quarta-feira, dezembro 29, 2004

Susan Sontag


Susan Sontag, morreu ontem com 71 anos de idade,vítima de leucemia.Nos últimos 30 anos, já tinha vencido um cancro de mama, Susan Sontag esteve intermitentemente sempre com problemas de cancro, o que a levou a escrever um dos seus mais famosos livros, "A Doença como Metáfora", em 1978.
Ensaísta, crítica e romacista, Susan Sontag era uma das figuras mais célebres e polémicas da produção literária americana do século XX, notabilizando-se a partir dos anos 60, graças aos ensaios críticos reunidos em 1966, no volume " Contra a Interpretação".
No obituário sobre a morte de Susan Sontag do "New York Times" o jornalista escreve uma frase que define por excelência toda a vida dela,"Nunca ninguém lhe chamou aborrecida".
Susan Sontag, de seu nome verdadeiro Susan Rosenblatt, nasceu em 1933 em Nova Iorque e no início cresceu sem os pais, que viviam na China. Quando o pai morreu de tuberculose na China, a mãe regressou e levou-a juntamente com a irmã mais nova para Tucson, no Arizona. A mãe casou com Nathan Sontag, um veterano da II Guerra Mundial e Susan adoptou o apelido do padastro. Concluiu o liceu em Los Angeles e estudou filosofia, literatura e teologia na Universidade de Harvard e no Saint Anne's College, em Oxford.
Casou aos 17 anos com o sociólogo Philip Rieff, dez dias depois de o conhecer, teve um filho, David Rieff e divorciou-se aos 26 anos.
Actualmente vivia com a fotógrafa Annie Leibovitz em Nova Iorque. Publicou 17 livros, desde a não-ficção, a romances,peças de teatro. Realizou quatro filmes, chegou mesmo a entrar em filmes de Woody Allen e Andy Warhol e, escreveu argumentos para cinema, bem como textos para diversas publicações, mas era sobretudo reconhecida pelos seus ensaios.
Das suas obras, destacam-se," Contra a Interpretação" de 1966, "Sobre a Fotografia" de 1977, "A Doença como Metáfora" de 1978,"A Sida e as Suas Metáforas" de1989, "Na América", de 2000.
Recebeu diversos prémios como o National Book Award, pelo seu livro "Na América", em 2000 e o Prémio Jerusalém (era judia não praticante) em 2001 pelo conjunto da sua obra. De 1987 a 1989 presidiu ao Pan American Center, uma organização internacional de escritores que promove a literatura e a liberdade de expressão, envolvendo-se em várias acções que condenavam a perseguição e a detenção de escritores.

Em 2003, recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias da Literatura, em Espanha. Morreu em Nova Iorque no dia 28 de Dezembro de 2004.

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