O modelo de um fato-de-banho reduzido e composto por duas peças foi criado pelo engenheiro mecânico francês Louis Réard e apresentado ao Mundo cinco dias depois da detonação da primeira bomba atómica dos Estados Unidos no atol de Bikini, no Oceano Pacífico, faz amanhã 60 anos. Contudo, meses antes, o estilista Jacques Heim já havia anunciado a criação do menor traje de banho do Mundo, curiosamente, baptizado com nome alusivo à catástrofe nuclear - “atome”. Na época, Réard não conseguiu convencer nenhuma manequim a desfilar o modelo, pelo que a sua apresentação foi feita por Micheline Bernardini, uma ‘strip teaser’ do Cassino de Paris. “O biquini é a coisa mais importante que surgiu desde a invenção da bomba atómica”, declarou no final dos anos 40, Diana Vreeland, editora das revistas de moda “Vogue” e “Harper’s Bazaar”. Perante o modelo escandaloso que atentava contra os padrões sóbrios nos momentos finais da II Grande Guerra, o Papa Pio XII chegou mesmo a ordenar a sua proibição. Obviamente, não resultou. Na década de 50, a actriz Brigitte Bardot assumia mediaticamente o entusiasmo que as francesas nutriam pelo traje estival. Hoje, com a ampla divulgação do modelo tanga, nascido no Brasil nos anos 60, e do modelo de fio dental, oriundo do mesmo país nos anos 80, o biquini seria considerado demasiado grande. Contudo, o ‘design’ é retomado por muitos estilistas contemporâneos. O corte e estampados que parecem nunca sair de moda são os evocativos da década de 60. Foi nessa época que o biquini foi celebrizado no cinema pela actriz Ursula Andress, no primeiro filme da saga James Bond, “O Sâtanico Dr. No”. Nos anos ‘hippie chique’, na década de 70, a inovação prendeu-se com a combinação de peças que, aparentemente,não poderiam associar-se. Nos 80, veio a lycra e o abuso das cores fortes e, nos 90, o factor confortável dominou.JN. Uma invenção perfeita. Por razões diferentes, satisfaz ambos os sexos!
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