A primeira viagem tripulada à Lua teve início no Complexo de Lançamento 39,do Centro Espacial Kennedy, Cabo Canaveral, na Florida com o lançamento da Apollo 11, ás 9:32h da manhã do dia 16 de Julho de 1969.
Mais de 1 milhão de pessoas amontoou-se em torno da base de lançamentos para ver o foguete Saturno 5, de 110 metros de altura e mais de 3 mil toneladas de peso, a elevar-se da Terra. A bordo, Neil Armstrong, comandante da missão e os pilotos Buzz Aldrin e Michael Collins, veteranos da Força Aérea, completavam a tripulação. Os três homens, tinham pela frente uma viagem de oito dias, cujo ponto culminante estava marcado para dali a quatro, quando Armstrong e Aldrin se tornariam os primeiros homens a pôr os pés na Lua. No dia 20 de Julho de 1969,após quatro dias de viagem, os astronautas da Apollo 11 chegam à Lua. Os riscos eram tão altos que, pelos critérios de segurança actuais, provavelmente a viagem não teria sido autorizada. Desorientado, o comandante Neil Armstrong tentava encontrar pela janela o local indicado para poisar. Ao seu lado, na cabine de apenas 2,4m quadrados, o piloto Edwin “Buzz” Aldrin ficava de olho no indicador do combustível, que se aproximava perigosamente do fim. Dava para apenas mais 30 segundos de voo quando o frágil módulo Eagle finalmente tocou a superfície poeirenta do Mar da Tranquilidade, no equador lunar, a um quilómetro do alvo.
“Houston,a tranquilidade baseia-se aqui. A Águia encontra-se aterrada”, avisou Armstrong para os controladores da missão em Houston, a mais de 380 mil quilómetros de distância. Nem os técnicos da Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA), nem mil milhões de pessoas (quase um terço da população mundial) que se encontravam em frente da televisão a acompanhar a chegada do homem à Lua ficaram a saber do pequeno incidente. Uma dificuldade insignificante diante da dimensão da epopeia que Armstrong, Aldrin e o colega de missão, o piloto Michael Collins, estavam escrevendo naquele domingo, 20 de Julho de 1969.
Um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a Humanidade,disse Armstrong, a voz entrecortada pela estática, ao deixar a marca de seu pé esquerdo no pó lunar, às 22h56m20s,na frase que marcará para sempre o século 20.
Vinte minutos depois, Buzz Aldrin juntou-se a ele, descendo as escadas do módulo lunar. Armstrong e Aldrin permaneceram duas horas e dez minutos na Lua, movendo-se desajeitadamente por causa da falta de gravidade, como duas figuras fantasmagóricas num ambiente hostil de cinza e escuridão. Fincaram uma bandeira dos Estados Unidos e deixaram uma placa, onde se lê: “Aqui, homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez a Lua, em Julho de 1969. Viemos em paz e em nome de toda a humanidade”. Abaixo, as assinaturas dos três astronautas e a do então presidente norte-americano, Richard Nixon. Depois das formalidades, passaram ao trabalho. Primeiro, colectaram 27 quilos de pedra e pó lunar. Em seguida, instalaram um sismógrafo, um reflector de laser, uma antena de comunicação, um painel de estudos do vento e uma câmara de TV. Voltaram, então, para o módulo e tentaram, em vão, dormir. No dia seguinte, a parte superior da Eagle descolou e acoplou-se novamente ao módulo de comando Columbia, onde um aflito Collins esperava dando voltas em órbita da Lua. Após se livrarem da Eagle, deixado para cair na Lua, os astronautas iniciaram a viagem de volta. A fase final do desafio de Kennedy foi completada ás 12:50h do dia 24 de Julho de 1969,quando o Columbia caiu a 812 milhas náuticas do sudoeste do Hawai, Pacífico Sul, trazendo os 3 astronautas a salvo à Terra. Uma das mais antigas fantasias do homem, ir à Lua e voltar são e salvo, tinha-se enfim tornado realidade. A chegada do homem à Lua foi a maior das aventuras e o maior feito tecnológico de todos os tempos. Embora os resultados científicos da missão tenham sido modestos e outros 10 homens tenham pisado o solo lunar até o final do Projecto Apollo, em 1972, nada pode ser comparado à força simbólica daquele passo.
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