segunda-feira, janeiro 31, 2005

Gandhi


Ontem passou mais aniversário da morte de Mahatma Gandhi. Como tenho vindo a fazer, com outros grandes homens que forjaram a história, vou escrever algumas notas biográficas.
Mohandas Karamchand Gandhi, nasceu em 2 de Outubro de 1869 em Porbandar, estado de Gujarat na Índia. Apóstolo da não violência, cognominado o Mahatma (A grande alma) pelo seu povo. Nascido de uma família rica e culta, fez os estudos de Direito em Londres, entre 1888 e 1891 e consagra-se à leitura do Bhagavad-Giza, do Novo Testamento e dos filósofos ocidentais, que tão grande influencia teriam sobre ele. De 1893 a 1914 estabelece-se como advogado na África do Sul, defendendo os direitos políticos e sociais da vasta comunidade indiana contra a segregação racial, nomeadamente através do jornal Opinião Indiana, por ele fundado. De regresso à Índia, participa na vida política, tornando-se chefe do Congresso, em 1919. Depois do massacre de Amritsar, convence os seus compatriotas a boicotar as instituições e produtos ingleses, iniciando-se uma série de manifestações não violentas. Em 1930 toma a chefia de um movimento de luta aberta contra a Inglaterra.Através de longas greves de fome, manifesta a sua revolta contra o domínio inglês, sendo encarcerado várias vezes: no plano interno tenta conciliar muçulmanos e hindus e melhorar a condição dos Intocáveis. Em 1947 a sua política triunfa com a obtenção da independência da Índia, mas não pode impedir a separação do Paquistão. Foi assassinado, em 30 de Janeiro de 1948, em Nova Deli, por um fanático brâmane que desaprovava a sua política de tolerância religiosa. As suas cinzas foram imersas no rio Ganges perante uma multidão consternada. A sua dignidade moral e o exemplo da sua vida fazem de Gandhi uma figura inesquecível. Deixou uma obra intitulada "Experiências da Verdade".
Se pretender saber mais, não deixe de visitar www.gandhiserve.org.

sábado, janeiro 29, 2005

O País Está Perdido?



"O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido.Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta cada dia. Vivemos todos ao acaso.Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Toda a vida espiritual, intelectual parada...
A ruína económica cresce,cresce,cresce. As quebras (falências) sucedem-se. O pequeno comércio definha. A indústria enfraquece. A sorte dos operários é lamentável. O salário diminui. A renda também diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.O país vive numa sonolência enfastiada.A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!
Ninguém se ilude."

Quando lemos este texto de Eça de Queiroz, publicado no primeiro número d'As Farpas, corria o mês de Maio de 1871, não podemos deixar de pensar, que o retrato que Eça fazia do país no século XIX, não é muito diferente do Portugal dos dias que correm. O nosso País continua a ser um país de imbecilidades, de conveniências,de compadrios nas altas esferas do Estado, de nomeações descaradas para pagar favores,de vazio de objectivos económicos e sociais, de indústria em decadência e por consequência desemprego, de comércio falido, de miséria social, de falta de solideriedade, de salários de miséria, de um sistema judicial inerte, de corrupção fiscal. A acção política perdeu a responsabilidade, a nobreza, a paixão dos homens e das mulheres dispostas a lutar e a sofrer pelos seus ideais.Um país triste, como é a sua música. Espero estar enganado, mas não me parece que vamos conseguir inverter este sentimento no próximo dia 20 de Fevereiro."Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"

Texto nas páginas 16 e 17 de "As Farpas", de Eça de Queiroz/Ramalho Ortigão, coordenação Maria Filomena Mónica, edição Principia.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Aborto


Há 70 anos, 28 de Janeiro de 1935, a Islândia tornou-se o primeiro país do mundo a legalizar o aborto.
Enquanto isso, em Portugal temos de continuar a ler notícias como esta:
Em 2003, o aborto clandestino terá levado aos hospitais portugueses mais de mil mulheres, uma média de três por dia, a crer em dados ontem adiantados pela Lusa, que cita um relatório da Direcção-Geral de Saúde (DGS).

Nomeado Pior Actor do Ano


Quando vi o filme de Michael Moore "Fahrenheit 9/11", fiquei com a certeza absoluta que George W. Bush, mais a sua Administração eram muito maus actores.Ontem veio a confirmação, pela Golden Raspery Award Foundation, ao nomear George W. Bush na categoria de "Pior Actor do Ano". A Golden Raspery Award Foundation organiza de à 25 anos para cá, a gala dos prémios Razzie, os galardões do pior que se faz no Cinama. As nomeações deste ano, contemplaram com generosidade toda a Administração de George W. Bush: a conselheira de segurança nacional Condoleezza Rice foi nomeada para "Pior Actriz Secundária" e o secretário da Defesa Donald Rumsfeld para "Pior Actor Secundário", todos pelas suas prestações(involuntárias) no filme "Fahrenheit 9/11".Na boa tradição de receber as más notícias antes das boas, os vencedores dos Razzie serão conhecidos a 26 de Fevereiro próximo, um dia antes da cerimónia de entrega dos Óscares.
Para saber, sobre todos os nomeados, queiram visitar Annual Golden Raspberry (RAZZIE®) Award Nominations.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Dia da Memória


No dia 27 de Janeiro assinala-se os 60 anos de libertação por parte do exército soviético,( entretanto institucionalizado Dia da Memória em diversos países ocidentais) do complexo da morte de Auschwitz-Birkenau. Auschwitz, símbolo do Mal para todos os homens de boa vontade, têm suscitadado as mais diversas paixões desde da sua libertação.Sectores da extrema-direita pretenderam lançar o boato de que a "solução final nunca existiu".Os soviéticos ofereceram-lhes, aliás, o pretexto de bandeja, ao propagandearem que em Auschwitz tinham sido mortos "quatro milhões de antifascistas", ou seja mais que duplicaram o número e omitindo o facto de 90 por cento das vítimas serem judeus apolíticos. É bom para a Humanidade que o complexo-Birkenau, permaneça de pé. Não como um exorcismo.Não como um simbolo do mal.Antes como um inestimável suporte para a breve memória humana. Para que não volta a repetir-se.
Estes, sete post's abaixo colocados, é para evocar os milhões de vítimas, e para dizer bem alto, NUNCA MAIS!
Se pretender saber mais, não deixe de visitar o excepcional blog de Pedro Éfe,salvoseafogados.


Auschwitz


"Arbeit Macht Frei", (O trabalho liberta), lia-se provocatoriamente à entrada do complexo da morte de Auschwitz-Birkenau. Este campo de extermínio situado na Polónia, foi criado pelo regime nazista em 1940, com o objectivo inicial de reunir os prisioneiros políticos polacos. Entretanto, com o decorrer da guerra, Auschwitz-Birkenau tornou-se no campo de concentração mais atroz do genocídio do povo judeu, devido às execuções em massa. Calcula-se que cerca de um milhão e quinhentos mil judeus, tenham sido dizimados neste campo.Tudo começou em fins de 1941, quando a Gestapo recebe a ordem para executar a "solução final da questão judia", ou seja exterminar a raça judia.Esta medida foi adoptada em 20 de Janeiro de 1942 por altura da Conferência de Wannsee.
As execuções em massa começaram em Maio de 1942, quando mil e duzentos judeus, são enviados para as câmaras de Gás.
Em 27 de Janeiro de 1945, o exército soviético liberta o campo da morte e encontra perto de três mil homens e mulheres escanzelados, pesando entre 23 e 35 kg.
Auschwitz, tornou-se o simbolo do Mal para todos os homens de vontade.

O Horror


O mundo não queria acreditar que o vendaval de loucura assassina a que se assistia era obra de seres humanos.A inacreditável máquina de terror idealizada pelos nazis era a mais macabra materialização da ideologia em que assentava o todo poderoso estado hitleriano.Quando as tropas aliadas foram libertando, um após outro os campos de concentração erguidos pelo III Reich, anotícia do extermínio de mais de 8 milhões de pessoas de todas as idades, raças e credos tombou, como uma pesada pedra, sobre a consciência da Humanidade.Uma pergunta, uma só, ecoava no espírito de todos:Como foi possível tamanha crueldade?
O regime nazi utilizou o encarceramento em campos como um maquiavélico sistema, pensado para satisfazer necessidades diversas, fossem elas de cariz político ou, a posteriori, económicas.E m março de 1933, dois meses sobre a chegada ao poder, Hitler aproveito a inauguração dos dois primeiros campos - Oranienburg e Dachau - para definir a sua utilidade:"A brutalidade inspira respeito.As massas têm necessidade de quem lhes incuta temor, que as converta numa mole temerosa e submissa.Não quero quero os campos de concentração se transformem em pensões familiares.O terror é o mais eficaz dos instrumentos políticos...Os descontentes e os insubmissos, quando souberem o que os espera no campo de concentração, pensarão duas vezes antes de nos desafiarem.Agrediremos os nossos adversários com uma feroz brutalidade, não hesitando em vergá-los aos interesses da nação" Quer isto dizer que os campos de concentração surgiram com a finalidade de reprimir qualquer tentativa de oposição política.

Às SA -as Sturm Abletung, seccção de assalto- coube, numa primeira fase, o controlo dos campos.Uma missão interrompida a 30 de Junho de 1934, a célebre "noite das facas longas", dia em que este corpo é praticamente aniquilado, por ordem directa de Hitler.
Para as substituir foram criadas as temíveis SS.

Guerra


Antes do início da Segunda Guerra Mundial, os nazis enviaram para os campos de concentração a totalidade dos opositores ao regime, fossem eles conservadores ou comunistas. Só na sequência da "Noite de Cristal", a 10 de Novembro de 1938, e da anexação da Áustria, os judeus se irão juntar aos presos políticos. A perseguição feroz e paranóica ao povo judeu apenas se manifesta de forma mais violenta após a conquista da Polónia, dando corpo às directivas constantes da "acção de pacificação" - era esse o nome dado às referidas directivas- com que se pretendia aniquilar a "Intelligentzia" polaca, por forma a impedir a sua influência junto da população. Hitler queria e as palavras são suas " manter um baixo nível de vida e escravos baratos". Este conceito de aproveitamento económico dos habitantes dos países ocupados provocará em 1942, uma viragem na política de utilização dos campos. Até então o recurso a presos como mão-de-obra para as fábricas de armamento ou de interesse nacional estava formalmente impedido. A partir de Setembro de 1942, o esforço militar alemão impôs uma mudança de filosofia -"o extermínio pelo trabalho"- que se traduziu na aniquilação massiva de prisioneiros.Os primeiros beneficiados com esta alteração foram as SS, que a partir de então se transformaram nos verdadeiros patrões desta quase inesgotável mão de obra, manejando-a e utilizando-a a seu bel prazer.Deles passa a depender o recrutamento destes operários forçados, imprescendíveis para o aparelho produtivo alemão.A alimentação, de muita má qualidade e quase inexistente, surge como a principal causa de morte de várias centenas de milhar de prisioneiros, facto que, pasme-se deixou o chefe máximo das SS, Heinrich Himmler, profundamente indignado.A espiral de homicídios atingia em 1944, a espantosa cifra mensal de 30 mil mortos.O avanço dos Aliados em duas frentes, ocidental e oriental e o colapso da economia do Reich parecem ter enlouquecido ainda mais os nazis os líderes nazis.O extermínio converteu-se nas palavras do própio Himmler, numa "necessidade imperiosa, nos numerosos campos de concentração.Os métodos usados até então eram baseados no pressuposto de que o terror era a melhor forma de negar a personalidade do individo e de o manipular. A partir de então com os campos em risco de cair em mãos inimigas, a morte quantitativa substitui o principio do castigo.
Mais do que castigar urge exterminar.

Extermínio


Entra-se na fase do uso intensivo das câmaras de gás, das experiências ditas científicas, da sofisticação dos meios de tortura empregues, da patologia do executor.Avaliar, em números exactos a extensão do genocídio é uma tarefa impossível. Mesmo sabendo-se que os oficiais das SS faziam a "contabilidade" dos massacres diários, estes não deixaram de destrir os documentos comprometedores antes de fugirem ou serem capturados.Estima-se assim que o número de judeus mortos se tenha aproximado dos seis milhões, a estes à a juntar mais de dois milhões de indivíduos de todas as raças, crenças, níveis sociais e etnias. Em suma, neste vendaval de loucura pela Europa, os nazis deixaram atrás de si uma marca indelével de terror e morte.Foi assim em Auschwitz, em Dachau, em Buchenwald, em Schsenhausen, em Mauthausen, em Flossenburg, em Neuengamme, em Mecklenburg, em Treblinka, em Sobibor, em Maidanek, em Stutthof, em Salapsis, em...

Os Responsáveis


Os principais chefes nazis - Hitler, Himmler, Goebbels - estavam mortos quando a Segunda Guerra Mundial terminou.Os principais cabecilhas dos campos de concentração optaram pelo suícidio ou foram julgados e executados no final do julgamento de Nuremberga ou de outros julgamentos realizados especialmente, como por exemplo, o processo Eichmann.
A caça aos criminosos de guerra nazis ficou, no pós -guerra, a cargo de associações criadas especialmente para o efeito, constituídas por sobreviventes judeus apoiados por Israel.Ainda hoje se estima que dos duzentos mil responsáveis pelo genocídio, terão sido julgados pouco mais de trinta e cinco mil.A responsabilidade não deve ser atribuida à totalidade do povo alemão que, na sua esmagadora maioria repudiava o que se passava nos campos de concentração.Apenas os conscientes e loucos, a maioria dos dirigentes nazis, devem carregar a culpa e o fardo de milhões de cadáveres.O povo alemão que a pouco e pouco ia tomando conhecimento do que se passou nos campos, pouco ou nada podia ter feito para contrariar o maior crime colectivo da História, da Humanidade.
Duas palavras: SEM PERDÃO.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

As Crianças, Senhor!


"Um dia, quando voltávamos do trabalho, vimos três forcas montadas no local da chamada, três corvos pretos. Chamada. Os SS à nossa volta, as metralhadoras assestadas- a cerimónia tradicional.Três condenados acorrentados - e, no meio deles, o pequeno pipel, o anjo de olhos tristes.
Os SS pareciam estar mais preocupados, mais inquietos do que era costume.Enforcar uma criança diante de milhares de espectadores não era coisa de pouca monta.O chefe do campo leu o veredicto.Todos os olhos se tinham fixado na criança.Estava lívido, quase calmo, mordendo os lábios.A sombra da forca cobria-o por completo.
O Lagerkapo, desta vez, recusou ser o carrasco. Três SS substituíram-no.
Os três condenados subiram ao mesmo tempo para cima das cadeiras.Os três pescoços foram introduzidos ao mesmo tempo nos nós corredios.
-Viva a liberade!-gritaram os dois adultos.
O pequeno, esse mantinha-se, calado.
-Onde está o Bom Deus, onde está Ele?- perguntou alguém atrás de mim.
A um sinal do chefe do campo, as três cadeiras oscilaram.
Silêncio absoluto no campo.No horizonte, o sol punha-se.
-Tirem os chapéus!- berrou o chefe do campo. A sua voz era rouca.Quanto a nós, nós chorávamos.
-Tapem a cabeça!
Depois começou o desfile.Os dois adultos já estavam mortos.As suas línguas pendiam, inchadas, azuladas.Mas a terceira corda não estava imóvel: tão leve, a criança ainda estava viva...
Assim ficou durante mais meia hora, a lutar entre a vida e a morte, agonizando aos nossos olhos.E mós tínhamos de o encarar bem de frente.Ainda estava vivo quando passei diante dele.A sua língua ainda estava vermalha, os seus olhos ainda não estavam sem vida.
Atrás de mim, ouvi o mesmo homem a perguntar:
-Onde é que Deus está, então?
E eu sentia dentro de mim uma voz que lhe respondia:
-Onde é que ele está? Ei-lo- está aqui pendurado nesta forca...
Naquela noite, a sopa sabia a cadáver."
Elie Wiesel, em "Noite"

A Memória não Pode Ser Curta



Já esqueceram e perdoaram? Não. Eles não esquecem.

"Auschwitz.Sonho sempre com Auschwitz.Sonho que lá estou outra vez...Portanto, se um dia eu não acordar, foi porque morri em Auschwitz durante a noite.Nunca lá quis voltar, mas os meus sonhos levam-me para lá, queira ou não queira"
Serge Smulevic, 1997.

"Os sonhos...Ao princípio, durante anos, nunca sonhava.Mas agora tenho este sonho: os alemães querem encontrar-me, eu escondo-me no mar, no mar do mundo, até que eles partam.Isto nunca pára.Nunca, nunca.Às vezes preferia estar morta, eu também (chora).Não consigo ver-me livre disto."
Peria K.

"O tempo foge-me entre os dedos.Alguma vez fui dona da minha vida? Só me reconheço na intransigência, é a ela que me agarro:não ma roubem...Em Hofmansnsthal, Electra diz:Não sou um animal, não posso esquecer. A ideia de perdão faz-me vomitar.É isso que penso e é o que tenho a dizer"
Ruth Kluger

"Podemos perdoar?Mas quem somos nós para fazer o papel de Deus?Uma vez em Nuremberga um homem chega-se a mim e diz:Eu fui guarda num campo de concentração, pode perdoar-me?Não disse-lhe eu, não posso.Um rabi não t~em poder para absolver nem para perdoar"
Rabi Albert Friedlander

"Lembro-me da pequena Dagmar.Nasceu em Auschwitz em 1944, de mãe austríaca.Fui eu que a ajudei a vir ao mundo.Morreu depois de Mengele lhe ter dado injecções para tentar mudar-lhe a cor dos olhos.A pequena Dagmar tinha de ter olhos azuis!"
Ella Linges
in Pública

terça-feira, janeiro 25, 2005

Nobel da Estupidez


A edição de Janeiro da revista espanhola "Qué Leer" dá destaque à "escritora" portuguesa Margarida Rebelo Pinto, mas não pelas razões mais recomendáveis.
O colunista Aníbal Lector diz ter conhecido recentemente Margarida Rebelo Pinto num hotel em Espanha, onde a "escritora" terá assegurado que, graças ao seu livro " Alma de Pássaro", "Portugal desatou a ler, porque o mercado cresceu 25 por cento e que ela própria se tinha tornado um fenómeno social e cultural mais importante que os própios livros".
Aníbal Lector termina a crónica pedindo " a quem de direito que crie uma polícia literária que detenha e julgue as pessoas" que fazem declarações deste teor.
Estou consigo, Lector, venha a Polícia literária.
Fonte:Público

Ninguém Apagará Aquele Sorriso



No dia 25 de Janeiro de 2004 no jogo Guimarães-Benfica, Fehér sorri para o árbitro que lhe estava a mostrar um cartão amarelo, passa a mão esquerda pelo cabelo, tem a direita no fundo das costas, curva-se e cai de costas.Assim ficou.
Há um ano atrás Fehér(1979-2004) fazia mil e um planos para a sua vida. Mas aquele factídica noite chuvosa em Guimarães, tinha sido a noite escolhida para partir.De nada adiantou a luta dos profissionais de saúde, na luta contra o destino.Fica a saudade e o sorriso. Ninguém apagará aquele sorriso.

Eusébio



Havia nele a máxima tensão.
Como um clássico ordenava a própria força
sabia a contenção e era explosão
havia nele o touro e havia corça.

Não era só instinto era ciência
magia e teoria já só prática.
Havia nele a arte e a inteligência
do puro jogo e sua matemática.

Buscava o golo mais que golo:só palavra.
Abstracção.Ponto no espaço.Teorema
Despido do supérfluo rematava
e então não era golo: era poema.

Manuel Alegre

segunda-feira, janeiro 24, 2005

ONU Assinala Holocausto


O 60º aniversário da libertação dos campos de concentração nazis durante a Segunda Guerra Mundial é assinalado hoje pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas.
Segundo o secretário-geral da ONU,Kofi Annan, a sessão pretende mostrar "o dever de memória que cada geração deve cumprir para evitar que um acontecimento como o Holocausto se repita no futuro.O mal que conduziu à morte de seis milhões de judeus e outros, nestes campos, ainda ameaça hoje cada um de nós"
A data oficial do fim do Holocausto é 27 de Janeiro, quando se assinala a libertação do campo de concentração de Auschwitz, em 1945.
Fonte Expresso.

Winston Churchill


Winston Churchill morreu à 40 anos.

Winston Spencer Churchill, nasceu a 30 de Novembro de 1874, no palácio de Blenheim, residência da família Marlborough. Entrou para a Escola militar de Sandhurst e em 1894 com 19 anos de idade tornou-se cadete de cavalaria, servindo na Índia e Sudão como segundo-tenente.Repórter na África do Sul durante a Guerra dos Boers, é feito prisioneiro mas consegue evadir-se.Deputado conservador, entra na Câmara dos Comuns em 1900.
Ministro da Marinha em 1911, é sucessivamente ministro do Armamento de Guerra, das Colónias e das Finanças, abandonando o Governo em 1929.
Nos anos seguintes, a sua voz eleva-se frequentemente para denunciar a ameaça crescente do poderio hitleriano.
Novamente ministro da Marinha durante a II Guerra Mundial, é nomeado primeiro-ministro em 1940.Não toma apenas a direcção do seu Governo, mas também a pesada responsabilidade de impedir a queda do seu país e da Europa.Envia reforços para Malta,Gibraltar,Egipto,Grécia, enquanto luta vitoriosamente contra a ofensiva aérea alemã.
" A vitória a todo custo" foi o seu lema.Apoia De Gaulle, aproxima-se dos EUA e, depois da invasão da Rússia, estabelece com Roosevelt o plano de desembarque na Normandia em 1944.
Seguem-se as conferências de Ialta e Potsdam.A ele se deve a designação de "cortina de ferro", aplicada aos países do Leste, satélites da URSS.
Vencido nas eleições, dois meses depois de terminada a guerra, abandona o governo, escrevendo as suas Memórias, que saõ distinguidas com o Prémio Nobel da Literatura em 1953.
De 1951 a 1953 foi uma vez mais primeiro-ministro, com o regresso dos conservadores ao poder.
A partir de 1954 dedica-se exclusivamente à literatura, pintura, conferências. Morre em Londres no dia 24 de Janeiro de 1965.
Para saber mais sobre a vida e obra de Winston Churchill, saiu recentemente em Portugal a "Biografia de Winston Churchill" de Sir Martin Gilbert, da Bertrand Editora.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

George Orwell



O autor do "Triunfo dos Porcos" morreu à 55 anos.

George Orwell pseudómio de Eric Arthur Blair nasceu a 25 de Junho de 1903, em Bengala, Índia.
Depois de ter frequentado o colégio de Eton, George Orwell entrou para os quadros da polícia imperial da Birmânia aos 18 anos, onde permaneceu durante cinco anos.Quando deixou a polícia, optou por uma vida de viagens que lhe serviram de inspiração para as suas obras.
Escritor, ensaísta, pensador, jornalista e crítico literário, escreveu várias obras, entre as quais se destacam:
"Homenagem à Catalunha", em 1938
"O Triunfo dos Porcos", em 1945
"1984", em 1948.
A obra "Homenagem a Catalunha" é uma obra documental sobre a guerra Civil de Espanha.
"O Triunfo dos Porcos", uma sátira crítica da União Soviética, relata a revolta dos animais contra os homens, numa clara alegoria à revolução russa de 1917.
"1984", é um romance político, onde se traça um cenário assustador, caracterizado por uma sociedade rigorosamente vigiada, em que nem os pensamentos são livres.
A forma mordaz como criticou o imperialismo britânico, o fascismo e o comunismo, tornou-o num dos mais célebres escritores do século passado.
George Orwell morreu de tuberculose em Londres, no dia 21 de Janeiro de 1950.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Inauguração


George W. Bush inaugura hoje o segundo mandato...

Inaugurações

A companhia irlandesa de baixos preços Ryanair, fez ontem de manhã o primeiro voo de ligação Porto-Londres, à noite, quando deveria efectuar o segundo voo na mesma rota, deixou todos os passageiros em terra, devido a uma greve sem aviso dos controladores aéreos franceses.
Original esta companhia, duas inaugurações no mesmo dia...

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Quarto Com Vista Sobre o Lago


Foi assim que acordei, nos últimos dias, Riva del Garda, Itália.

A 380


O maior avião civil da história, o avião da Airbus, A 380, foi ontem baptizado, em Toulouse, numa cerimónia apadrinhada por Gerhard Schroeder, Jacques Chirac, Tony Blair e José Luís Zapatero. O A380 transporta 555 passageiros na sua versão de luxo, ou 850 passageiros na versão charter, a uma velocidade de 1000 km hora. O primeiro ensaio de voo do A 380 devem ser efectuado em Março, e o primeiro voo comercial está previsto para 2006.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Mais Um Dano Colateral...

Os inspectores americanos terminaram a procura de armas de destruição massiva no Iraque, e concluiram que o regime de Saddam Hussein, não tinha armas nucleares, biológicas ou químicas, nem capacidade para as produzir.
Como a memória não é curta, fica escrito que as armas de destruição massiva foi a justificação dada pelo Governo norte-americano e pelos seus aliados do Reino Unido para o início da guerra contra o Iraque em 2003, feita à revelia das Nações Unidas.
De mentira em mentira o mundo pula e avança...

quarta-feira, janeiro 12, 2005

D. Quixote de la Mancha

Faz este mês 400 anos que saiu pela primeira vez, em Madrid o mais famoso romance da literatura espanhola, o D. Quixote de la Mancha de Miguel Cervantes (1547-1616).
Incentivado pela leitura de velhos romances de cavalaria, o nobre latifundiário espanhol, Don Quijano, adopta o nome romântico D. Quixote, enverga a armadura enferrujada dos seus antepassados, arrasta do estábulo um vestoso corcel que contempla com o nome de Rocinante, rebaptiza uma jovem filha de camponeses, Dulcineia de Toboso que elege para a senhora do seu coração. Numa taberna de aldeia,que ele toma por castelo, o taberneiro arma-o cavaleiro da ordem dos cavaleiros andantes e aconselha-o a arranjar um escudeiro.Depois de os seus amigos terem empreendido uma vã tentativa de terapia, que passou por deitar fogo à sua biblioteca, escolhe para escudeiro o camponês Sancho Pança, e ambos percorrem Espanha a fim de ajudarem os pobres e combaterem os opressores - o cavaleiro da triste figura montado no seu rocim e o gordo Sancho Pança, no seu burro, um par arquetípico e um contraste vivo entre o idealista visionário e o realista com a sua esperteza saloia.
Para poder ir desempenhando o seu papel de salvador do mundo, D. Quixote descobre a opressão por onde passa:confunde criminosos com fidalgos aprisionados, uma manada de carneiros com um exército inimigo, e moinhos de vento com gigantes.O facto de Sancho Pança confudir os gigantes com moinhos de vento, para D. Quixote não passa de um resultado da sua inoculação ideológica por parte do inimigo.
Num dos episódios subsequentes, os dois são convidados de um duque que, a fim de se divertir à sua custa, faz de conta entrar, juntamente com toda a sua corte, no mundo alucinado de D. Quixote, até que se sente envergonhado pela ingenuidade e pelo idealismo do cavaleiro. Finalmente, um cavaleiro desafia D. Quixote para um duelo exigindo-lhe a promessa de renunciar à sua condição de cavaleiro por um ano no caso de perder.Depois da derrota, D. Quixote cumpre a promessa e, num doloroso exame de consciência, vê os seus ideais transformarem-se em motivos de profunda vergonha:por fim, apercebe-se das suas ilusões e, depois de viver um momento de lucidez, morre.
In Cultura de Dietrich Schwanitz.

terça-feira, janeiro 11, 2005

Sem Tema

Hoje não sai nada.Não tenho tema.
Também não me apetece escrever.
Podia eventualmente escrever que José Sócrates põe o aborto à frente da Europa em matéria de referendos, ou da tragédia do homem a lutar contra as marés, também podia falar que há mil e quinhentos biliões de dólares a ser branqueados por ano em todo mundo, podia ainda falar que o homem que luta contra as marés lamenta chefiar um Governo enfraquecido, e que Paulo Portas recusou debate com Marques Mendes, porque não se mete com pequenotes, que Morais Sarmento é gémeo do Liedson, ambos são especialistas em mergulho, que os chineses são completamente malucos pelos pastéis-de-nata.
Podia escrever sobre qualquer destes assuntos, mas falta-me verdadeiramente o tema, apesar da corrente contrária dizer que há sempre algum tema.
Podia ainda escrever que os portugueses já doaram mais de sete milhões de Euros para ajudar as vítimas do maremoto numa onda de solidariedade jamais vista em Portugal, que parece que os Estados Unidos estão dispostos a avançar com a criação do Estado Palestiniano, que Sharon já avisou que sem o fim do terrorismo, não é possível avançar para conversações sérias e ainda que Tony Blair depois de mentir sobre a Guerra do Iraque, é acusado de não cumprir a promessa de deixar o partido trabalhista a Gordon Brown.
Podia escrever que finalmente os adeptos benfiquistas acordaram e contestaram o treinador italiano Giovanni Trapattoni, estava tão bem em Itália junto dos netinhos a gozar a reforma!

E que o treinador que ajudou o Benfica a passar este calvário, Artur Jorge, vai treinar os Camarões.
Enfim a falta de tema, parece ser um tema.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

E Agora?...


Fotofrafia AP/ Lefteries Pitarakis.
Mahmoud Abbas, também conhecido por Abu Mazen, foi eleito presidente da autoridade palestiniana com 62,30 % dos votos.
Abu Mazem era o candidato preferido pelos EUA e George W. Bush, pela União Europeia, por Israel, tanto por Ariel Sharon como por Shimon Peres.
Todos estavam de acordo que Abu Mazen, era o melhor candidato para parar a violência que se vive na Palestina desde à quatro anos e também o melhor presidente para fazer avançar o Roteiro, plano internacional de paz que prevê a criação de um estado palestiniano na Cisjordânia e Faixa de Gaza , no decorrer deste ano.
Vamos esperar que estes países estejam dispostos a fazer muito mais do que o que fizeram até aqui e, principalmente que façam sair do papel dos acordos a definitiva criação do estado palestiniano.

domingo, janeiro 09, 2005

Só Contra Todos


Fotografia www.diariodigital.sapo.pt
Depois da recusa de Cavaco Silva, em aparecer nos cartazes de pré-campanha eleitoral do PSD, Pedro Santana Lopes optou por aparecer sozinho nos novos cartazes que deverão começar a ser colocados amanhã.
O slogan utilizado "Contra ventos e marés. A favor de Portugal" , que traduzido é só contra todos, mais parece uma mensagem para dentro do própio partido e de vitimização, que um slogan de quem pretende chegar a uma vitória nas eleições do próximo dia 20 de Fevereiro.
De todas as maneiras, uma das coisas que os portugueses estão fartos de ouvir falar é de ... ondas, ventos e marés.

Jimmy Page


Faz hoje anos Jimmy Page ( de seu nome verdadeiro James Patrick Page, 61 anos), um dos guitarristas que mais influenciaram o rock and roll.
Com Eric Clapton, Jef Beck, Mark Knopfler e Jimi Hendrix formam o quinteto mais talentoso que o rock já deu de guitarristas. Jimmy Page foi um dos fundadores dos Led Zeppelin, mas antes disso, em conjunto com Jeff Beck, pertenceu aos Yardbirds, entre 1966 e 1968. Após o fim dos Led Zeppelin fez uma carreira a solo, muitas vezes em conjunto com o seu antigo companheiro dos Led Zeppelin, Robert Plant.

sábado, janeiro 08, 2005

LIXO de LUXO!


fotografia direitos reservados www.quac-quac.blogspot.com
Não é que não seja verdade que muita da Arte Moderna é comparada a lixo, mas entre ser comparada a lixo e, ser literalmente tratada como lixo, vai uma diferença abismal.
Mas foi o que se passou na Figueira da Foz numa exposição de arte contemporânea no Centro de Artes e Espectáculos, com uma empregada zelosa por manter limpo o chão da exposição, decidiu remover parte da obra de arte de Jimmie Durham( norte americano nascido em 1940, que além de artista é escritor e poeta), "As Frases", que é um lavatório com um dos cantos partidos, em que os cacos estão no chão ao lado do lavatório. Foi precisamente esta parte(no chão fotografia do lado esquerdo) que a zelosa senhora removeu, por pensar que eram restos de obras que tinham decorrido no centro de exposições.
Lixo de Luxo!


sexta-feira, janeiro 07, 2005

Ressurgimento


Apesar do secretário de Estado norte-americano, Colin Powell pretender uma coligação de ajuda liderada pelos EUA, Kofi Annan conseguiu impor a ideia que devem ser as Nações Unidas a coordenar o esforço humanitário internacional.
Foi preciso uma tragédia para que as Nações Unidas podessem recuperar um protagonismo positivo, após subalternização na Guerra do Iraque e dos escândalos pessoais de Kofi Annan e do seu filho.
Agora, queremos ver a ONU dar "a resposta global sem precedentes"...

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Fim da Impunidade?


O Supremo Tribunal chileno reconsiderou a sua decisão de Julho de 2002 de não permitir o julgamento de Augusto Pinochet pelo seu papel no desaparecimento de mais de 3 mil opositores durante a ditadura militar, entre 1973 e 1990. A sentença obrigará o ditador a responder por nove crimes de rapto e por um outro de homicídio. Até que tal suceda, Pinochet vai ficar em prisão domiciliária.A decisão do Supremo chileno é definitiva.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

Quase Mil Palavras...


Escultura na areia feita pelo indiano Sudarshan Patnaik, em memória das vítimas do tsunami.Fotografia AFP/STR.

Não Bastava a Destruição...

... Ainda têem que se preocupar com escroques.Várias organizações não governamentais têm avisado que as crianças que ficaram sozinhas após a catástrofe no sudeste asiático são alvos potenciais para os pedófilos e traficantes . Há relatos de casos de abusos em centros de refugiados. "A experiência mostras que os riscos de tráfico de crianças aumentam quando o ambiente de protecção das crianças se desmorona, sem pais, família, escola ou aldeia", afirmou o porta voz da UNICEF. Depois da tragédia, o terror...

3 Minutos de Silêncio


Quando forem 11 horas da manhã em Lisboa, os 25 Estados membros da União Europeia vão respeitar 3 minutos de silêncio em memória das vítimas da tragédia do Sudeste asiático.Aqui o meu insignificante tributo.

terça-feira, janeiro 04, 2005


Entretanto o número de mortos de naturais dos países afectados, não pára de aumentar.

Eleições


Cavaco Silva recusou a utilização da sua fotografia, em que aparecia ao lado dos anteriores primeiro-ministros e líderes do PSD e obriga a mudar "outdoors". (Lusa)

Parece-me Verdade

Se não for transformada numa ferramenta, ao alcance de qualquer cretino, a hierarquia não poderá nem existir nem resistir. (Pino Aprile)

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Para Reflectir. Que Dia...

No livro "Breve História de Quase Tudo" diz Bill Bryson,
"... Se imaginássemos a história da Terra , com os seus 4500 milhões de anos comprimidos num dia normal de 24 horas, a vida começaria muito cedo, por volta das quatro da madrugada, com o aparecimento dos primeiros organismos unicelulares simples, mas depois não avança mais durante as 16 horas seguintes.
Só quase às 20h30, depois de terem passado cinco sextos do dia, é que o planeta tem alguma coisa concreta para mostrar ao universo, uma fina camada de irrequietos micróbios. Depois, finalmente,aparecem as primeiras plantas marinhas, seguidas, 20 minutos mais tarde, das primeiras alforrecas e da enigmática fauna ediacarana... Às 21h04 entram em cena os trilobites... Pouco tempo depois, a menos de duas horas do fim do dia, surgem os primeiros seres terrestres.
Graças a uns dez minutos de clima ameno, às 22h24 a Terra está coberta das grandes florestas carboníferas cujos resíduos nos fornecem todo o nosso carvão e manifestam-se os primeiros insectos voadores. Os dinossauros aparecem em cena, caminhando pesadamente, pouco antes das 23h00 e aguentam o balanço durante três quartos de hora. Aos 21 minutos para a meia-noite desaparecem, e começa a era dos mamíferos. Os humanos surgem um minuto e 17 segundos antes da meia-noite. Nesta escala, a totalidade da nossa existência registada não seria mais do que alguns segundos, e a duração de uma única vida humana apenas um instante..."


Conclusão nem tempo tinha para começar a dedilhar este post.


domingo, janeiro 02, 2005

Exposição de Paula Rego


Só agora tive tempo disponível para visitar a Exposição da Paula Rego, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves. É verdade que sou apenas mais um das cem mil pessoas que visitaram a exposição,(e toda a gente está farta de ler sobre o assunto...) mas realmente a exposição é um balsâmo para a visão. Na presente exposição Paula Rego buscou inspiração em diversas fontes: nos amigos, nos livros, nas histórias que ouviu em criança, na realidade portuguesa, sobretudo aquela que conheceu em criança, marcada por uma forte ruralidade. Exposição em exibição até ao dia 23 de Janeiro.

Casa de Serralves


A casa de Serralves é um edifício Deco das décadas de 30 e 40 do século passado. Originalmente feito para a habitação, a Casa e o Parque são a realização do sonho de Carlos Alberto Cabral (1895-1968), 2º Conde de Vizela.

Escultura no Parque


Esta escultura, Plantoir/ Colher de Jardineiro, da autoria de Claes Oldenburg e Coosje Van Bruggen, é uma das obras que se pode apreciar no passeio pelo Parque e Jardins de Serralves.