Os Estados Unidos criticaram duramente uma investigação independente que não encontrou evidências de um programa secreto para o desenvolvimento de armas nucleares no Irão. O inquérito, realizado pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) com a participação de especialistas do governo americano e cientistas de vários países, concluiu que a pequena quantidade de urânio enriquecido para bombas encontradas no país há dois anos vinha de equipamento paquistanês contaminado e não era prova da existência de armamento. Mas as autoridades americanas disseram que essas conclusões não dissipavam a preocupação internacional porque o Irão pode estar a desenvolver armas nucleares de outras maneiras. O Irão insistiu que o programa é pacífico, e reiniciou, recentemente, o enriquecimento de urânio apesar de um acordo com Grã-Bretanha, França e Alemanha. Os três países cancelaram uma ronda de conversações que tinha o objectivo de persuadir o Irão a suspender as suas actividades nucleares, levando a protestos diante de suas embaixadas na capital iraniana, Teerão. As conversações deveriam começar no dia 31 de Agosto. Se o impasse continuar, os Estados Unidos e a União Europeia podem levar o caso para o Conselho de Segurança das Nações Unidas e aplicar sanções contra o Irão. Em meados de Agosto, a União Europeia ofereceu um amplo acordo ao Irão, que incluía incentivos económicos, políticos e tecnológicos em troca da suspensão completa de pesquisas ligadas à produção de combustível nuclear. Mas o Irão, que insiste ter direito a um programa para produzir energia, rejeitou a oferta. BBC On-line Enquanto os principais países que detêm poderio nuclear - EUA, Rússia, China, Inglaterra, França, Indía e Paquistão- não assumirem uma irreversível politica de desarmamento, será muito dificil exigir o respeito pela não proliferação de armas nucleares, por pequenos países que ambicionam ser potências regionais.
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