sábado, abril 23, 2005

Realista, Louco, Humano


Título: "A Queda - Hitler e o Fim do Terceiro Reich".
Título original: "Der Untergang – Hitler Und Das Ende Des 3. Reichs".
Realização: Oliver Hirschbiegel.
Elenco: Bruno Ganz, Alexandra Maria Lara, Corinna Harfouch, Ulrich
Matthes, Juliane Köhler.
Género: Drama.
Origem: Alemanha.
Ano:2004.
Duração: 156 minutos.
“A Queda - Hitler e o Fim do Terceiro Reich” do realização Oliver Hirschbiegel e com argumento de Bernd Eichinger, baseado nas memórias da secretária de Hitler, Traudl Junge, e no livro do historiador Joachim Fest,é a reconstrução dos últimos 12 dias da vida de Hitler, desde as vésperas do seu aniversário até ao suicídio, a 30 de Abril de 1945,- a ideia do realizador foi ter um 12, para simbolizar os 12 anos do regime nazi.
A 20 de Abril de 1945 o ditador refugia-se num bunker. Enquanto á superfície a artilharia russa fustiga Berlim com bombardeamentos ininterruptos. Com a capital alemã reduzida a escombros os combates de rua têm início, prenunciando a derrota do regime em vigor. No bunker, o ditador faz-se rodear da suposta amante, Eva Braun, o ministro da propaganda Goebbels, a mulher e os 6 filhos deste. “A Queda” propõe, sobretudo, uma visão de Hitler na privacidade, naquelas duas semanas passadas debaixo de uma cidade em ruínas já dominada pelas tropas russas, referindo por exemplo, a alegada doença de Parkinson de que padecia.
No papel de Hitler está o actor suíço Bruno Ganz, que imprime no filme uma interpretação que impressiona pela aproximação física e mimética do ditador alemão, dando uma dimensão humana, mesmo demasiado humana, a uma das figuras mais odiadas do século XX.
O filme, causa polémica por revelar uma faceta demasiado humana de Hitler. A esta polémica respondeu o realizador dizendo, “Ele era um ser humano e a pior coisa que pode acontecer a um homem perverso como ele é que se torne um mito, o que de facto aconteceu nas últimas décadas. O pior erro que podíamos cometer era apresentar o Hitler como um monstro e não como um ser humano. Não basta levantar monumentos, dizer que matámos judeus e que o Terceiro Reich foi a maior barbaridade da história.Seria um insulto às vítimas fingir que ele não era humano.Ele sabia o que fazia a cada momento da sua vida, ele e todos os que o seguiam.”, afirmou Oliver Hirschbiegel em várias entrevistas.
“Se aceitarmos que ele era um ser humano, temos também que reconhecer que alguma dessa maldade existe dentro de todos nós”, concluiu Hirchbiegel.
Um filme absolutamente a não perder e como diz o ex. Chanceler alemão Helmut Kohl, o filme consitui uma forma de lembrar aos mais novos os horrores provocados pelo ditador.

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