segunda-feira, outubro 24, 2005

Confucionismo


Confúcio, nome latinizado de Kong Tze, nasceu por volta de 551 A.C., proveniente de uma família fidalga mas pobre, recebeu uma boa educação e ocupou diversos cargos públicos.
Desde os 22 anos viu-se rodeado de jovens que vinham junto dele procurar ensinamentos. Teve mais tardar de se exilar, viajando de estado em estado acompanhado por um pequeno grupo de discípulos.
Quando pôde voltar à pátria, tinha perto de 70 anos. Até à sua morte, em 479 A. C., votou-se à instrução dos discípulos e à divulgação das obras da literatura clássica chinesa.
Interpretando o princípio fundamental do pensamento chinês, quer dizer, a existência de uma ordem do Universo com a qual as acções humanas devem harmonizar-se, estabeleceu um sistema ao mesmo tempo moral, político e religioso: o confucionismo.
A origem de todas as coisas é tida como uma união de yin e yang, o princípio passivo e o princípio activo, respectivamente. Segundo o confucionismo, as relações humanas devem seguir um modelo patriarcal.
Durante mais de 2000 anos, a política governamental, a organização social e a conduta individual chinesas foram modeladas segundo os princípios confucionistas. Só em 1912 a filosofia confucionista foi abandonada como orientação de base para a governação.
Os escritos que fundamentam o confucionismo compreendem as ideias defendidas num conjunto tradicional de livros editados e escritos por Confúcio como, por exemplo, os Analectos e o I Ching, que também se inclui entre os textos básicos do confucionismo.
Até 1912, o imperador da China era considerado o pai do seu povo, designado pelo céu para governar; o Homem Superior constituía o modelo humano ideal e a piedade filial era considerada a principal virtude. Seguir uma existência pautada por padrões de elevada moralidade era uma forma de prestar culto aos antepassados.
No tempo em que reinava o imperador, eram oferecidos sacrifícios ao céu e à terra, aos corpos celestes, aos antepassados imperiais, a vários deuses da natureza e ao próprio Confúcio. Esta prática foi abolida com a revolução republicana de 1912, mas o culto dos antepassados, expresso através da reverência às suas memórias, continuou uma prática regular doméstica.

Com o regime comunista, o confucionismo manteve-se, embora o dirigente comunista Mao Zedong tenha incentivado uma campanha contra Confúcio, durante os anos de 1974 a 1976, este movimento não foi prosseguido pelos seus sucessores.

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