente, Lauren Bacall (1945 até sua morte), com quem teve dois filhos, Stephen e Leslie.
Consagrado profissional frente às câmaras, a sua vida pessoal esteve marcada pelos excessos do álcool e de tabaco, que o viriam a matar.
O Actor morreu em Hollywood, a 14 de Janeiro de 1957, vitimado por um cancro na garganta.

Do Céu Caiu Uma Estrela


O filme Do Céu Caiu uma Estrela, produzido e realizado por Frank Capra a partir do conto The Greatest Gift, escrito por Philip Van Doren, é o filme familiar por excelência, não admira que se tenha tornado um clássico da época natalícia, porventura, o melhor de todos os filmes de Natal.
O filme conta-nos a história de um rapaz desajeitado e de bom coração, George Bailey, interpretado por James Setwart, que cresce no Conneccticut, numa pequena cidade, com o desejo de viajar pelo mundo. O dever, todavia impede-o de concretizar o seu sonho e retira-lhe a liberdade de acção. Por outro lado, a vida recompensa-o, George, dando-lhe o coração de Mary, papel desempenhado por Donna Reed, a beldade local, com quem se casa e tem quatro filhos. Para além da família, George Bailey, encontra satisfação na filantropia, dando ajuda aos trabalhadores da sua cidade na obtenção de casa. A dada altura, George vê-se responsabilizado pelo controle da empresa familiar, para que ela não encerre ou vá parar às mãos do banco. Com o passar do tempo, o trabalho e as privações levam George a tentar suicidar-se, saltando para isso de uma ponte. No momento que se prepara para saltar, aparece o anjo Clarence, que mostra a George o que teria acontecido, caso o seu desejo se concretizasse. A vida só lhe será devolvida se se convencer do seu valor. E então a vida voltará ao normal e Clarence, um anjo de segunda classe, conquistará as suas asas.

Origem: E.U.A ( Liberty, RKO, 130 min., Película a preto e branco)
Idioma: Inglês
Data de estreia: 20 Dezembro 1946
Realização:
Frank Capra
Produção: Frank Capra
Argumento: Philip Van Doren e Frances Goodrich
Elenco: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, Thomas Mitchell, Henry Travers, Beulah Bondi, Frank Faylen, Ward Bond, Gloria, Grahame.

Óscares: 1948


Apresentação: Robert Montgomery

Auditório: The Academy Theatre (Hollywood)

Filme: Hamlet, de Laurence Olivier

Realizador: John Huston, Por Treasure of Sierra Madre

Actor: Laurence Olivier, por Hamlet

Actriz: Jane Wyman, por Johnny Belinda

Actor Secundário: Walter Huston, por Treasure of Sierra Madre

Actriz Secundária: Claire Trevor, por Key Largo

História: Richard Schweizer e David Weschsler, por The Search

Argumento: John Huston, por Treasure of Sierra Madre

Fotografia: William Daniels, por The naked city (P/B); e Joseph Valentine, William V. Skall e William C. Hoch, por Joan of Arc (Cor)

Direcção Artística: Roger K. Furse, por Hamlet (P/B); e Hein Heckroth, por The red shoes (Cor)

Som: Thomas T. Moulton, por The snake pit

Canção: Jay Livingston e Ray Evans (música e letra), por “Buttons and bows”, em The paleface

Banda Sonora (Filme Dramático ou Comédia): Brian Easdale, por The red Shoes

Banda Sonora (Filme Musical): Johnny Green e Roger Edens, por Easter Parade

Montagem: Paul Wealtherwax, por The naked city

Vestuário: Roger K. Furse, por Hamlet (P/B); e Dorothy Jeakins e Karinska, por Joan of Arc (Cor)

Efeitos Especiais: Paul Eagler, J. McMillan Johnson, Russel Shearman, Clarece Slifer, Charles Freeman e James O. Stewart, por Portrait of Jeannie

Curta-metragem de uma bobina: Symphony of a city, de Edmund H. Reek

Curta-metragem de duas bobinas: Seal Island, de Walt Disney

Curta-metragem de Animação: The little orphan, de Fred Quimby

Curta-metragem Documental: Towards independence, da United States Army

Longa-metragem Documental: The secret land, de Orville O. Dull

Prémios especiais: Monsieur Vincent, filme francês considerada a mais destacável produção estrangeira estreada no Estados Unidos nesse ano; Ivan Jandl, pela sua interpretação juvenil em The search; Sid Grauman, pela sua definitiva contribuição à melhoria de exibição cinematográfica; Adolph Zukor, pelos seus serviços à indústria do cinema ao longo de quarenta anos; e Walter Wanger, pelo seu trabalho como produtor de Joan of Arc.

Óscares: 1947


Apresentação: Dick Powell e Agnes Moorehead

Auditório: The Shrine Auditorium (Los Angeles)

Filme: Gentleman’s agreement, de Elia Kazan

Realizador: Elia Kazan, por Gentleman’s agreement

Actor: Ronald Colman, por A double life

Actriz: Loretta Young, por The farmer’s daughter

Actor Secundário: Edmund Gwenn, por Miracle on 34th street

Actriz Secundária: Celeste Holm, por Gentleman’s agreement

História original: Valentine Davies, por Miracle on 34th street

Argumento Original: Sidney Sheldon, por The bachelor and the bobbysoxer

Argumento Adaptado: George Seaton, por Miracle on 34th street

Fotografia: Guy Green, por Great expectations (P/B); e Alfred Junge, por Black narcissus (Cor)

Direcção artística: John Bryan, por Great expectations (P/B); e Alfred Junge, por Black narcissus (Cor)

Som: Gordon Sawyer, por The bishop’s wife

Canção: Allie Wrubel (música) e Ray Gilbert (letra), por “Zip-adee-doo-dah”, em Song of the South

Banda Sonora (Filme Dramático ou Comédia): Miklos Rozsa, por A double life

Banda Sonora (Filme musical): Alfred Newman, por Mother wore tights

Montagem: Francis Lyon e Robert Parrish, por Body and Soul

Efeitos Especiais: A. Arnold Gillespie, Warren Newcombe, Douglas Shearer e Michael Steinore, por Green Dolphin Street

Curta-metragem de uma bobina:Goodbye Miss Turlock, de Herbert Moulton

Curta-metragem de duas bobinas: Climbing the Matterhorn, de Irving Allen

Curta-metragem de Animação: Tweetie pie, de Edward Selzer

Curta-metragem Documental: First steps, da United Nations Division of Films and Visual Information

Longa-metragem Documental: Design for death, de Richard O. Fleischer, Sid Rogell e Theron Warth

Prémios especiais: Sciuscià, de Vittorio De Sica, pela qualidade cinematográfica; James Baskette, pela sua caracterização do Tio Remus em Song of the South; o filme Bill and Coo, pelas suas qualidades artísticas; e William Sleig, Albert E. Smith, Thomas Armat e George K. Spoor, pioneiros do cinema.

Óscares: 1946


Apresentação: Jack Benny

Auditório: The Shrine Auditorium (Los Angeles)

Filme: The best years of our lives, de William Wyler

Realizador: William Wyler, por The best years of our lives

Actor: Fredric March, por The best years of our lives

Actriz: Olivia de Havilland, por To each his own

Actor Secundário: Harold Russel, por The best years of our lives

Actriz Secundária: Anne Baxter, por The razor’s edge

História original: Clemence Dane, por Vocation from marriage

Argumento Original: Muriel Box e Sydney Box, por The seventh veil

Argumento Adaptado: Robert E. Sherwood, por The best years of our lives

Fotografia: Arthur Miller, por Anna and the king of Siam (P/B); e Charles Rosher, Leonard Smith e Arthur Arling, por The yeraling (Cor)

Decoração: Lyle R. Wheeler, William Darling, Thomas Little e Frank E. Hughes, por Anna and the king of Siam (P/B) e Cedric Gibbons, Paul Groesse e Edwin B. Willis, por The yearling (Cor)

Som: John P. Livrador, por The Jolson story

Canção: Harry Warren (música) e Johnny Mercer (letra) por “On the Atchison, Topeka and the Santa Fe”, em The Harvey girls

Banda Sonora (filme dramático ou comédia): Hugo Friedhofer, por The best years of our lives

Banda Sonora (filme musical): Morris Stoloff, por The Jolson story

Montagem: Daniel Mandell, por The best years of our lives

Efeitos Especiais: Thomas Howard, por Blithe spirit

Curta-metragem de uma bobina:Facing your danger, de Gordon Hollingshead

Curta-metragem de duas bobinas: A boy and his dog, de Gordon Hollingshead

Curta-metragem de Animação:The cat concerto, Fred Quimby

Curta-metragem documental: Seeds of destiny, do United States Department of War

Memorial Irving G. Thalberg: Samuel Goldwyn

Prémios especiais: Laurence Olivier, por protagonizar, dirigir e produzir Henry V; Harold Russel por levar a esperança e coragem aos veteranos com a sua aparição em The best years of our lives; Ernest Lubitsch, pela sua contribuição à cinematografia; e Claude Jarman Jr., na qualidade de melhor actor infantil do ano.

terça-feira, janeiro 29, 2008

Ingrid Bergman


Ingrid Bergman nasceu em Estocolmo, Suécia, em 29 de Agosto de 1913. Aos 17 anos, após terminar os estudos liceais decide tornar-se actriz inscrevendo-se na escola de Teatro Dramático da Academia Real, de Estocolmo, mas antes de acabar o curso estreou-se no cinema, com um pequeno papel no filme Landskramp.
Em 1935, teve a sua primeira oportunidade, ao trabalhar como actriz secundária no filme "Munkbrogreven". No mesmo ano, participou ainda em mais três filmes e, em 1936, teve o primeiro desempenho, como actriz principal no filme "Intermezzo". Bem-sucedido internacionalmente, o filme chamou a atenção do produtor David O. Selznick que decidiu contratá-la para trabalhar no remake americano do filme. Antes de viajar para a Califórnia, Ingrid Bergman participou ainda em mais outros cinco filmes, no seu país natal.
Em 1937, casou-se em Londres com o Dr. Petter Lindström, de quem teve sua primeira filha, Pia Lindström. Em Maio de 1939, partiu para os Estados Unidos da América para protagonizar, o remake de "Intermezzo", produzido pela Selznick International Pictures. O filme foi um sucesso, alçando Ingrid Bergman ao estrelato em Hollywood. O início da 2ª Guerra Mundial fez com que ela e a sua família se fixassem nos EUA.
Em 1942, veio a consagração definitiva com o filme Casablanca, um dos maiores filmes da história do cinema. Um ano depois, foi candidata ao Óscar de Melhor Actriz pelo seu desempenho em Por Quem os Sinos Dobram, filme de Sam Wood em que contracenou com Gary Cooper. Perdeu o Óscar para Jennifer Jones. Mas no ano seguinte, 1944, Ingrid Bergman levou a estatueta dourada para casa pela sua fantástica interpretação no filme “Meia Luz”, de George Cukor. Ainda nos anos 40, teve sucesso em, A Casa Encantada, de Alfred Hitchcok, e Joana D’Arc, de Victor Fleming.
Em 1948, Ingrid Bergman chocou a conservadora sociedade norte-americana ao abandonar o marido para viver com o cineasta italiano Roberto Rossellini. Apaixonado, o mestre do neo-realismo fez seis belos filmes com a sua musa, com destaque para Stromboli (1949), Europa´51 (1951) e Viagem à Itália (1953). De Rossellini, teve uma filha que se tornaria estrela de cinema - Isabella Rossellini.
A relação do casal era no entanto vista com maus olhos e como tal não mereceu o aplauso do público e da crítica. Após o divórcio com o realizador italiano, Ingrid Bergman regressou ao activo da melhor forma, ao desempenhar o papel principal no filme Anastácia (1956), épico pelo qual ganhou o seu segundo Óscar de Melhor Actriz.
Nos anos 60 e 70,trabalhou esporadicamente no cinema, mas ainda teve tempo para em 1974, receber o seu terceiro Óscar, actriz secundária, pela sua actuação no filme "Crime no Expresso Oriente". O seu último grande papel foi em Sonata de Outono (1978), do grande-mestre Ingmar Bergman. Faleceu, curiosamente, no dia do seu aniversário, em 29 de Agosto, em 1982.

Óscares: 1945


Apresentação: Bob Hope e James Stewart

Auditório: Grauman’s Chinese Theatre (Hollywood)

Filme: The lost Week-end, de Billy Wilder

Realizador: Billy Wilder, por The lost Week-end

Actor: Ray Milland por The lost Week-end

Actriz: Joan Crawford, por Mildred Pierce

Actor Secundário: James Dunn, por A tree grows in Brooklyn

Actriz Secundária: Anne Revere, por National Velvet

História original: Charles G. Booth, por The house on 92th street

Argumento Original: Richard Schweizer, por Marie-Louise

Argumento Adaptado: Charles Brackett e Billy Wilder por The lost Week-end

Fotografia: Harry Stradling, por The picture of Dorian Gray (P/B) e Leon Shamroy por Leave her to heaven (Cor)

Decoração: Wiard Ihnen e A. Roland Fielda, por Blood on the Sun (P/B) e Hans Dreier, Ernest Fegte e Sam Comer, por Frenchman’s creek (Cor)

Som: Stephen Dunn, por The bells of St. Mary’s

Canção: Richard Rodgers (música) e Óscar Hammerstein (letra) por “It might as well be spring”, em State Fair

Banda Sonora (filme dramático ou comédia): Miklos Rozsa, por Spellbound

Banda sonora (filme musical): Georgie Stoll, por Anchors Aweigh

Montagem: Robert J. Kern, por National Velvet

Efeitos Especiais: John P. Fulton e A. W. Johns, por Wonder Man

Curta-metragem de uma bobina: Stairway to light, de Jerry Bresler e Herbert Moulton

Curta-metragem de duas bobinas: Star in the night, de Gordon Hollingshead

Curta-metragem de Animação: Quiet Please!, de Fred Quimby

Curta-metragem documental: Hitler Lives?, de Gordon Hollingshead

Longa-metragem documental: The true glory, da The Governments of Great Britain e The United States of America

Prémios especiais: Walter Wanger, pelo seu trabalho ao longo de seis anos como Presidente da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas; Peggy Ann Garner, como melhor actriz infantil do ano; a curta-metragem The i Live de Mervyn LeRoy; e o departamento de som do estúdio Republic, pela construção de um auditório musical com óptimas condições para a gravação de som.

Óscares: 1944


Apresentação: John Cromwell e Bob Hope

Auditório: Grauman’s Chinese Theatre (Hollywood)

Filme: Going My Way, de Leo McCarey

Realizador: Leo McCarey, por Going My Way

Actor: Bing Crosby, por Going My Way

Actriz: Ingrid Bergman, por Gaslight

Actor Secundário: Barry Fitzgerald, por Going My Way

Actriz Secundária: Ethel Barrymore, por None but the Lonely Heart

História Original: Leo McCarey, por Going My Way

Argumento Original: Lamar Trotti, por Wilson

Argumento Adaptado: Frank Butler e Frank Cavett, por Going My Way

Fotografia: Joseph La Shelle, por Laura (P/B); E Leon Shamroy, por Wilson (Cor)

Decoração: Cedric Gibbons, William Ferrari, Edwin B. Willis e Paul Huldschinsky, por Gaslight (P/B) e Wiard Ihnen e Thomas Little, por Wilson (Cor)

Som: E.H. Hansen, por Wilson

Canção: James Van Heusen (música) e Johnny Burke (letra) por “Swinging on a Star”, em Going My Way

Banda Sonora (filme dramático ou comédia): Max Steiner, por Since you went away

Banda Sonora (filme musical): Cármen Dragon e Morris Stoloff, por Cover Girl

Montagem: Barbara McLean, por Wilson

Efeitos Especiais: A. Arnold Gillespie, Donald Jahraus, Warren Newcombe e Douglas Shearer, por Thirty seconds over Tokyo

Curta-metragem de uma bobina: Who’s who in animal land, de Jerry Fairbanks

Curta-metragem de duas bobinas: I won’t play, de Gordon Hollingshead

Curta-metragem de Animação: Mouse trouble, de Fred Quimby

Curta-metragem documental: With the marines at Tarawa, da United States Marine Corps

Longa-metragem documental: The fighting lady, de United States Navy

Prémios especiais: Margaret O’Brien pela sua qualidade como actriz infantil; e Bob Hope pelos seus serviços à Academia.

Óscares: 1943


Apresentação: Jack Benny

Auditório: Grauman’s Chinese Theatre (Hollywood)

Filme: Casablanca, de Michael Curtiz

Realizador: Michael Curtiz, por Casablanca

Actor: Paul Lukas, por Watch on the Rhine

Actriz: Jennifer Jones, por The song of Bernadette

Actor Secundário: Charles Coburn, pot The more the merrier

Actriz Secundária: Katina Paxinou, por For whom the hell tolls

História original: William Saroyan, por The human comedy

Argumento Original: Norman Krasna, por The Princess O’Rourke

Argumento Adaptado: Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Howard Koch, por Casablanca

Fotografia: Arthur Miller, por The song of Bernadette (P/B); e Hal Mohr e W. Howard Greene, por The phantom of the opera (Cor)

Decoração: James Basevi, William Darling e Thomas Little, por The song of Bernadette (P/B) e Alexander Golitzer, Jonh B. Goodman, Russel A. Gausman e Ira S. Webb, por The phantom of the opera (Cor)

Som: Stephen Dunn, por This land is mine

Canção: Harry Warren (música) e Mack Gordon (letra), por “You’ll never know”, em Hello, Frisco, Hello

Banda Sonora (Filme Dramático ou Comédia): Alfred Newman, por The song of Bernadette

Banda Sonora (Filme Musical): Ray Heindorf, por This is tha Army

Montagem: George Amy, por Air Force

Efeitos Especiais: Fred Sersen e Roger Reman, por Crash Dive

Curta-metragem de uma bobina: Amphibious fighters, de Grantland Rice

Curta-metragem de duas bobinas:
Heavently music, de Jerry Bresler e Sam Coslow

Curta-metragem de Animação: Yankee Doodle mouse, de Fred Quimby

Curta-metragem documental: December 7th, da United States Navy

Longa-metragem Documental: Desert Victory, da British Ministry of Information

Memorial Irving G. Thalberg: Hal B. Wallis

Prémios especiais: George Pal, pelo desenvolvimento de novos métodos e técnicas de curta metragem intituladas Pupetoons.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

O Mundo a Seus Pés


A primeira longa-metragem de Orson Welles, terminou o filme apenas com vinte e cinco anos de idade, é provavelmente o mais respeitado, o mais analisado de todos os filmes. O filme Citizen Kane (O Mundo a Seus Pés, na versão portuguesa) foi considerado em 1998 a melhor película de todos os tempos pelo American Film Institute. Apesar da ambiguidade e do ridículo, de catalogar um filme como “o melhor filme da história do cinema”, O Mundo a seus Pés, é indiscutivelmente uma obra-prima cinematográfica.
A película retrata muito dos aspectos da vida americana, política, sexo, amizade e traição, juventude e velhice, que faz dele um filme para todas as gerações.
O filme conta a história de Charles Foster Kane, que nascendo numa família humilde, encontra a riqueza numa mina de ouro, que a sua mãe herdou. Chegado à idade adulta, começa a edificar um império constituído por jornais e uma estação de rádio populistas. Depois casa, casa com a sobrinha do presidente americano e candidata-se a governador. No entanto é derrotado. À mediada que o poder lhe foge, Kane torna-se violento para com a esposa e a amante e acaba por morrer sozinho no seu palácio, sonhando com a simplicidade da sua infância.

Origem: E.U.A (Mercury, RKO, Película a preto e branco)
Data de estreia: 1 de Maio 1941
Realização: Orson Wells
Produção: Orson Wells, Richard Baer e George Schaefer
Argumento: Herman J. Mankiewicz e Orson Wells.
Fotografia: Gregg TolandMúsica: Bernard Hermann, Charlie Barnet e Pepe Guizar
Elenco: Orson Welles, Joseph Cotton, Dorothy Comingore. Agnes Moorehead, Ruth Warrick, Ray Collins, Erskine Sanford, Everett Sloan, Paul Stewart e Charles Bennett.

Orson Welles


Orson Welles nasceu a 6 de Maio de 1915 em Kenosha, Wisconsin, nos EUA. Em 1937, com John Houseman, fundou o Mercury Theater, em Nova Iorque, desenvolvendo um repertório de produções que incluia versões modernas dos clássicos.
A 30 de Outubro de 1938, lançou o pânico entres os ouvintes americanos,(que pensaram que os EUA estavam a ser invadidos por extraterrestres), ao transmitir em directo pela rádio a adaptação da obra de H.G. Wells, A Guerra dos Mundos.
Considerado o «enfant terrible» do cinema americano, iniciou a sua carreira como actor e encenador, ainda adolescente, devido à sua paixão por Shakespeare, o que mais tarde originou três filmes: Macbeth (1948), Othello (1949-1952) e As Badaladas da Meia-Noite (1966). Estreou-se na realização com O Mundo a Seus Pés (1941), produzido e protagonizado por si e com a colaboração no argumento de Mankiewicz.
A sua filmografia inclui O Quarto Mandamento (1942), Journey Into Fear (1943), A Dama de Xangai (1948), protagonizado por Rita Hayworth, Sede do Mal (1958), O Processo (1963) e The Imortal History (1968). Fez poucos filmes em Hollywood, tendo trabalhado sobretudo na Europa. Nunca recebeu um Óscar pelos seus filmes. Em 1966, foi homenageado com um Óscar especial de carreira, atribuído pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas. Morreu em Hollywood, a 10 de Outubro de 1985.

Óscares: 1942


Apresentação: Bob Hope

Auditório: Coconut Grove do Hotel Ambassador (Los Angeles)

Filme: Mrs. Miniver, de William Wyler

Realizador: William Wyler, por Mrs. Miniver

Actor: James Cagney, por Yankee Doodle Dandy

Actriz: Greer Garson, por Mrs. Miniver

Actor Secundário: Van Helfin, por Johnny Eager

Actriz Secundária: Teresa Wright, por Mrs. Miniver

História Original: Emeric Pressburger, por The Invaders

Argumento Original: Michael Kanin e Ring Lardner Jr., por Woman of the year

Argumento Adaptado: George Froeschel, James Hilton, Claudine West e Arthur Wimperies, por Mrs. Miniver

Fotografia: Joseph Ruttenberg, por Mrs Miniver (P/B); e Leon Shamroy, por The black swan (Cor)

Decoração: Richard Day, Joseph Wright e Thomas Little, por This above all (P/B); e por My gal Sal (Cor)

Som: Nathan Levinson, por Yankee Doodle Dandy

Canção: Irving Berlin (música e letra) por “White Christmas”, em Holyday Inn

Banda Sonora (filme dramático ou comédia): Max Steiner, por Now, voyager

Banda Sonora (filme musical): Ray Heindorf e Heinz Roemheld, por Yankee Doodle Dandy

Montagem: Daniel Mandell, por The pride of the Yankees

Efeitos Especiais: Farciot Edouart, Gordon Jennings, William L. Pereira e Louis Mesenkop, por Reap the wild wind

Curta-metragem de uma Bobina: Speaking of animals and their families, da Paramount Pictures

Curta-metragem de duas Bobinas: Beyond the line of duty, da Warner Bros.

Curta-metragem de Animação: Der Fuehrer’s face, de Walt Disney

Documentário: The battle of Midway, da United States Navy; Kokoda front line, da Australian News & Information Bureau; Moscow strikes back, de Artkino; e Prelude to war, da United States Army Special Services

Memorial Irving G. Thalberg: Sidney Franklin

Prémios especiais: Charles Boyer, pelo seu trabalho no estabelecimento da French Research Foundation em Los Angeles; Noel Coward, pela produção de In which we serve; e os estúdios Metro-Goldwyn-Mayer, pelo seu reflexo do modo de vida americano na série Andy Hardy.

Óscares: 1941


Apresentação: Bob Hope

Auditório: Biltmore Bowl do Hotel Biltmore (Los Angeles)

Filme: How green was my valley!, de John Ford

Realizador: John Ford, por How green was my valley!

Actor: Gary Cooper, por Sergeant York

Actriz: Joan Fontaine, por Suspicion

Actor Secundário: Donal Crisp, por How green was my valley!

Actriz Secundária: Mary Astor, por The great lie

História original: Harry Segall, por Here comes Mr. Jordan

Argumento Original: Hermannn J. Mankiewicz e Orson Welles, por Citizen Kane

Argumento Adaptado: Sidney Buchman e Seton I. Miller, here comes Mr Jordan

Fotografia: Arthur Miller, por How green was my valley!

Decoração: Richard Day, Nathan Juran e Thomas Little, por How green was my valley!

Som: Jack Whitney, por That Hamilton woman

Canção: Jerome Kern (música) e Óscar Hammerstein II (letra) por “The last time i saw Paris”, em Lady be good

Banda Sonora (filme dramático ou comédia): Bernard Hermann, por All that money can buy

Banda Sonora (Filme musical): Frank Churchill e Oliver Wallace, por Dumbo

Montagem: William Holmes, por Sergeant York

Efeitos Especiais: Farciot Edouart, Gordon Jennings e Louis Mesenkop, por I wanted wings

Curta-metragem de uma Bobina: Of pups and puzzles, da Metro-Goldwyn-Mayer

Curta-metragem de duas Bobinas: Main Street on the march, da Metro-Goldwyn-Mayer

Curta-metragem de Animação: Lend a paw, de Walt Disney

Curta metragem documental:
Churchill's island, da National Film Board of Canada

Memorial Irving G. Thalberg: Walt Disney

Prémios especiais: Rey Scott, pela realização na China do filme Kukan; o Ministério de Informação da Grã-Bretanha pela dramática apresentação dos heróis da RAF no documental Target for tonight; Leopold Stokowski, pela criação artística e musical em Fantasia; e Walt Disney, William Garity, John N.A. Hawkins e a RCA, pelo seu contributo ao avanço do som cinematográfico com Fantasia.

Óscares: 1940


Apresentação: Walter Wanger

Auditório: Biltmore Bowl do Hotel Biltmore (Los Angeles)

Filme: Rebecca, de Alfred Hitchcock

Realizador: John Ford, por The grapes of wrath

Actor: James Stewart, pot The Philladelphia story

Actriz: Ginger Rogers, por Kitty Foyle

Actor Secundário: Walter Brennan, por The westerner

Actriz Secundária: Jane Darwell, por The grapes of wrath

História Original: Benjamim Glazer e John S. Toldy, por Arise, my love

Argumento Original: Preston Sturges, por The great McGinty

Argumento Adaptado: Donald Odgen Stewart, The Philadelphia story

Fotografia: Georges Barnes, por Rebecca (P/B); e George Perinal, por The thief of Bagdad (Cor)

Decoração: Cedric Gibbons e Paul Groesse, por Pride and prejudice (P/B); e Vincent Korda, por The thief of Bagdad (Cor)

Som: Douglas Shearer, por Strike up the band

Canção: Leight Harline (música) e Ned Washington (letra) por “When you wish upon a star”, em Pinocchio

Banda Sonora: Alfred Newman, por Tin Pan Alley


Banda Sonora (partitura original): Leith Harline, Paul J. Smith e Ned Washington, por Pinocchio

Montagem: Anne Bauchens, por North Mounted Police

Efeitos especiais: Laurence Butler e Jack Whitney, por The thief of Bagdad

Curta-metragem de uma Bobina: Quincker ‘n a wink, de Pete Smith

Curta-metragem de duas Bobinas: Teddy, the rough ride, da Warner Bros.

Curta-metragem de Animação: Milky way, de Rudolph Ising

Prémios especiais: Bob Hope, em reconhecimento pelos seus serviços à indústria cinematográfica; e o Coronel Nat Levinson, pelo apoio à realização de filmes de entretenimento militar.

domingo, janeiro 27, 2008

Óscares: Década de 30


O “Star System” que corresponde ao período imperial, simbolizado e concretizado pela supremacia de Hollywood, está no seu auge. A MGM dizia com vaidade que tinha "mais estrelas do que as que havia no céu". No entanto as estrelas mais famosas e representativas da época, Greta Garbo e Marlene Dietrich, nunca ganharam a desejada estatueta. Greta Garbo apesar de ter sido nomeada em 1930 por “Anna Christie” e “Romance, “Camille” em 1936 e “Ninotchka” em 1939, nunca recebeu o merecido prémio da Academia. Marlene Dietrich foi apenas nomeada em 1930 por “Marocco”, mas não recebeu o prémio.
Por esta altura, no entanto aparecia, uma das mais brilhantes estrelas de Hollywood, Katharine Hepburn, que com o filme "Morning Glory", de 1933, ganhava o seu primeiro Óscar, de uma carreira que a levaria por 12 vezes às nomeações para o Óscar e que o receberia por 4 vezes. Nesta altura, não bastava a beleza, era preciso que as estrelas soubessem também falar e ter uma boa voz. Os estúdios sentiam que era preciso mostrar as estrelas e de preferência todas juntas. O primeiro exemplo deste modo de pensar foi o filme “Grand Hotel”, de Edmund Goulding que contava no seu elenco com nomes que se tornariam os “monstros sagrados” de Hollywood como: Lionel e John Barrymore, Greta Garbo, Wallace Beery e Joan Crawford.
A nível de realizadores Frank Capra dominou esta década com três Óscares, o primeiro em 1934 com o filme "Uma Noite Aconteceu", o segundo em 1936, com o filme "Doido com Juízo" e em 1938 o terceiro com "Não o levarás Contigo". Distingue-se nesta época um jovem actor de seu nome Spencer Tracy, que receberia em dois anos consecutivos o Óscar de melhor actor. Em 1937, pela interpretação do português Manuel, no filme "Capitain's Courageous", e em 1938 pelo desempenho no filme " Boys Town".
Enquanto a guerra começava na Europa, em Hollywood estreava-se um dos mais importante filmes da história do cinema: "E tudo o vento levou", de Victor Fleming que arrebatou 9 Óscares da Academia. Vivien Leigh receberia o primeiro dos seus dois Óscares. Estreia-se também o filme o "Feiticeiro de Oz", que daria a Judy Garland um Óscar especial pelo seu desempenho juvenil.
Bette Davis recebe nesta década por duas vezes o Óscar de melhor actriz, em 1935 no filme "Dangerous" e em 1938 pelo seu desempenho no filme "Jezebel". Clark Gable receberia o Óscar de melhor actor do ano pelo filme "It happened one night" em 1934.

Greta Garbo


Greta Lovisa Gustafsson, nasceu em Estocolmo, Suécia a 18 de Setembro de 1905, de família pobre, ficou órfã aos 15 anos tendo começado a trabalhar nessa altura numa loja de moda, acabando por se tornar modelo de chapéus!
Descoberta pela publicidade foi convidada por E. A. Petschler para figurar num pequeno filme como banhista. Entrou para a Real Academia de Arte Dramática de Estocolmo, em 1922 e no ano seguinte faz o primeiro casting para cinema.
Em 1923, foi descoberta por Mauritz Stiller (um dos cineastas da idade de ouro do cinema sueco), que lhe oferece o nome (Garbo) e também o seu primeiro papel importante no cinema, em A Lenda de Gösta Berling (1924), depois de A Rua Sem Sol (1925), sob a direcção G. W. Pabst, vai para os EUA contratada por Louis B. Mayer, patrão da MGM, torna-se uma estrela fulgurante do cinema mudo, através de filmes como A Tentadora (1926), iniciado por Stiller e concluído por Fred Niblo, ou O Demónio e a Carne (1927), de Clarence Brown; apesar do cepticismo da indústria, resiste à passagem para o sonoro e, com Ana Cristina (1930). Quando apareceu neste filme, a publicidade foi feita com a expressão "Garbo talks!".
Em 1932 entra em "Mata Hari", seguindo-se "A Rainha Cristina", 1934, "Ana Karenina", 1935, "Camille", (para os críticos o seu melhor filme) e ainda "Margarida Gautier", 1936, "Maria Walewska" (1937) "Ninotchka", 1939. Heroína romântica e trágica, lenda viva da sétima arte, protagonizou uma década de apoteose artística e comercial.
Em 1941, logo após a conclusão de «A Mulher de Duas Caras», sob a direcção de George Cukor, contra todas as expectativas, Greta Garbo declarou que se ia afastar do cinema. E assim foi, nunca voltau a participar num filme. Saiu de cena no auge da fama tendo conquistado um lugar único na 7ª Arte.
Foi nomeada três vezes para o Óscar de melhor actriz. Em 1955 recebeu o Óscar da Academia pelo conjunto da sua carreira.
Símbolo universal do glamour, possuía uma beleza sofisticada e misteriosa, envolta numa aura de inacessibilidade, imagem que estendeu à sua vida privada. Faleceu em Nova Iorque, a 15 de Abril de 1990.

Óscares: 1939


Apresentação: Bob Hope

Auditório: Coconut Grove do Hotel Ambassador (Los Angeles)

Filme: Gone with the wind, de Victor Fleming

Realizador: Victor Fleming, por Gone with the wind

Actor: Robert Donat, por Goodbye, Mr Chips

Actriz: Vivien Leigh, por Gone with the wind

Actor Secundário: Thomas Mitchell, por Stagecoach

Actriz Secundária: Hattie McDaniel, por Gone with the wind

Argumento: Sidney Howard, por Gone with the wind

Fotografia:Gregg Toland, por Wuthering heights (Preto/Branco) e Ernest Haller e Ray Rennahan, por Gone with the wind (Cor)

Decoração: Lyle R. Wheeler, por Gone with the wind

Som: Bernard B. Brown, por When tomorrow comes

Canção: Harold Arlen (música) e E.Y. Harburg (letra) por “Over the Rainbow”, em The wizard of Oz

Banda Sonora: Richard Hageman, Frank Harling, John Leipold e Leo Shuken, por Stagecoach

Banda Sonora (partitura original): Herbert Stothat, por The wizard of Oz

Montagem: Kern e James E. Newcom, por Gone with the wind

Efeitos Especiais: E.H. Hansen e Fred Sersen, por The rains came

Curta-metragem de uma bobina: Busy little bears, da Paramount

Curta-metragem de duas Bobinas: Sons of Liberty, da Warner Bros

Curta-metragem de Animação: The ugly duckling, de Walt Disney

Memorial Irving G. Thalberg: David O. Selznick

Prémios Especiais: Douglas Fairbanks, primeiro presidente da Academia, pela sua contribuição ao desenvolvimento do cinema mundial; The Motion Picture Relief Found, pelos seus serviços à indústria; Judy Garland, pelo seu trabalho como intérprete juvenil; William Cameron Menzies, pelos avanços no uso na cor em Gone with the wind e, a companhia Technicolor, pela contribuição à melhoria da cor nas produçãoes cinematográficas.

Óscares: 1938


Apresentação: Frank Capra

Auditório: Biltmore Bowl do Hotel Biltmore (Los Angeles)

Filme: You can’t take it with you, de Frank Capra

Realizador: Frank Capra, por You can’t take it with you

Actor: Spencer Tracy, por Boys town

Actriz: Bette Davis, por Jezebel

Actor Secundário: Walter Brennan, por Kentucky

Actriz Secundária: Fay Bainter, por Jezebel

Argumento Original: Eleanore Griffin e Dore Schary, por Boys town

Argumento Adaptado: Ian Dalrymple, Cecil Lewis e W.P. Lipscomb, por Pygmalion, original de George Bernard Shaw.

Fotografia: Joseph Ruttenberg, por The great waltz

Decoração: Carl J. Weyl, por The adventures of Robin Hood

Som: Thomas Moulton, pot The cowboy and the lady

Canção: Ralph Rainger (música) e Leo Robin (letra), por “Thanks for the memory”, em Big Broadcast of 1938

Banda Sonora: Erich Wolfgang Korngold, pot The adventures of Robin Hood

Montagem: Ralph Dawson, por The adventures of Robin Hood

Curta-metragem de uma bobina: That mothers might live, da Metro-Goldwyn-Mayer

Curta-metragem de duas bobinas: Declaration of independence, da Warner Bros

Curta-metragem de Animação: Ferdinand the bull, de Walt Disney

Memorial Irving G. Thalberg: Hal B. Wallis

Prémios Especiais: Deanna Durbin e Mickey Rooney, pela sua significativa personificação da juventude no ecrã; Harry M. Warner, em reconhecimento pelo seu serviço patriótico mediante a produção de curtas-metragens de conteúdo histórico; Walt Disney, pela inovação suposta por Branca de Neve e os Sete Anões; Oliver Marsh e Allen Davey pela fotografia a cores de Sweethearts; Gordon Jennings, Jan Domella, Dev Jennings, Irwin Roberts, Art Smith Farciot Edouart, Loyal Griggs, Loren Ryder, Harry Mills, Louis H. Mesenkop e Walter Oberst, pelos efeitos especiais de Spawn of the North e, J. Arthur Ball, pela sua significativa contribuição ao desenvolvimento da fotografia cinematográfica a cores.

Óscares: 1937


Apresentação: Bob Burns

Auditório: Biltmore Bowl do Hotel Biltmore (Los Angeles)

Filme: The life of Emile Zola, de William Dieterle

Realizador: Leo McCarey, pot The auful truth

Actor: Spencer Tracy, pot Capitains corageous

Actriz: Luise Rainer, por The good earth

Actor Secundário: Joseph Schildkraut, por The life of Emile Zola

Actriz Secundária: Alice Brady, por In old Chicago

História Original: William A. Wellman e Robert Carson, por A star is born

Argumento: Heinz Herald, Geca Herczeg e Norman Reilly Raine, por The life of Emile Zola

Fotografia: Karl Freund, por The good earth

Decoração: Stephen Goosson, por Lost horizon

Ajudante de Realização: Robert Webb, por In old Chicago

Som: Thomas Moulton, por The hurricane

Canção: Harry Owens (música e letra), por “Sweet Leilani”, em Waikiki wedding

Banda Sonora: Charles Precin (Universal), por One hundred men and a girl

Coreografia: Hermes Pan, por “Fun house”, em Damsel in distress

Montagem: Gene Havlick e Gene Milford, por Lost horizon

Curta-metragem de uma Bobina: The Private life of the gannets, da Skibo Productions

Curta-metragem de duas Bobinas: Torture Money, da Metro-Goldwin-Mayer

Curta-metragem a cores: Penny wisdom, de Pete Smith

Curta-metragem de Animação: The old mill, de Walt Disney

Memorial Irving G. Thalberg: Darryl F. Zanuck

Prémios Especiais: Mack Sennett, pela contribuição à comédia; Edgar Bergen, pela criação do personagem cómico “Charlie McCarthy”; The Museum of Modern Art Film Library, pelo seu trabalho de reconstituição e investigação cinematográficas e W. H.oward Greene, pela fotografia a cores de A Star is born.

Suharto


O antigo ditador indonésio, Haji Muhammad Suharto morreu, aos 86 anos, num hospital da Indonésia, onde estava internado desde 4 de Janeiro, confirmou a polícia do país. Entrou em coma durante a noite, não tendo resistido aos problemas de coração, rins e pulmões.
Suharto governou a Indonésia durante a 32 anos com mão de ferro. Abdicou do poder em 1998, na sequência de uma grave crise económica.
Foi o segundo presidente da Indonésia, tendo chegado ao poder em 1967 na sequência de um golpe para retirar a presidência a Sukarno. Muhammad Suharto nasceu a 8 de Junho de 1921, em Kemusuk, na ilha de Java, numa família camponesa e muçulmana.
No percurso para chegar à liderança do país lutou contra o Partido Comunista Indonésio, que em 1965 acusou de tentativa de golpe de Estado, justificando desta forma mais de 500 mil mortes.Brandia a ameaça comunista ou do integrismo islâmico para conquistar o apoio da comunidade internacional, em particular dos Estados Unidos.
Construiu um Governo forte e de orientação centralista. Em nome da estabilidade no arquipélago tentou travar os separatismos regionais e tentou calar os dissidentes políticos.Foi eleito presidente da Indonésia, em 1968, pelo Parlamento, cujos membros eram nomeados pelo próprio Suharto.
O seu Governo da “Nova Ordem” permitiu que o conjunto de 17.500 ilhas atingisse a estabilidade económica, em virtude das exportações de têxteis.
Suharto era acusado com frequência pelas organizações de defesa dos direitos do Homem e foi criticado pelo massacre cometido em Timor-Leste, cuja invasão ordenou em 1975. Na luta contra a Fretilin terá morrido um terço da população de Timor ao longo de mais de 20 anos. Timor foi declarada a 27.ª província indonésia a 17 de Junho de 1976.
A Indonésia só aceitou a transferência da administração de Timor para as Nações Unidas e o referendo que iria dar a independência a Timor após a saída de Suharto.
Entregou o poder ao seu número dois em Maio de 1998, após a revolta popular estimulada pela crise financeira. Suharto foi alvo de suspeitas relativas ao seu enriquecimento, tendo mesmo sido acusado de corrupção pelo desvio de mais de 570 milhões de dólares de fundos públicos. Nunca chegou a ser julgado devido ao seu estado de saúde frágil. (Lusa).

sábado, janeiro 26, 2008

Marlene Dietrich


Marie Magdelene Dietrich von Losch, nasceu em Berlim, a 27 de Dezembro de 1901. Orfã de pai desde muito cedo, cresceu numa família conservadora da classe média alta alemã. Começou por aprender violino, mas cedo decidiu ser actriz. Em 1922, entrou para a escola de teatro de Max Reinhardt, começando pouco tempo depois a fazer pequenos papéis em peças de teatro e filmes mudos alemães, como Tragédia de Amor (1923) que assinalou a sua estreia como actriz de cinema. Em 1924 casou com Rudolf Sieber, de quem teve uma filha, Maria Riva. No final da década de 20 era já uma conhecida actriz na Alemanha, comparada a Greta Garbo e Elizabeth Bergner.
Foi descoberta por Josef Von Sternberg em 1930 em O Anjo Azul, onde contracenou com Emil Jannings. No mesmo ano, assinou um contracto com a Paramount e foi para Hollywood, deixando o marido e a filha. Dos seus sete primeiros filmes com a Paramount, seis foram dirigidos por Josef Von Sternberg que imortalizou para sempre Dietrich, transformando-a num mito.
Da sua filmografia destacam-se Marrocos (1930), O Expresso de Xangai (1932),A Vénus Loira (1932) e The Devil is a Woman (1935), o último filme da dupla Dietrich/Sternberg. Em 1939, obteve a cidadania americana. Durante a II Guerra Mundial interrompeu a carreira de actriz para acompanhar o contingente militar norte-americano na Europa, fazendo animações e espectáculos para as tropas, serviço pelo qual foi galardoada com diversas medalhas de honra e mérito, em França e nos EUA. Os seus filmes foram proibidos na Alemanha, por ter recusado ofertas para voltar a filmar no seu país e por ter participado em campanhas anti-.nazis. Após a guerra, regressou à América e retomou a sua carreira no cinema com Berlim Ocidental (1948), Pânico nos Bastidores (1950) e Sede do Mal (1958), tendo iniciado uma nova fase como cantora em espectáculos musicais.
Nos últimos anos era raramente vista em público. Colaborou ainda com Maximilian Schell na realização de um filme autobiográfico, mas nunca deixou que a filmassem. Apenas permitiu a gravação da sua voz. O resultado final do trabalho - Marlene (1984) - foi uma excelente montagem entre filmes antigos e o registo vivo da estrela. Morreu em Paris, a 6 de Maio de 1992.
Em 1993, a filha, Maria Riva, publicou uma biografia escrita pela própria Marlene, intitulada Marlene: An Intimate Memoir.

Ritmo Louco


No filme Swing Time (Ritmo Louco, na traduçaõ portuguesa), Lucky Garnett (Fred Astaire), um bailarino e jogador ocasional, chega atrasado ao seu casamento com Margaret Watson (Betty Furness) para encontrar o pai da noiva furioso, pois, o juiz (Landers Stevens) tinha cancelado o casamento. O juiz desafia Lucky a ir para Nova Iorque para ganhar 25.000 dólares para poder recuperar a mão de Margaret.
Em Nova Iorque, Lucky conhece Penny (Ginger Rogers), uma professora de dança, que perde o emprego por causa deste encontro casual. Contudo, o par é enviado para uma audição no clube nocturno Silver Sandal, onde acaba por surpreender os clientes e ser contratado.
Quando Margaret chega a Nova Iorque para dizer a Lucky que conheceu e se apaixonou por outro homem, Lucky e Penny ficam livres para continuar a sua relação como amantes e bailarinos.
Neste filme de George Stevens, a dança é usada como uma expressão de desenvolvimentos românticos, um procedimento frequentemente utilizado nos musicais da década de 30 do século passado.
Não há iconologia mais emblemática do género musical de Hollywood do que as duas figuras dançantes de Fred Astaire e Ginger Rogers.(MOMA).

Origem: E.U.A (Estúdios RKO, Película a preto e branco)
Data de estreia: 27 DE Agosto de 1936
Realização:
George Stevens
Produção: Pandro S. Berman
Argumento: Erwin Gelsey, Howard Lindsay e Allan Scott, adaptado da história Portrait of John Garnett, de Elwim Gelsey.
Fotografia: David Abel
Música: Jeremy Kern e Dorothy Fields
Elenco: Fred Astaire, Ginger Rogers, Victor Moore, Helen Broderick, Eric Blore, Betty Furness.

Óscares:1936


Apresentação: George Jessel

Auditório: Biltmore Bowl do Hotel Biltmore (Los Angeles)

Filme: The Great Ziegfeld, de Robert Z. Leonard

Realizador: Frank Capra, por Mr. Deeds Goes to Town

Actor: Paul Muni, por The Story of Louis Pasteur

Actriz: Luise Rainer, por The Great Ziegfeld

Actor Secundário:Walter Brennan, por Come and get it

Actriz Secundária: Gale Sondergaard, por Anthony Adverse

História e Argumento Original: Pierre Collins e Sheridan Gibney, por The Story of Louis Pasteur

Fotografia: Gaetano Gáudio, por Anthony Adverse

Decoração: Richard Day, por Dodsworth

Ajudante de Realização: Jack Sullivan, por The Charge of the Light Brigade

Som: Douglas Shearer, por San Francisco

Canção: Jerome Kern (música) e Dorothy Fields (letra), por “The Way you look tonight”, em Swing Time

Banda Sonora: Erich Wolfgang Korngold, por Anthony Adverse

Coreografia: Seymour Felix, por “A Pretty Girl is Like a Melody”, em The Great Ziegfeld

Montagem: Ralph Dawson, por Anthony Adverse

Curta-metragem de uma Bobina: Bored Education, de Hal Roach

Curta-metragem de duas Bobinas: The Public Pays, da Metro-Goldwyn-Mayer

Curta-metragem a Cores: Give me Liberty, da Warner Bros

Curta-metragem de Animação: The Country Cousin, de Walt Disney

Prémios Especiais: March of Time, pela sua contribuição para a indústria cinematográfica; W. Howard Greene e Harold Rossom pela fotografia a cores de The Garden of Allah.

Óscares:1935


Apresentação: Frank Capra

Auditório: Biltmore Bowl do Hotel Biltmore (Los Angeles)

Filme: Mutiny on the Bounty, de Frank Lloyd

Realizador: Jonh Ford, por The Informer

Actor: Victor McLaglen, por The Informer

Actriz: Bette Davis, por Dangerous

História Original: Bem Hecht e Charles MacArthur, por The Scoundrel

Argumento: Dudley Nichols, por The Informer

Fotografia: Hal Mohr, por A Midsummer Night’s Dream

Decoração: Richard Day, por The Dark Angel

Ajudantes de Realização: Paul Wing e Clem Beauchamp, por Lives of Bengal Lancer

Som: Douglas Shearer, por Naughty Marietta

Canção: Harry Warren (música) e Al Dubin (letra), por “Lullaby of Broadway” em Broadway Melody of 1936: e “Straw Hat”, em Folies Bergere

Banda Sonora: Max Steiner (RKO), por The Informer

Coreografia: David Gould, por “I’ve got a feeling you’re fooling”, em Brodway Melody of 1936, e “Straw Hat”, em Folies Bergere

Montagem: Ralph Dawson, por Midsummer Night’s Dream

Curta-metragem Humorística: How to Sleep, de Jack Chertok

Curta-metragem de Animação: Three Orphan Kittens, de Walt Disney

Curta-metragem Experimental: Wings Over Mt. Everest, de Gaumont British e Skibo Productions

Prémios especiais: David Wark Griffith, pelos seus méritos como realizador, produtor e pela sua contribuição para a arte cinematográfica.

Óscares: 1934


Apresentação: Irvin S. Cobb

Auditório: Biltmore Bowl do Hotel Biltmore (Los Angeles)

Filme: It Happened One Night, de Frank Capra

Realizador: Frank Capra, por It Happened One Night

Actor: Clark Gable, por It Happened One Night

Actriz: Claudette Colbert, por It Happened One Night

Argumento Original:Arthur Caesar, por Manhattan Melodrama

Argumento Adaptado: Robert Riskin, por It Happened One Night

Fotografia: Victor Milner, por Cleopatra

Decoração: Cederic Gibbons e Frederic Hope, por The Merry Widow

Ajudante de Realização:John Walters, por Viva Villa!

Som:Paul Neal, por One Night of Love

Canção:Com Conrad (música) e Herb Magidson (letra), por “The Continental”, em The Gay Divorcee

Banda Sonora:Louis Silvers (Columbia), por One Night of Love

Montagem: Conrad Nevig, por Eskimo

Curta-metragem Humorística: La Cucaracha, de Kenneth Macgowan

Curta-metragem de Animação: The Tortoise and the Hare, de Walt Disney

Curta-metragem Experimental:
City of Wax, de Horace Woodard e Stacy Woodard

Prémios especiais: Shirley Temple, pela sua contribuição ao cinema de entertenimento

sexta-feira, janeiro 25, 2008

King Kong


Apesar de no essencial, ser um filme de série B, King Kong é uma das maiores e mais amadas obras-primas do cinema. A história recria o antiquíssimo conflito entre a cidade e a natureza. Uma expedição chega à ilha chamada Skull Island, com o intuito de trazer para Nova Iorque e explorar como uma sensação um gorila gigante e pré-histórico, temido e venerado pelos nativos. Mas o poderoso Kong reage mal ao facto de estar enjaulado e foge numa onda de destruição pela cidade.
As cenas na Skull Island são surpreendentes até hoje, desde a primeira aparição de King Kong até às inúmeras criaturas pré-históricas que ele e a expedição enfrentam ao tentar respectivamente, proteger ou encontrar, a raptada Ann Darrow. King Kong sente-se intimidado pela beleza de Ann, e quando escapa do cativeiro e vagueia por Nova Iorque, a primeira coisa que faz é capturar a jovem amada e retê-la como sua prisioneira. No cimo do Empire State Building, a lutar contra os aviões, King Kong preferiu sacrificar a própria vida a fazer mal a Ann, o que dá ao filme um final famoso e tocante: “A bela matou o monstro…simpático”

Origem: E.U.A (Estúdios RKO, Película a preto e branco)
Data de estreia: 2 de Março de 1933
Realização: Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack
Produção: Merian C. Cooper, Ernest B. Schoedsack E David O. Selznick
Argumento: James Ashmore Creelman, Ruth Rose e Edgar Walace
Fotografia: Edward Linden, J.O. Taylor, Vernon L. Walker e Kenneth Peach
Música: Max Steiner
Elenco: Fay Wray (Ann Darlow), Robert Armstrong (Carl Denham), Bruce Cabot (John “Jack” Driscoll), Frank Reicher ( Cap. Englehorn), Sam Hardly (Charles Weston)

Walt Disney


Walter Elias Disney nasceu em Chicago a 5 de Dezembro de 1901. Passou a maior parte de sua infância numa quinta em Marceline, no Missouri. Com 14 anos entrou para o Kansas City Art Institute e aos 16 foi voluntário da Cruz Vermelha em França, no final da Grande Guerra.
Em 1919, começou a trabalhar num estúdio, em Kansas, onde conheceu Ub Iwerks, um promissor artista que se tornaria o seu mais longo e fiel colaborador.
Em 1923, fundou o seu próprio estúdio em Hollywood e, juntamente com o seu irmão Roy e o colaborador Iwerks, começou a produzir uma série de animação em movimento intitulada Alice in Cartoonland.
Em 1927, a produção continuou com a criação de uma outra série de desenhos animados: Oswald the rabbit.
No ano seguinte, em 1928, nascia Mickey Mouse, ou Rato Mickey. Os dois primeiros cartoons eram mudos (Plane Crazy e Gallopin Gaucho), sendo o terceiro já sonorizado (Steamboat Willie). A voz do Rato Mickey era a do próprio Walt Disney que, encorajado pelo recente sistema sonoro, concebeu uma nova série — Silly Symphony, em que a acção dos desenhos animados era criada de forma a acompanhar a música (pré-gravada). O mais famoso cartoon desta série é The Three Little Pigs (1933). Em 1932, começou a produzir filmes coloridos e a utilizar a câmara multiplana, que permitia uma maior perspectiva e profundidade.
O sucesso de Mickey originou uma série de animais que se tornaram verdadeiras estrelas populares: Minnie, Pato Donald, Pateta e Pluto. Às curtas-metragens vieram juntar-se as grandes produções de desenhos animados (em longa-metragem), como Snow White and the Seven Dwarfs/A Branca de Neve e os Sete Anões (1938), Pinocchio/Pinóquio (1940) e Dumbo (1941), com um enorme sucesso em todo o mundo.
A ideia de que miúdos e adultos vivessem o mesmmo sonho toma corpo em1955, a Walt Disney inaugurou o seu primeiro parque de diversões — a Disneylândia, na Califórnia. O rápido sucesso alcançado leva-o a desenvolver um projecto ainda mais ambicioso: a criação de um verdadeiro universo de lazer, a que não chega assistir porque morre a 15 de Dezembro de 1966, em Los Angeles.
Mas o seu irmão Roy e a sua equipa agarram no sonho e abrem, em 1971, a Walt Disney World Resort na Florida, um conceito que em 1992 é exportado para a Europa com o Disneyland Paris.
Os estúdios Disney dedicaram-se igualmente à produção de filmes de pura acção como Treasure Islands (1950) e documentários sobre a natureza, como The Living Desert (1953). Produziram também longas-metragens reais, com figuras humanas, entre as quais The Swiss Family Robinson/A Família Robinson (1960) e a famosa Mary Poppins (1964).
Em 1961, a figura de Walt Disney tornou-se familiar para milhões de pessoas através das primeiras séries televisivas a cores, que o próprio apresentava no início de cada sessão. Muitos filmes se seguiram tais como os famosos A Pequena Sereia, A Bela e o Monstro, Anastasia, Alladino, Robin Hood, Rei Leão, Hercules, Pocahontas, Mulan e Tarzan.