José Saramago apoia campanha do Greenpeace e lança primeiro livro com certificação florestal no Brasil. O Prémio Nobel de Literatura de 1998, promove a adopção de padrões sustentáveis pela indústria editorial para proteger as florestas do mundo. A campanha para salvar as últimas florestas primárias do planeta acaba de ganhar uma contribuição de peso. José Saramago aderiu à campanha da Greenpeace e pediu pessoalmente às suas editoras em todo o mundo que seguissem as normas ambientalmente adequadas para produzir a sua nova obra. Pela primeira vez no Brasil, um livro é impresso em papel e gráfica certificados pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal). O lançamento mundial da nova obra de José Saramago, “As Intermitências da Morte”, acontece amanhã no Brasil. “Apesar do grande estímulo cultural que nos presta, a indústria editorial consome avidamente papel cuja produção estimula a destruição das florestas”, disse Rebeca Lerer, uma das coordenadoras da campanha de Florestas do Greenpeace. “Isso representa uma perda irreparável para o mundo. O desaparecimento das florestas ameaça a biodiversidade – indispensável para garantir a manutenção das espécies e das culturas tradicionais que dependem destes ecossistemas para sobreviver. Iniciativas como a de José Saramago são provas de respeito, não apenas ao meio ambiente, como a todos nós”. A Companhia das Letras, editora de Saramago no Brasil, cumpriu todas as recomendações do FSC, desde o cuidado com a escolha do papel até a gráfica certificada onde a obra foi impressa. “O lançamento deste primeiro livro com o selo FSC é uma evolução muito importante para o mercado editorial brasileiro. Pretendemos fazer mais lançamentos certificados e acredito que outras editoras farão o mesmo”, afirmou Elisa Braga, directora de produção da Companhia das Letras. O FSC é o único sistema de certificação independente que adopta padrões socio -ambientais internacionalmente aceites, incorporando de maneira equilibrada os interesses de grupos sociais, ambientais e económicos. Actualmente, o FSC oferece a melhor garantia de que a actividade madeireira ocorre de maneira legal e não acarreta a destruição das florestas primárias como a Amazónia. O Greenpeace encoraja a indústria editorial em diversos países a deixar de usar papel cuja a produção acarreta a destruição das florestas e a adoptar práticas social e ambientalmente adequadas na utilização de produtos florestais, como o uso de papel reciclado ou certificado pelo FSC. Fonte: Greenpeace
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