segunda-feira, março 03, 2008

Adeus, pai.


Armando de Sousa 1935-2008
Meu pai, companheiro meu amigo.
Aquele velhote que estava ali deitado
Contando-me casos e histórias da sua vida
As suas derrotas e as vitórias do passado.

Sem forças para caminhar sozinho
Estendi-lhe a mão, sempre estive a seu lado.
Até este triste dia que a vida nos separou
Amigo velho, meu querido pai amado.

Muitas vezes não tive paciência
Causando-te certamente grande dor.
Não ouvi e não segui os teus conselhos
Certamente dados com grande amor.

Peço perdão, mas a vida foi-me ensinando
Que conselhos de pai são amor
Com a tua ausência estou sentindo
Que afinal, não fui justo com o teu valor.

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