O número de mortos em resultado de acidentes de viação baixou 3,7 por cento em 2005 face ao ano passado, de acordo com os dados provisórios divulgados ontem pela Direcção-Geral de Viação. A redução das vítimas mortais não é tão significativa como em 2004, ao contrário dos feridos graves e dos feridos leves, que mantiveram a nítida tendência decrescente. As estradas portuguesas do continente fizeram, no ano passado, 1093 vítimas mortais que não resistiram ao impacte dos acidentes no local ou a caminho do hospital. O número representa uma quebra de 3,7 por cento face a 2004, mas fica muito aquém da descida extraordinária de 16,2 por cento registada no ano anterior em comparação com 2003. Os acidentes rodoviários provocaram ainda 3713 feridos graves, o que representa uma redução de 11,4 por cento face a 2004. Em relação aos feridos leves, o total ascendeu a 44.957, o que corresponde a uma quebra de seis por cento em relação a 2004. In Jornal Público. Há quem lhe chame uma “guerra civil” ao que se passa nas estradas portuguesas, eu não vou por aí e não gosto de frases-feitas. Os portugueses estão a fazer um longo caminho para baixar a sinistralidade, basta observar que em 1975 para 1 051 000 veículos matriculados morreram 2676 pessoas, no ano passado para 7 690 000 veículos matriculados morreram 1135 pessoas. A tendência de descida da sinistralidade é real e consecutiva (é curioso, que o custo do seguro automóvel têm uma tendência inversa) nos últimos anos, embora, o número de pessoas que morrem por ano nas estradas portuguesas continue elevado, ainda por cima, para cúmulo, a maioria das vitimas são jovens em idade activa. Mas apenas uma real educação civíca e uma consciencialização de que podemos fazer melhor, pode reduzir drasticamente este grave problema de saúde pública em Portugal.
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