Fotografia chez-moi. Num pálido desmaio a luz do dia afrouxa E põe, na face triste, um véu de seda roxa... Nuvens, a escorrer sangue, esvoaçam, no poente. E num ermo, que o Outono adora eternamente, Vê-se velhinha casa, em ruínas de tristeza, Onde o espectro do vento, às horas mortas, reza E o luar se condensa em vultos de segredo... Almas da solidão, sombras que fazem medo, Vidas que o sol antigo, um outro sol, doirou, Fumo ainda a subir dum lar que se apagou.
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