A menos de duas semanas do começo dos Jogos Olímpicos de Pequim (JO), um relatório da Amnistia Internacional (AI), divulgado ontem, afirma que garantir a “harmonia e estabilidade” dos Jogos Olímpicos de Pequim é uma desculpa para o governo desrespeitar os direitos humanos na China.
De acordo com o documento da AI, a repressão intensificou – se porque Pequim como organizadora dos Jogos Olímpicos, pretende “limpar” as ruas de pessoas “indesejáveis”, que possam causar distúrbios e promover manifestações durante os jogos. Entretanto, Pequim já negou várias vezes as acusações de que viola os direitos humanos e sustenta que recentes reformas que foram adoptadas, melhoraram a qualidade de vida de milhões de pessoas na China.
De acordo com o documento da AI, a repressão intensificou – se porque Pequim como organizadora dos Jogos Olímpicos, pretende “limpar” as ruas de pessoas “indesejáveis”, que possam causar distúrbios e promover manifestações durante os jogos. Entretanto, Pequim já negou várias vezes as acusações de que viola os direitos humanos e sustenta que recentes reformas que foram adoptadas, melhoraram a qualidade de vida de milhões de pessoas na China.
As autoridades chinesas mantém na prisão de forma “arbitrária e abusiva” activistas, jornalistas e advogados que lutam pelos direitos humanos, afirma a AI.
Segundo a Amnistia Internacional, o governo tem mantido esses cidadãos sob custódia por meio de duas formas de detenção que dispensam julgamento, a “reeducação por meio do trabalho” e a “reabilitação das drogas à força”. Aos detidos não é dado o direito de questionar o motivo da prisão e eles podem ficar sob custódia até três anos.
O documento intitulado "The Olympics Countdown - Broken Promises", ainda aponta outras áreas onde a questão dos direitos humanos piorou, apesar das promessas de melhoria do governo. Segundo a Amnistia Internacional, a China, além de perseguir activistas e fazer uso de detenções arbitrárias, também tem censurado a internet e a imprensa e aplicado excessivamente a pena de morte. O documento enumera diversos casos de censura à liberdade expressão, incluindo a coação do repórter do Irish Times Clifford Coonan, que foi forçado por policias a interromper uma entrevista com as famílias das crianças mortas nas escolas que desabaram no terramoto de Sichuan. Os polícias obrigaram o fotógrafo que acompanhava Coonan a apagar as imagens que tinha feito e ameaçaram punir as famílias que conversassem com a imprensa.
A liberdade de acesso à informação também não melhorou. “Informações recentes apontam que os sites de certos jornais e organizações independentes permanecem inacessíveis até mesmo para os computadores instalados dentro da Vila Olímpica”, lamentou Mark Allison.
A AI também assinala que a China continua a ser o país com maior número de execuções penais. Porém, de acordo com a AI, o governo chinês não trata esse assunto com a transparência necessária. O Supremo Tribunal chinês afirma que houve uma queda nas execuções em 2007, mas a Amnistia questiona como é possível confirmar essa alegação se nunca foram divulgadas estatísticas verificáveis sobre o assunto.
A deterioração dos direitos humanos na China, acontece não apesar dos Jogos Olímpicos, mas por causa destes, apesar do facto de a própria China ter associado os Jogos Olímpicos à promessa de maior respeito aos direitos humanos. (AI/BBC).
Segundo a Amnistia Internacional, o governo tem mantido esses cidadãos sob custódia por meio de duas formas de detenção que dispensam julgamento, a “reeducação por meio do trabalho” e a “reabilitação das drogas à força”. Aos detidos não é dado o direito de questionar o motivo da prisão e eles podem ficar sob custódia até três anos.
O documento intitulado "The Olympics Countdown - Broken Promises", ainda aponta outras áreas onde a questão dos direitos humanos piorou, apesar das promessas de melhoria do governo. Segundo a Amnistia Internacional, a China, além de perseguir activistas e fazer uso de detenções arbitrárias, também tem censurado a internet e a imprensa e aplicado excessivamente a pena de morte. O documento enumera diversos casos de censura à liberdade expressão, incluindo a coação do repórter do Irish Times Clifford Coonan, que foi forçado por policias a interromper uma entrevista com as famílias das crianças mortas nas escolas que desabaram no terramoto de Sichuan. Os polícias obrigaram o fotógrafo que acompanhava Coonan a apagar as imagens que tinha feito e ameaçaram punir as famílias que conversassem com a imprensa.
A liberdade de acesso à informação também não melhorou. “Informações recentes apontam que os sites de certos jornais e organizações independentes permanecem inacessíveis até mesmo para os computadores instalados dentro da Vila Olímpica”, lamentou Mark Allison.
A AI também assinala que a China continua a ser o país com maior número de execuções penais. Porém, de acordo com a AI, o governo chinês não trata esse assunto com a transparência necessária. O Supremo Tribunal chinês afirma que houve uma queda nas execuções em 2007, mas a Amnistia questiona como é possível confirmar essa alegação se nunca foram divulgadas estatísticas verificáveis sobre o assunto.
A deterioração dos direitos humanos na China, acontece não apesar dos Jogos Olímpicos, mas por causa destes, apesar do facto de a própria China ter associado os Jogos Olímpicos à promessa de maior respeito aos direitos humanos. (AI/BBC).
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