(Fotografias e montagem minhas. No sentido dos ponteiros do relógio, a situação que se encontava, desde de sexta-feira e até ontem de manhã, as emissões da BBC e da CNN (entretanto, no Sábado a CNN, ficou sem nenhum sinal).
A terceira fotografia é o título da notícia do South China Morning Post (de Hong Kong) que dá conta do corte do acesso à Wikipédia. A quarta foto, é o "destaque" dado à notícia de prisão de Hu Jia, pelo jornal China Daily)
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É irónico que a Nomenklatura chinesa acuse os media ocidentais, de terem dois pesos e duas medidas, na cobertura dos dramáticos acontecimentos no Tibete e no périplo da Tocha Olímpica à volta do mundo. Essa ironia advém do simples facto, de a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão serem na China, um imenso buraco negro. Quando, as manifestações de Março começaram no Tibete, o único jornalista ocidental presente no Tibete, era James Miles, do The Economist, o qual fez um relato imparcial, que agradou às autoridades chinesas e satisfez a necessidade ocidental de ser informado. Apesar de James Miles, viver em Lassa, e por isso precisar das autoridades de Pequim, para a obtenção do visto de residência, a cobertura noticiosa, estava feita correctamente.
Agora, a cada dia que passa, após os acontecimentos do Tibete e com a Tocha Olímpica a visitar países passíveis de aumentarem a contestação à China, pelo não respeito dos direitos humanos, pela falta de liberdade de imprensa e pela falta de liberdade de expressão, o governo chinês aumenta a sua ansiedade e a sua fúria contra a imprensa estrangeira, revelando-se incapaz de abrir o mais pequeno diálogo contraditório.
Isso passou-se justamente na sexta-feira passada, quando a BBC World fez um directo de Pequim sobre a prisão de Hu Jia, ficando imediatamente sem sinal de transmissão, após terminar o directo.
Isso passou-se justamente na sexta-feira passada, quando a BBC World fez um directo de Pequim sobre a prisão de Hu Jia, ficando imediatamente sem sinal de transmissão, após terminar o directo.
Recorde-se que Hu Jia, um proeminente activista dos direitos humanos na China, foi acusado de subversão pela justiça chinesa e condenado a três anos e meio de prisão, e mais um ano de privação dos seus direitos políticos.
E o que fez este perigoso subversivo?
Escreveu dois artigos na Internet, onde num deles critica o conceito “Um país, dois sistemas”, dizendo que a China não precisa de dois sistemas, basta a democracia. Pura e simplesmente, o exercício da sua liberdade de expressão.
A imprensa estatal chinesa, nomeadamente o China Daily, o único jornal inglês que tinha acesso, durante a minha estadia na China, escreve eufemismos com o maior à vontade para justificar o injustificável. Entretanto, o governo chinês, desliga o acesso à Wikipédia, na sua versão inglesa, por não gostar do que lá está escrito sobre o Tibete, limitando, ao mesmo tempo, o acesso à versão chinesa, e corta o sinal de transmissão à CNN, num recrudescimento na luta contra uma informação livre, no interior da China.
A única lição que a China deve aprender da cobertura noticiosa - por parte dos media ocidentais – dos acontecimentos do Tibete e da viagem da Tocha Olímpica, é que é melhor confiar na imprensa livre para dar uma imagem justa dos factos, do que usar os “media fantoche” controlados pelo Estado, para tentar convencer o Mundo que a razão esta do lado dela. A imprensa livre, apesar de haver manipulações, tem uma credibilidade, que não é possível comparar, coma imprensa controlada por qualquer Estado.
E o que fez este perigoso subversivo?
Escreveu dois artigos na Internet, onde num deles critica o conceito “Um país, dois sistemas”, dizendo que a China não precisa de dois sistemas, basta a democracia. Pura e simplesmente, o exercício da sua liberdade de expressão.
A imprensa estatal chinesa, nomeadamente o China Daily, o único jornal inglês que tinha acesso, durante a minha estadia na China, escreve eufemismos com o maior à vontade para justificar o injustificável. Entretanto, o governo chinês, desliga o acesso à Wikipédia, na sua versão inglesa, por não gostar do que lá está escrito sobre o Tibete, limitando, ao mesmo tempo, o acesso à versão chinesa, e corta o sinal de transmissão à CNN, num recrudescimento na luta contra uma informação livre, no interior da China.
A única lição que a China deve aprender da cobertura noticiosa - por parte dos media ocidentais – dos acontecimentos do Tibete e da viagem da Tocha Olímpica, é que é melhor confiar na imprensa livre para dar uma imagem justa dos factos, do que usar os “media fantoche” controlados pelo Estado, para tentar convencer o Mundo que a razão esta do lado dela. A imprensa livre, apesar de haver manipulações, tem uma credibilidade, que não é possível comparar, coma imprensa controlada por qualquer Estado.
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