sexta-feira, dezembro 02, 2005

Onlineaholics


Os psicólogos e psiquiatras norte-americanos preocupam –se cada vez mais com o vício na Internet— estimam que entre 6% e 10% dos 189 milhões de internautas do país são dependentes da navegação virtual. O grupo de pessoas que sofrem com o problema já têm nome: são os onlineaholics.
Segundo especialistas, o vício pode ser tão devastador quanto o alcoolismo ou dependência de drogas.
Além disso, afirma o jornal “The New York Times”, o uso compulsivo da Internet está associado, muitas vezes, a outros tipos de dependência—diversos internautas passam horas on-line para fazer apostas ou aceder a conteúdos pornográficos.

Há também aqueles que se viciam em actividades mais quotidianas, como envio de mensagens electrónicas e leitura de blogues.
Segundo a psicóloga Hilarie Cash, directora dos Serviços para Vício em Internet/Computadores, aqueles que abusam da navegação geralmente enfrentam outros problemas, como depressão e ansiedade.

Em entrevista ao “NYT” afirmou que os onlineaholics encontram na Web uma fuga da realidade “de acesso fácil e barato, desfrutando do anonimato”.
O grupo que dirige tem uma lista com 15 sintomas para identificar o vício no universo virtual. Entre eles, mentir sobre quanto tempo passam on-line, ganho de peso, dores nas costas e ansiedade, além do abandono de hobbies e interacções sociais.
Para tratar os onlineaholics, psiquiatras e psicólogos utilizam diversas técnicas—incluindo o programa de 12 passos, usado entre aqueles que apresentam dependência química.
O “The New York Times” também cita um programa de internamento no Proctor Hospital, em Illinois, onde os viciados em Internet fazem terapia em grupo com outros dependentes—como os de cocaína, por exemplo.

Segundo profissionais do hospital, os sinais de abstinência dos onlineaholics são semelhantes àqueles apresentados por pessoas com vício em drogas e álcool: muito suor, ansiedade e paranóia.

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