quinta-feira, maio 18, 2006

O Belo e o Monstro

Este título poderia facilmente conduzir a pertinentes desdobramentos tais como “O Espectacular e o Menos Lindo”, “O Escorreito e o Indecoroso” ou mesmo “O meu tio e uma lista telefónica”. No início deste texto a probabilidade de eu optar por qualquer um destes títulos era igual para todos eles. As probabilidades são um caso estranho de intermitência lógica. Senão vejamos: Enquanto lê o primeiro parágrafo deste texto existem 0,6% de hipóteses de morrer de enfarte, 0,4% de hipóteses de estar a chulear um par de calças 0,2% de hipóteses de casar com um trintão sudanês e 1% de hipóteses de ser cego. Pior somente as estimativas à escala planetária. Eis o que se estará passar no mundo quando mudar para o segundo parágrafo:

(Valores percentuais relativos ao total da população terrestre)

49% - Alimentam-se
46% - Têm relações sexuais
2% - Têm relações sexuais envolvendo afecto
1,8% - Estudam
1,0% - Trabalham
0,2% - Desbloqueiam uma “box” da TV por Cabo.

Entramos pois no segundo parágrafo (com todas as consequências que isso acarreta). Que podemos fazer para trocar as voltas às comuns quantificações probabilísticas? Eis uma pequena, quiçá singela, lista de coisas que pode fazer para arruinar qualquer aspiração estatística:

- Organizar um bacanal nas margens do rio Nilo
- Fazer um Papanicolau dentro de um táxi
- Fundar uma república
- Mudar de sexo
- Urinar sem sujar o tampo da sanita
- Desvitalizar um dente ao som de Diana Ross

As mulheres têm a tarefa facilitada no que diz respeito a novidades. Por exemplo, podem apaixonar-se por uma pasta de dentes. Uma fonte anónima, garantiu que a única diferença entre um tubo de Colgate e um homem é o sabor final a flúor, já que a cor se mantém. Essa mesma fonte revelou ainda a chave do EuroMilhões para esta semana e duas fotografias a preto e branco.

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