Robert Edwin Peary, explorador norte-americano nascido em Cresson, Pensilvânia, em 6 de Maio de 1856. Em 1881, alistou-se na marinha americana como engenheiro civil e, por vários anos, serviu na Nicarágua, onde trabalhou pesquisando a possibilidade da construção de um canal. Interessou-se pela exploração Árctica, e fez uma viagem ao interior da Groenlândia, em 1886.
Mais tarde, conseguindo uma licença da marinha, liderou uma expedição à Groenlândia para pesquisas científicas e exploração. Foram feitas importantes observações etnológicas e meteorológicas e, numa longa jornada de trenó à costa nordeste da Groenlândia, explorou a “Terra de Peary”, descobriu o fiorde Independência, e comprovou que a Groenlândia era uma ilha.
Estudou a população de esquimós e conquistou a simpatia dos montanheses do Árctico, uma tribo que o ajudou nas excursões. Outras expedições continuaram o trabalho em 1893-5 e em duas viagens, durante os verões de 1896 e 1897, Peary trouxe para os Estados Unidos alguns meteoritos que encontrou. Um relato de suas experiências árcticas apareceu no livro “Northward over the great Ice”.
Conseguindo outra licença da marinha, liderou outra expedição (1898 - 1902), desta vez com o objectivo de alcançar o Pólo Norte. Só conseguiu chegar aos 84º17’N, mas fez importantes pesquisas na “Terra de Ellesmere”, um estudo sobre a superfície e a composição da calote polar. No seu livro “Nearest the Pole” descreveu os eventos da sua expedição de 1905 – 6, quando alcançou o ponto 87 º6’N, que se encontrava a, apenas, 174 milhas (280 km) do seu objectivo.
Seguiu-se uma amarga controvérsia. Cook, que havia sido médico da expedição de Peary de 1891 – 2, sustentou a sua conquista até ao fim da vida, no entanto, o Congresso americano reconheceu o feito de Peary, e ofereceu-lhe os seus agradecimentos em 1911, ano em que se retirou da Marinha, no posto de Contra – Almirante.
De qualquer modo e na realidade, Robert Peary não alcançou o Pólo Norte, ficou, sabe-se hoje, a cinco milhas do objectivo.
A esposa de Peary, Josephine Diebitsch Peary (1863 - 1955) acompanhou-o em várias das suas expedições, e deu à luz, no Árctico, à filha dos dois, Marie Ahnighito Peary.
Robert Peary morreu em Washington, D.C. em 20 de Fevereiro de 1920.
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