André Friedmann nasceu em Budapeste, na Hungria, em 22 de Outubro de 1913. Ainda adolescente, foi acusado de ser comunista pela polícia secreta húngara e acabou por ser expulso do seu país. Refugia-se em Berlim, em 1930. Inscreveu-se na Faculdade de Ciências Políticas e arranjou emprego no laboratório de uma agência fotográfica: a Dephot, a mais importante na época. A sua carreira de fotógrafo começa no fim do ano de 1931, quando consegue ser o único fotojornalista a fotografar o famoso discurso do ex-líder soviético, Leon Trotski, que se encontrava exilado em Copenhaga. Mas a calma e a fama na vida de André Friedmann ainda estava distante. O aparecimento do nazismo faz com que em 1932, tenha que deixar Berlim dirigindo-se para Viena e depois para Paris. E foi na capital francesa que ele encontrou o lugar propício para desenvolver o seu olhar de fotojornalista. Naquela época a imprensa estava em desenvolvimento e os jornais abriam grande espaço para a fotografia. Foi em Paris também que conheceu a sua primeira mulher, e também fotojornalista, Gerda Taro. Foi em Paris, também que “nasceu” Robert Capa, mais precisamente em 1935. André, contratou uma secretária ( a sua própria mulher) e um agente (ele mesmo) que vendia fotos de um tal de Robert Capa. O seu trabalho chamou a atenção de Lucien Vogel, fundador de uma das mais importantes revistas da época, “Vue”. A partir daí a carreira de Robert Capa foi sempre em ascensão. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil Espanhola, onde, em 1937, Gerda Taro encontra a morte, ao ser atropelada por um tanque. Em 1938, Capa dirige-se para a China para fotografar o conflito sino-japonês. Com o começo da Segunda Guerra Mundial e o avanço nazista sobre Paris, em 1940, Capa que era judeu, refugia-se nos Estados Unidos onde, além de encontrar a mãe e o irmão, assinou um contrato com a revista Life. Nesta altura, o nome de Robert Capa já estava definitivamente associado à fotografia de guerra. Com 27 anos, Robert Capa foi enviado ao México pela revista Life para cobrir os meses da sangrenta campanha das eleições presidenciais de 1940 e, no ano seguinte, embarcou com os soldados americanos para a Europa a fim de registar o avanço dos Aliados. Fotografou a vitória aliada no Norte de África. Em Julho e Agosto de 1943, documentou a tomada da Sicília e nos meses seguintes, os esforços aliados na reocupação do território italiano, incluindo a libertação de Nápoles. Junto com as primeiras tropas americanas, desembarcou nas areias de Omaha, na Normandia, em 6 de Junho de 1944, que mais tarde seria consagrado como o Dia D. No dia 25 de Agosto do mesmo ano, entre soldados franceses e americanos, retornou à Paris libertada, pelos Aliados. No ano seguinte, acompanhou o último ataque de pára-quedistas americanos à Alemanha, registando a captura de Leipzig, Nuremberga e, finalmente, Berlim, encerrando a sua participação na Segunda Guerra Mundial. Já naturalizado americano e de volta aos EUA, enquanto vivia um romance com a actriz Ingrid Bergman, interessou-se pelo cinema e dedicou uns bons meses a escrever as suas memórias sobre as quais pensava fazer um filme. Aos 34 anos, em 1947, com Henri Cartier-Bresson, David Seymour e George Rodger, fundou a famosa agência Magnum, com sede em Paris e Nova Iorque. Apaixonado por fotografia, Robert Capa sempre defendeu a sua liberdade de produzir imagens. Ao fundar a agência queria garantir a posse dos negativos. A Magnum acabou por tornar-se referência para os fotojornalistas.
Entre 1950 e 1953, Capa estabeleceu novamente residência em Paris, dedicando o seu tempo a actividades burocráticas como presidente da Magnum e ao recrutamento e promoção de jovens talentos fotográficos. Novamente sob suspeita de actividades comunistas, teve o seu passaporte apreendido por alguns meses, em 1953 e foi impedido de viajar pelo governo norte-americano. Em 1954, escalado pela Life para cobrir a Guerra da Indochina Francesa, embarcou para a sua última missão. Em 25 de Maio quando Capa, acompanhava um destacamento francês constantemente paralisado por ataques vietnamitas, resolveu continuar a pé e sozinho o caminho entre Hanói e Thai Binh. Meia hora depois de deixar o acampamento, um soldado francês voltou para avisar os oficiais de que Capa tinha morrido ao pisar uma mina à beira da estrada.
Morreu a fazer aquilo que mais gostava: fotografar.
Entre 1950 e 1953, Capa estabeleceu novamente residência em Paris, dedicando o seu tempo a actividades burocráticas como presidente da Magnum e ao recrutamento e promoção de jovens talentos fotográficos. Novamente sob suspeita de actividades comunistas, teve o seu passaporte apreendido por alguns meses, em 1953 e foi impedido de viajar pelo governo norte-americano. Em 1954, escalado pela Life para cobrir a Guerra da Indochina Francesa, embarcou para a sua última missão. Em 25 de Maio quando Capa, acompanhava um destacamento francês constantemente paralisado por ataques vietnamitas, resolveu continuar a pé e sozinho o caminho entre Hanói e Thai Binh. Meia hora depois de deixar o acampamento, um soldado francês voltou para avisar os oficiais de que Capa tinha morrido ao pisar uma mina à beira da estrada.
Morreu a fazer aquilo que mais gostava: fotografar.
(Originalmente, editado em 22 de Outubro de 2005).
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