No dia 5 de Setembro de 1972, o mundo acordou atordoado. Os brilhantes recordes e as sete medalhas de ouro do nadador americano Mark Spitz foram ofuscados pela terrível acção terrorista, de uma organização palestiniana contra a delegação israelita, deixando atónita grande parte da população mundial.
Eram 4h30 da manhã de 5 de Setembro, durante a última semana dos Jogos, quando cinco terroristas usando roupas desportivas escalaram a grade que cercava a vila olímpica. Já dentro da vila onde os atletas estavam alojados, encontraram-se com mais três que já haviam entrado com credenciais. No espaço de 24 horas, 11 israelitas, 5 terroristas e um polícia alemão morreriam, manchando de sangue a até então tranquila Olimpíada alemã e a para sempre a memória dos Jogos Olímpicos. Pouco antes das 5h da manhã, os terroristas já estavam no sector da delegação israelita, que havia formado um grande esquema de segurança para os jogos. Mesmo com as intensas medidas de segurança, o grupo armado não encontrou dificuldade para realizar a acção. Assim que chegaram ao andar da delegação, bateram na porta do quarto do técnico Israelita Moshe Weinberg que imediatamente a abriu, percebeu que havia algo de errado e começou a gritar. Weinberg e o halterofilista Joseph Romano tentaram segurar a porta enquanto outros atletas escapavam, mas ambos foram mortos. Logo depois, os terroristas cercaram nove israelitas e fizeram-nos reféns. Às 9h30, os terroristas anunciaram que eram palestinianos pertencentes ao desconhecido grupo “Setembro Negro”. Em troca dos reféns, exigiam a libertação de 234 prisioneiros árabes em prisões israelitas e de dois terroristas alemães que estavam detidos em Frankfurt. Também exigiram um avião para deixarem o país.
O governo israelita não quis negociar com os terroristas. Assim, quem deveria zelar pela vida dos reféns eram os alemães, que organizavam os jogos. Foram horas de negociações e de uma tensão que envolveu até os demais participantes daquelas Olimpíadas. Alguns atletas judeus, como o norte-americano Mark Spitz, maior recordista da história da natação até aquele momento, resolveram antecipar a volta para casa. As delegações inteiras da Noruega e da Holanda também se retiraram. Para tentar salvar a vida dos reféns, a polícia de Munique resolveu simular uma concessão. Foi combinado que os terroristas iriam de helicóptero até a base aérea da NATO em Firstenfeldbruck e depois embarcavam num avião para o Cairo, onde supostamente seriam recebidos sem nenhuma punição. Atiradores de elite do exército alemão foram posicionados na base com ordens de matar todos os terroristas mesmo antes de entregar os reféns.
Os terroristas pousaram na base às 22h30. Era o início da tragédia: os palestinianos perceberam a emboscada e lançaram uma granada para o helicóptero onde estavam os nove reféns. Todos foram mortos, dando início a um terrível tiroteio, em que cinco terroristas, um dos cinco atiradores alemães e o piloto de um dos helicópteros morreram. Três palestinianos foram capturados e levados para uma prisão alemã. Tudo levaria a crer que ali se encerrariam os Jogos Olímpicos de Munique, mas o Comité Olímpico Internacional (COI) resistiu e manteve o andamento dos jogos, realizando uma cerimónia dedicada à memória dos atletas. As Olimpíadas desenrolaram-se até ao fim. Mas nada conseguiu apagar aquele acontecimento, o mais trágico nos 108 anos de história dos Jogos Olímpicos na era moderna. Na época, os orgãos de informação internacionais,l responsabilizaram de certa forma as autoridades alemãs, que não tiveram calma para negociar com o grupo e optaram por tentar matá-los mesmo sem ter garantias de vida para os atletas israelitas. A polícia de Munique disse que não teve outra alternativa, pois o governo israelita negou-se a atender as exigências dos terroristas. Mais de 20 anos depois, o único terrorista ainda vivo culpou a então primeira-ministra de Israel, Golda Meir, e os serviços secretos israelitas, Mossad, alegando, que foi a intransigência do governo de Israel em negociar que levou às mortes.
Quem eram os terroristas de Munique?
O grupo que perpretou o ataque dizia ser pertencente ao "Setembro Negro". Uma organização dissidente da OLP de Arafat supostamente criada após um conflito em Setembro de 1971 entre soldados jordanos e palestinianos em Aman e em outras cidades da Jordânia.A Mossad e outras organizações israelitas afirmam que foi o líder da OLP, Yasser Arafat, quem forjou o grupo para poder lançar ataques terroristas sem sujar o nome da Organização.O envolvimento de Arafat no massacre de Munique continua indefenido.O único terrorista de Munique sobrevivente, Abu Daoud, disse na autobiografia "Memórias de um Terrorista Palestiniano", lançada em 1999, que Yasser Arafat ordenou o ataque à vila olímpica de Munique e escreveu ainda que o grupo não tinha intenção de matar os israelitas. Além disso, Daoud disse que o ataque foi perpetrado pela Fatah, de Arafat e que o nome "Setembro Negro" foi usado para proteger a imagem internacional da Fatah e os interesses políticos da OLP. "Não havia a organização Setembro Negro.A Fatah anunciou a operação sob esse nome para o grupo não aparecer como responsável directo da operação", disse.Daoud, recebeu o Prémio Palestiniano da Cultura em 1999 pela sua obra.Arafat negou sempre, veementemente, o seu envolvimento no ataque e disse que tais acusações faziam parte da estratégia israelita de desmoralizá-lo.O facto é que até hoje não há nenhuma evidência a mais do seu envolvimento no ataque.Com a morte de Arafat, no ano passado, o mistério será eterno.
Eram 4h30 da manhã de 5 de Setembro, durante a última semana dos Jogos, quando cinco terroristas usando roupas desportivas escalaram a grade que cercava a vila olímpica. Já dentro da vila onde os atletas estavam alojados, encontraram-se com mais três que já haviam entrado com credenciais. No espaço de 24 horas, 11 israelitas, 5 terroristas e um polícia alemão morreriam, manchando de sangue a até então tranquila Olimpíada alemã e a para sempre a memória dos Jogos Olímpicos. Pouco antes das 5h da manhã, os terroristas já estavam no sector da delegação israelita, que havia formado um grande esquema de segurança para os jogos. Mesmo com as intensas medidas de segurança, o grupo armado não encontrou dificuldade para realizar a acção. Assim que chegaram ao andar da delegação, bateram na porta do quarto do técnico Israelita Moshe Weinberg que imediatamente a abriu, percebeu que havia algo de errado e começou a gritar. Weinberg e o halterofilista Joseph Romano tentaram segurar a porta enquanto outros atletas escapavam, mas ambos foram mortos. Logo depois, os terroristas cercaram nove israelitas e fizeram-nos reféns. Às 9h30, os terroristas anunciaram que eram palestinianos pertencentes ao desconhecido grupo “Setembro Negro”. Em troca dos reféns, exigiam a libertação de 234 prisioneiros árabes em prisões israelitas e de dois terroristas alemães que estavam detidos em Frankfurt. Também exigiram um avião para deixarem o país.
O governo israelita não quis negociar com os terroristas. Assim, quem deveria zelar pela vida dos reféns eram os alemães, que organizavam os jogos. Foram horas de negociações e de uma tensão que envolveu até os demais participantes daquelas Olimpíadas. Alguns atletas judeus, como o norte-americano Mark Spitz, maior recordista da história da natação até aquele momento, resolveram antecipar a volta para casa. As delegações inteiras da Noruega e da Holanda também se retiraram. Para tentar salvar a vida dos reféns, a polícia de Munique resolveu simular uma concessão. Foi combinado que os terroristas iriam de helicóptero até a base aérea da NATO em Firstenfeldbruck e depois embarcavam num avião para o Cairo, onde supostamente seriam recebidos sem nenhuma punição. Atiradores de elite do exército alemão foram posicionados na base com ordens de matar todos os terroristas mesmo antes de entregar os reféns.
Os terroristas pousaram na base às 22h30. Era o início da tragédia: os palestinianos perceberam a emboscada e lançaram uma granada para o helicóptero onde estavam os nove reféns. Todos foram mortos, dando início a um terrível tiroteio, em que cinco terroristas, um dos cinco atiradores alemães e o piloto de um dos helicópteros morreram. Três palestinianos foram capturados e levados para uma prisão alemã. Tudo levaria a crer que ali se encerrariam os Jogos Olímpicos de Munique, mas o Comité Olímpico Internacional (COI) resistiu e manteve o andamento dos jogos, realizando uma cerimónia dedicada à memória dos atletas. As Olimpíadas desenrolaram-se até ao fim. Mas nada conseguiu apagar aquele acontecimento, o mais trágico nos 108 anos de história dos Jogos Olímpicos na era moderna. Na época, os orgãos de informação internacionais,l responsabilizaram de certa forma as autoridades alemãs, que não tiveram calma para negociar com o grupo e optaram por tentar matá-los mesmo sem ter garantias de vida para os atletas israelitas. A polícia de Munique disse que não teve outra alternativa, pois o governo israelita negou-se a atender as exigências dos terroristas. Mais de 20 anos depois, o único terrorista ainda vivo culpou a então primeira-ministra de Israel, Golda Meir, e os serviços secretos israelitas, Mossad, alegando, que foi a intransigência do governo de Israel em negociar que levou às mortes.
Quem eram os terroristas de Munique?
O grupo que perpretou o ataque dizia ser pertencente ao "Setembro Negro". Uma organização dissidente da OLP de Arafat supostamente criada após um conflito em Setembro de 1971 entre soldados jordanos e palestinianos em Aman e em outras cidades da Jordânia.A Mossad e outras organizações israelitas afirmam que foi o líder da OLP, Yasser Arafat, quem forjou o grupo para poder lançar ataques terroristas sem sujar o nome da Organização.O envolvimento de Arafat no massacre de Munique continua indefenido.O único terrorista de Munique sobrevivente, Abu Daoud, disse na autobiografia "Memórias de um Terrorista Palestiniano", lançada em 1999, que Yasser Arafat ordenou o ataque à vila olímpica de Munique e escreveu ainda que o grupo não tinha intenção de matar os israelitas. Além disso, Daoud disse que o ataque foi perpetrado pela Fatah, de Arafat e que o nome "Setembro Negro" foi usado para proteger a imagem internacional da Fatah e os interesses políticos da OLP. "Não havia a organização Setembro Negro.A Fatah anunciou a operação sob esse nome para o grupo não aparecer como responsável directo da operação", disse.Daoud, recebeu o Prémio Palestiniano da Cultura em 1999 pela sua obra.Arafat negou sempre, veementemente, o seu envolvimento no ataque e disse que tais acusações faziam parte da estratégia israelita de desmoralizá-lo.O facto é que até hoje não há nenhuma evidência a mais do seu envolvimento no ataque.Com a morte de Arafat, no ano passado, o mistério será eterno.
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