O “Star System” que corresponde ao período imperial, simbolizado e concretizado pela supremacia de Hollywood, está no seu auge. A MGM dizia com vaidade que tinha "mais estrelas do que as que havia no céu". No entanto as estrelas mais famosas e representativas da época, Greta Garbo e Marlene Dietrich, nunca ganharam a desejada estatueta. Greta Garbo apesar de ter sido nomeada em 1930 por “Anna Christie” e “Romance, “Camille” em 1936 e “Ninotchka” em 1939, nunca recebeu o merecido prémio da Academia. Marlene Dietrich foi apenas nomeada em 1930 por “Marocco”, mas não recebeu o prémio.
Por esta altura, no entanto aparecia, uma das mais brilhantes estrelas de Hollywood, Katharine Hepburn, que com o filme "Morning Glory", de 1933, ganhava o seu primeiro Óscar, de uma carreira que a levaria por 12 vezes às nomeações para o Óscar e que o receberia por 4 vezes. Nesta altura, não bastava a beleza, era preciso que as estrelas soubessem também falar e ter uma boa voz. Os estúdios sentiam que era preciso mostrar as estrelas e de preferência todas juntas. O primeiro exemplo deste modo de pensar foi o filme “Grand Hotel”, de Edmund Goulding que contava no seu elenco com nomes que se tornariam os “monstros sagrados” de Hollywood como: Lionel e John Barrymore, Greta Garbo, Wallace Beery e Joan Crawford.
A nível de realizadores Frank Capra dominou esta década com três Óscares, o primeiro em 1934 com o filme "Uma Noite Aconteceu", o segundo em 1936, com o filme "Doido com Juízo" e em 1938 o terceiro com "Não o levarás Contigo". Distingue-se nesta época um jovem actor de seu nome Spencer Tracy, que receberia em dois anos consecutivos o Óscar de melhor actor. Em 1937, pela interpretação do português Manuel, no filme "Capitain's Courageous", e em 1938 pelo desempenho no filme " Boys Town".
Enquanto a guerra começava na Europa, em Hollywood estreava-se um dos mais importante filmes da história do cinema: "E tudo o vento levou", de Victor Fleming que arrebatou 9 Óscares da Academia. Vivien Leigh receberia o primeiro dos seus dois Óscares. Estreia-se também o filme o "Feiticeiro de Oz", que daria a Judy Garland um Óscar especial pelo seu desempenho juvenil.
Bette Davis recebe nesta década por duas vezes o Óscar de melhor actriz, em 1935 no filme "Dangerous" e em 1938 pelo seu desempenho no filme "Jezebel". Clark Gable receberia o Óscar de melhor actor do ano pelo filme "It happened one night" em 1934.
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