Ex-primeira-ministra do Paquistão, Benazir Bhutto, morreu hoje na sequência dos ferimentos que sofreu num atentado suicida na cidade de Rawalpindi. A líder da oposição paquistanesa foi ainda hospitalizada em estado grave mas acabou por não resistir aos ferimentos. O ataque suicida ocorreu num encontro político de apoio a Benazir Buttho e fez pelo menos 20 mortos.
De acordo com a estação de televisão britânica Sky News, Benazir Bhutto foi baleada no peito e no pescoço já depois da explosão, no momento em que fugia do local do atentado e se dirigia para a sua viatura.
O porta-voz do Ministério do Interior paquistanês, Javed Cheema, confirmou a morte de Benazir Bhutto e tinha anteriormente dado a indicação de que a explosão registada no comício de apoio à ex-primeira-ministra tinha sido provocada por bombista suicida.
O ataque acontece a duas semanas da realização das eleições legislativas e teve como alvo a ex-primeira-ministra paquistanesa e candidata ao escrutínio.
Benazir Bhutto era considerada uma das principais líderes da oposição ao Presidente Pervez Musharraf. Há apenas dois meses e precisamente quando regressou ao seu país após quase nove anos de exílio, a comitiva onde seguia sofreu um violento atentado que causou mais de uma centena de mortos.
Nascida em 21 de Junho de 1953 na província de Sindh, no seio de uma família abastada, Benazir é educada em Harvard e em Oxford, no Reino Unido, onde estudou Ciências Políticas e Filosofia. Inicialmente relutante em iniciar-se na política, ganha credibilidade com o apelido Bhutto. A família Bhutto é uma das dinastias políticas mais conhecidas do Mundo, tal quanto a Nehru-Gandhi, na Índia.
Em 1973, o país é convertido em República Federal e Zulfikar Alí Bhutto, pai de Benazir, é nomeado primeiro-ministro – o primeiro do país. É um dos poucos líderes que, desde a independência em 1947, gere os destinos da nação sem o cunho do poder militar. É, porém, destituído quatro anos depois pelo general Mohammad Zía ul-Haq, que islamiza o país e impõe fortes medias repressoras.
Em 1979, Zulfikar Alí Bhutto é executado. Toda a família é detida. Benazir passa os cinco anos seguintes numa cela solitária, no deserto. A mais velha de quatro irmãos, Benazir reunira em si as expectativas paternas de seguir uma carreira política. Ainda detida, em 1984 e uma infecção no ouvido vale-lhe a autorização para deslocar-se a Londres. Aí se exila e inicia a luta anti-general Zía até 86, quando regressa ao Paquistão. O país recebe-a de “braços abertos”, aclamando-a e tornando-a no símbolo da luta “anti-Zía”.
Zía Ul-Haq morre em 1988, na explosão do avião em que seguia, permitindo ao Paquistão o regresso à democracia. É então que entra em cena Benazir, já líder do Partido do Povo do Paquistão (PPP), fundado pelo pai: nomeada primeira-ministra, é a primeira mulher da História a tornar-se governante de uma nação islâmica. Casada com Asif Ali Zardari – homem de família humilde escolhido pela mãe de Benazir para seu noivo – é acusada de abuso de poder e de corrupção.
Em 1990 é destituída, seguindo-lhe Nawaz Sharif no cargo. As mesmas acusações destituem-no, porém, em 1993. Benazir regressa ao poder, agora sob acusações de arrogância e de despotismo. Acumula os cargos de primeira-ministra e ministra das Finanças. Em 1996 volta a ser destituída por alegações de corrupção e em 1999 é condenada a cinco anos de prisão.Desde então, Benazir viveu fora do país, exilada no Dubai, sempre com a sombra das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. Sharif volta ao poder com a vitória eleitoral da Liga Muçulmana do Paquistão. É destituído com um golpe de Estado pelo chefe do Exército, o general Pervez Musharraf, que se auto - proclama Presidente em 2001. No ano seguinte, um referendo – qualificado de farsa pela oposição – legitima-o no cargo.
Exilada, Benazir visitou regularmente as capitais ocidentais, para encontros com governantes e conferências em universidades. A 18 de Outubro, chega a Carachi com promessas de devolver ao país a democracia, apostada num acordo de partilha de poder com o Presidente. Muitos falaram, porém, numa trama para ganhar imunidade nos tribunais, em troca de apoio político a Musharraf. (SIC ON-LINE).
De acordo com a estação de televisão britânica Sky News, Benazir Bhutto foi baleada no peito e no pescoço já depois da explosão, no momento em que fugia do local do atentado e se dirigia para a sua viatura.
O porta-voz do Ministério do Interior paquistanês, Javed Cheema, confirmou a morte de Benazir Bhutto e tinha anteriormente dado a indicação de que a explosão registada no comício de apoio à ex-primeira-ministra tinha sido provocada por bombista suicida.
O ataque acontece a duas semanas da realização das eleições legislativas e teve como alvo a ex-primeira-ministra paquistanesa e candidata ao escrutínio.
Benazir Bhutto era considerada uma das principais líderes da oposição ao Presidente Pervez Musharraf. Há apenas dois meses e precisamente quando regressou ao seu país após quase nove anos de exílio, a comitiva onde seguia sofreu um violento atentado que causou mais de uma centena de mortos.
Nascida em 21 de Junho de 1953 na província de Sindh, no seio de uma família abastada, Benazir é educada em Harvard e em Oxford, no Reino Unido, onde estudou Ciências Políticas e Filosofia. Inicialmente relutante em iniciar-se na política, ganha credibilidade com o apelido Bhutto. A família Bhutto é uma das dinastias políticas mais conhecidas do Mundo, tal quanto a Nehru-Gandhi, na Índia.
Em 1973, o país é convertido em República Federal e Zulfikar Alí Bhutto, pai de Benazir, é nomeado primeiro-ministro – o primeiro do país. É um dos poucos líderes que, desde a independência em 1947, gere os destinos da nação sem o cunho do poder militar. É, porém, destituído quatro anos depois pelo general Mohammad Zía ul-Haq, que islamiza o país e impõe fortes medias repressoras.
Em 1979, Zulfikar Alí Bhutto é executado. Toda a família é detida. Benazir passa os cinco anos seguintes numa cela solitária, no deserto. A mais velha de quatro irmãos, Benazir reunira em si as expectativas paternas de seguir uma carreira política. Ainda detida, em 1984 e uma infecção no ouvido vale-lhe a autorização para deslocar-se a Londres. Aí se exila e inicia a luta anti-general Zía até 86, quando regressa ao Paquistão. O país recebe-a de “braços abertos”, aclamando-a e tornando-a no símbolo da luta “anti-Zía”.
Zía Ul-Haq morre em 1988, na explosão do avião em que seguia, permitindo ao Paquistão o regresso à democracia. É então que entra em cena Benazir, já líder do Partido do Povo do Paquistão (PPP), fundado pelo pai: nomeada primeira-ministra, é a primeira mulher da História a tornar-se governante de uma nação islâmica. Casada com Asif Ali Zardari – homem de família humilde escolhido pela mãe de Benazir para seu noivo – é acusada de abuso de poder e de corrupção.
Em 1990 é destituída, seguindo-lhe Nawaz Sharif no cargo. As mesmas acusações destituem-no, porém, em 1993. Benazir regressa ao poder, agora sob acusações de arrogância e de despotismo. Acumula os cargos de primeira-ministra e ministra das Finanças. Em 1996 volta a ser destituída por alegações de corrupção e em 1999 é condenada a cinco anos de prisão.Desde então, Benazir viveu fora do país, exilada no Dubai, sempre com a sombra das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. Sharif volta ao poder com a vitória eleitoral da Liga Muçulmana do Paquistão. É destituído com um golpe de Estado pelo chefe do Exército, o general Pervez Musharraf, que se auto - proclama Presidente em 2001. No ano seguinte, um referendo – qualificado de farsa pela oposição – legitima-o no cargo.
Exilada, Benazir visitou regularmente as capitais ocidentais, para encontros com governantes e conferências em universidades. A 18 de Outubro, chega a Carachi com promessas de devolver ao país a democracia, apostada num acordo de partilha de poder com o Presidente. Muitos falaram, porém, numa trama para ganhar imunidade nos tribunais, em troca de apoio político a Musharraf. (SIC ON-LINE).
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