segunda-feira, dezembro 03, 2007

Christiaan Barnard


Passam hoje 40 anos que o cirurgião sul-africano Christiaan Barnard fez o primeiro transplante de coração humano. Louis Waskansky, de 55 anos, foi o primeiro homem a receber o coração de um estranho. O órgão transplantado por Christiaan Barnard e a sua equipa, numa operação de 9 horas, era de uma jovem de 25 anos, que tinha morrido num acidente. O coração de uma pessoa morta palpitou, pela primeira vez, no peito de outro humano às 5h25 de 3 de Dezembro de 1967, no hospital Grote-Schuur, na Cidade do Cabo. Waskansky faleceu 18 dias depois da cirurgia histórica, em consequência de uma infecção pulmonar. Um mês depois desta operação espectacular, Barnard fez o segundo transplante de coração e, desta fez, com grande sucesso: o dentista Philip Blaiberg viveu um ano e sete meses com o coração novo.
Christiaan Neethling Barnard nasceu a 8 de Novembro de 1922, Beaufort West, uma pequena cidade de Karoo, a região semi - desértica da África do Sul.
Especializou-se em Cirurgia Torácica e Cardiovascular nos EUA, na University of Minnesota. Fundou o Departamento de Cirurgia Cardíaca do Groote Schuur hospital, na Cidade do Cabo, em 1958. Em 1959 realizou o primeiro transplante renal da África do Sul. Em 1961 tornou-se Chefe do Departamento Cirurgia Torácica e Cardiovascular da University of Cape Town. A 3 de Dezembro de 1967, faz o primeiro transplante cardíaco do mundo. Combatente contra o apartheid, provocou em 1968 uma grande polémica, na África do Sul, ao transplantar o coração de um homem mestiço no dentista Philip Blaiberg de raça branca.
Christiaan Barnard também foi pioneiro em técnicas bastante ousadas para a época, como transplantes duplos , válvulas artificiais e o emprego de corações de animais para tratamentos de emergência.
Em 1983, doutor Christiaan Barnard teve que deixar de fazer operações porque sofria de artrite reumática, dedicando-se a partir desta altura, à pesquisa de como retardar o processo de envelhecimento.Os últimos anos da sua vida, Christiaan Barnard passou-os a dar conferências em vários países e dividia seu tempo entre a Europa e sua fazenda na província do Cabo, no seu país natal.
Morreu a 2 de Setembro de 2001, na cidade balneária de Paphos, no Chipre, ironicamente, vítima de ataque cardíaco.

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