Luís Sepúlveda, nascido a 4 de Outubro de 1949 na cidade de Ovalle, província de Limarí, é mundialmente conhecido como escritor, apesar de ser também, jornalista, activista político e realizador de cinema. Membro da Juventude Comunista a partir de 1964, licenciou-se em Santiago do Chile em encenação teatral.
Em 1969 ganha uma bolsa de estudo de cinco anos, na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto só ficaria cinco meses na capital soviética, pois foi expulso da Universidade por “atentado à moral proletária”, causado, segundo a versão oficial, por Luís Sepúlveda manter contactos com alguns dissidentes soviéticos.
De regresso ao Chile é expulso da Juventude Comunista, adere ao Partido Socialista Chileno e torna-se membro da guarda pessoal do presidente Salvador Allende. No golpe militar do dia 11 de Setembro de 1973, que levou ao poder o ditador general Augusto Pinochet, Luís Sepúlveda encontrava-se no Palácio de La Moneda a fazer guarda ao Presidente Allende.
Depois do golpe de Estado, foi preso por dois anos e meio, mas a pressão da secção alemã da Amnistia Internacional conseguiu que Luís Sepúlveda deixasse a prisão de Temuco e fosse colocado em prisão domiciliária. Conseguiu escapar da prisão domiciliária e durante um ano viveu no Chile clandestinamente. Com a ajuda de um amigo formou um grupo de teatro que se converteu no primeiro foco de resistência cultural, à propaganda fascista do General Pinochet.
A polícia secreta conseguiu descobrir o paradeiro de Luís Sepúlveda levando-o novamente à prisão. Desta vez foi condenado a prisão perpétua, por traição e subversão. No entanto a pena foi imediatamente reduzida para 28 anos de prisão.
Mais uma vez a secção alemã da Amnistia Internacional o ajudou e a sentença de prisão foi convertida em 8 anos de exílio. Em 1977 a ditadura chilena autoriza a partida de Luís Sepúlveda para a Suécia, para ensinar literatura espanhola.
Na viagem para a Suécia, durante uma paragem técnica em Buenos Aires, escapou-se do avião e foi para o Uruguai. Depois de uma passagem fugaz pelo Brasil e pelo Paraguai, instalou-se em Quito, capital do Equador. Nesta cidade dirigiu o teatro da Aliança Francesa e fundou uma companhia teatral. Viveu durante sete meses no seio da comunidade dos índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO, que tinha como objectivo estudar o impacto da colonização na forma de vida deste povo.
Em 1979 alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional Simon Bolívar, que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória da revolução sandinista, trabalhou como repórter.
A partir de 1982 Luís Sepúlveda instalou-se em Hamburgo na Alemanha, por causa da admiração que tinha pela literatura alemã. Nesta cidade trabalhou durante algum tempo como motorista. Entretanto a revista alemã Der Spiegel contratou-o como correspondente de guerra em Angola, de onde narrou a intervenção cubana e a derrota das tropas de elite da África do Sul. Por esta altura começa também a sua ligação activa ao Greenpeace, que duraria até 1987.
Esta actividade na Greenpeace será pano de fundo de muitas das obras de Luís Sepúlveda nomeadamente o seu maior sucesso, "O Velho que Lia Romances de Amor" (1989), que Luís Sepúlveda dedica ao seu amigo Chico Mendes, o grande defensor da floresta amazónica.
Em 1996, muda de país e instala-se em Gijón, Espanha, onde vive actualmente. Nesta cidade fundou o Salão do livro ibero-americano, destinado a promover o encontro de escritores, editores e livrarias latino-americanas com os seus homólogos europeus.
Luís Sepúlveda já vendeu mais de 15 milhões de exemplares na Europa e é um dos autores hispano-americanos mais traduzidos das últimas décadas.
À sua primeira obra narrativa, “Crónicas de Pedro Nadie” (1969) seguiu-se um longo silêncio resultante do seu empenhamento político durante o breve Governo de Salvador Allende e dos problemas com a ditadura chilena. Em 1986 publicou a colectânea de contos “Los Miedos, las Vidas, las Muertes y Outras Alucinaciones”, e a partir de então, a sua produção literária não parou de crescer.
De entre inúmeros títulos, são de mencionar O Velho Que Lia Romances de Amor 1989), O Mundo do Fim do Mundo (1989), Encontro de Amor Num País em Guerra, (1997), Nome de Toureiro (1994), Diário de um Killer Sentimental (1999), História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar (1996), Patagónia Express (1996), As Rosas de Atacama (2000), O General e o Juiz (2003), Uma História Suja (2004), O Poder dos Sonhos (2006).
Luís Sepúlveda já recebeu vários prémios, entre eles, "Prémio Gabriela Mistral de Poesia" (1976), "Prémio Rómulo Gallegos de Novela"(1978), "Primer Prémio de Novela Corta Juan Chabás" (1990), "Prix France de Culture" (1992) e "Prémio Internazionale Ennio Flaiano"(1993).
Depois do golpe de Estado, foi preso por dois anos e meio, mas a pressão da secção alemã da Amnistia Internacional conseguiu que Luís Sepúlveda deixasse a prisão de Temuco e fosse colocado em prisão domiciliária. Conseguiu escapar da prisão domiciliária e durante um ano viveu no Chile clandestinamente. Com a ajuda de um amigo formou um grupo de teatro que se converteu no primeiro foco de resistência cultural, à propaganda fascista do General Pinochet.
A polícia secreta conseguiu descobrir o paradeiro de Luís Sepúlveda levando-o novamente à prisão. Desta vez foi condenado a prisão perpétua, por traição e subversão. No entanto a pena foi imediatamente reduzida para 28 anos de prisão.
Mais uma vez a secção alemã da Amnistia Internacional o ajudou e a sentença de prisão foi convertida em 8 anos de exílio. Em 1977 a ditadura chilena autoriza a partida de Luís Sepúlveda para a Suécia, para ensinar literatura espanhola.
Na viagem para a Suécia, durante uma paragem técnica em Buenos Aires, escapou-se do avião e foi para o Uruguai. Depois de uma passagem fugaz pelo Brasil e pelo Paraguai, instalou-se em Quito, capital do Equador. Nesta cidade dirigiu o teatro da Aliança Francesa e fundou uma companhia teatral. Viveu durante sete meses no seio da comunidade dos índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO, que tinha como objectivo estudar o impacto da colonização na forma de vida deste povo.
Em 1979 alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional Simon Bolívar, que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória da revolução sandinista, trabalhou como repórter.
A partir de 1982 Luís Sepúlveda instalou-se em Hamburgo na Alemanha, por causa da admiração que tinha pela literatura alemã. Nesta cidade trabalhou durante algum tempo como motorista. Entretanto a revista alemã Der Spiegel contratou-o como correspondente de guerra em Angola, de onde narrou a intervenção cubana e a derrota das tropas de elite da África do Sul. Por esta altura começa também a sua ligação activa ao Greenpeace, que duraria até 1987.
Esta actividade na Greenpeace será pano de fundo de muitas das obras de Luís Sepúlveda nomeadamente o seu maior sucesso, "O Velho que Lia Romances de Amor" (1989), que Luís Sepúlveda dedica ao seu amigo Chico Mendes, o grande defensor da floresta amazónica.
Em 1996, muda de país e instala-se em Gijón, Espanha, onde vive actualmente. Nesta cidade fundou o Salão do livro ibero-americano, destinado a promover o encontro de escritores, editores e livrarias latino-americanas com os seus homólogos europeus.
Luís Sepúlveda já vendeu mais de 15 milhões de exemplares na Europa e é um dos autores hispano-americanos mais traduzidos das últimas décadas.
À sua primeira obra narrativa, “Crónicas de Pedro Nadie” (1969) seguiu-se um longo silêncio resultante do seu empenhamento político durante o breve Governo de Salvador Allende e dos problemas com a ditadura chilena. Em 1986 publicou a colectânea de contos “Los Miedos, las Vidas, las Muertes y Outras Alucinaciones”, e a partir de então, a sua produção literária não parou de crescer.
De entre inúmeros títulos, são de mencionar O Velho Que Lia Romances de Amor 1989), O Mundo do Fim do Mundo (1989), Encontro de Amor Num País em Guerra, (1997), Nome de Toureiro (1994), Diário de um Killer Sentimental (1999), História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar (1996), Patagónia Express (1996), As Rosas de Atacama (2000), O General e o Juiz (2003), Uma História Suja (2004), O Poder dos Sonhos (2006).
Luís Sepúlveda já recebeu vários prémios, entre eles, "Prémio Gabriela Mistral de Poesia" (1976), "Prémio Rómulo Gallegos de Novela"(1978), "Primer Prémio de Novela Corta Juan Chabás" (1990), "Prix France de Culture" (1992) e "Prémio Internazionale Ennio Flaiano"(1993).
5 comentários:
Muitos parabens, esta uma biografia espetacular, que ja me safou para um trabalho que tenho de fazer.
Defacto é verdade o que disses acerca da copia da tua biografia, eu começei por ir ao site da Wikipédia, mas quando vi a nota que estava no final da pagina nao exitei em ver, e de facto tens toda a razão, e é triste que situações deste genero continuem a acontecer com a quantidade de informação que ha disponivel.
Comprimentos
Pedro
Concordo com o Pedro, a biografia está muito boa e a wikipédia é uma treta porque copia as coisas dos outros, não lhes faz referência e ainda por cima não copia aquilo que realmente interessa! Isto não é crime ou assim?
Boa tarde
por acaso poderá indicar-me algum contacto do Luís Sepúlveda (morada em Gijón, email,...) ou forma de o conseguir?
Obrigado,
Miguel Rodrigues
Quais as habilitações literárias de Luís Sepúlveda?
quais sao as suas habilitacoes literarias?
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