Considerada um dos ícones do movimento dos direitos civis dos negros, nos Estados Unidos, Rosa Parks morreu esta madrugada, em Detroit.
Tinha 92 anos.
Rosa Louise Parks era uma costureira de 42 anos, nascida a 04 de fevereiro de 1913 em Tuskegee, Alabama, quando entrou para a História Americana.
No dia 1º de Dezembro de 1955 ela ia num autocarro na cidade de Montgomery, Alabama, quando um homem branco exigiu que ela se retirasse do banco onde estava, para ele se poder sentar.
Rosa Parks recusou-se, desafiando as regras vigentes, que exigiam que os negros cedessem os seus lugares nos transportes públicos às pessoas brancas. Com este acto, Parks foi presa e multada em US$ 14. A prisão da costureira desencadeou um boicote de 381 dias ao sistema de transportes públicos, organizado Martin Luther King Jr. Em 1957, depois de ter perdido o emprego e recebido ameaças de morte, Rosa Parks e o seu marido, Raymond, mudaram-se para Detroit, onde trabalhou como assistente no escritório de um congressista democrata.
“A verdadeira razão de eu não ter cedido o meu banco no autocarro foi porque senti que tinha o direito de ser tratada como qualquer outro passageiro. Aguentamos aquele tipo de tratamento por muito tempo”, disse Rosa Parks em 1992 a respeito da sua atitude em 1955.
Adepta da não-violência, a percursora do movimento dos direitos civis nos EUA conseguiu, com a sua acção, que um tribunal acabasse por decretar o fim da política segregacionista nos transportes públicos, primeiro, em Montgmery, e posteriormente, com a adopção da Acta dos Direitos Civis, em 1964, no resto do país.
Em 1996 recebeu a Medalha Presidencial pela Liberdade, e, em 1999, a Medalha de Ouro do Congresso americano, a mais alta honraria civil.
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