Morte da Irmã Lúcia - Lúcia de Jesus dos Santos a última sobrevivente dos três pequenos pastores que em 1917, afirmaram ter visto a Virgem na Cova da Iria, morreu ontem com 97 anos de idade. Nascida a 22 de Março de 1907, numa povoação perto de Fátima, lúcia tinha dez anos quando afirmou ter visto pela primeira vez, Nossa Senhora na Cova da Iria, juntamente com os primos Jacinta e Francisco, tendo sido a única a alegar ter ouvido as palavras da Virgem.Inicialmente a Igreja encarou cepticismo os relatos dos três pequenos pastores e só em 13 de Outubro de 1930 o bispo de Leiria proclamou aficialmente que as aparições eram dignas de crédito.Procurando recato, Lúcia entrou em 1921 num colégio de doroteias no Porto, vindo a professorar como doroteia em Tuy, Espanha. Em 1946 regressou a Portugal, entrando dois anos mais tarde, em 25 de Março de 1948 para o Carmelo de Santa Tersa, em Coimbra, tendo aí vivido até à sua morte, ocorrida ontem. Os políticos - O PSD e o PP cancelaram ontem todas as acções de campanha eleitoral previstas para hoje e para amanhã, depois de saberem da morte da Irmã Lúcia. O primeiro-ministro, que já tinha suspenso as acções de campanha eleitoral durante o dia de Carnaval, fez ainda saber que vai propor que seja decretado luto nacional pela morte da Irmã Lúcia. O PP, que pelo seu líder, deu a conhecer aos portugueses que a, Irmã Lúcia é uma figura ímpar do século XX português, anulou todas as acções de campanha "em forma de respeito e recolhimento". O PS, vá-se lá saber porquê, foi a reboque do PSD e do PP, e decidiu não fazer campanhas de rua e condicionou algumas das suas acções de campanha. O PCP e BE, deram um voto de pesar, mas baseados, e na minha opinião certos, na salutar separação institucional entre o Estado e a Igreja, decidiram continuar com as acções de campanha agendadas para hoje e para amanhã. Os Oportunistas- D. Manuel Martins, bispo resignatário de Setúbal, faz uma crítica feroz aos partidos que alteraram as acções de campanha eleitoral. Em declarações à TSF, não esconde a sua indignação e considera um absurdo interromper a campanha eleitoral em homenagem à irmã Lúcia. "Não tem nada a ver uma coisa com a outra e a campanha eleitoral devia continuar. Não tenho dúvidas nenhumas" adiantou. D Manuel Martins considera que se está a verificar " um oportunismo político" e que " não fiquei nada contente nem convencido da sinceridade no tocante à suspensão de actividades políticas" Mais uma vez estes políticos, recorrem a truques baixos, para uma exploração oportunista dos sentimentos mais profundos dos portugueses.
O aproveitamento da morte, para contabilizar mais alguns votos, só pode ser feito por pessoas que são indignas de estar à frente dos destinos do nosso país. Esta atitude deveria envergonhar os políticos.
Admiro a lucidez do Bispo de Setúbal! E concordo com os teus comentários, nomeadamente no que diz respeito à separação entre o poder político e religioso. Mas recordo que este é o país onde uma Assembleia da República já ficou em silêncio pela morte (mediática) de um futebolista!?
É claro que o que está em causa não é o valor dos que partem, mas o aproveitamento sem escrúpulos das emoções do "povo" para ganhar mais alguns votos.
A igreja que agora critica os partidos é exactamente a mesma que no Estado Novo pactuou com os políticos do partido único para fazer acreditar a um povo de crédulos uma série de disparates e de supostas revelações divinas. Tão hipócritas são uns como são outros. Aliás, acho a Igreja mais hipócrita, porque já dura há mais tempo com expedientes deste tipo.
O teu post é oportuno. Sou ateu, lamento a morte da Irmã Lúcia acima de tudo como ser humano. O aproveitamento político que está a ser feito desta circunstância é bastante revelador em relação ao tipo de pessoas que vamos colocar à frente dos destinos do nosso país. Acho que a própria Irmã Lúcia não merecia ser tratada desta maneira.
Não poderia estar mais de acordo com o que dizes neste post, independentemente de quem acredita ou não na "aparição". Aproveito para chamar a atenção para as palavras do "bispo de setúbal" na revista do expresso de 05/02/05. ... Não resisto, ainda que um pouco fora de contexto a transcrever uma pequena passagem: "Uma vez, pelo Natal, quando ia a entrar na Catedral, estava lá um sem abrigo, envolto em trapos e papéis. Aquilo incomodou-me tanto que não me apetecia celebrar a missa de Natal. Pensei que, afinal, iamos celebrar o nascimento de Jesus, e o Natal estava alí à porta. Achei que o que íamos fazer alí era tudo uma mentira. O menino-rei fez-se um de nós, veio dizer-nos que somos todos irmãos, que todos devemos amar, e, ao fim e ao cabo, o presépio estava ali à porta. Fiquei muito incomodado. Os Natais estão tão perto de nós e corremos o risco de andar embrulhados numa grande mentira." Fui buscar este excerto aparentemente fora de contexto, porque muitos de nós, andamos entretidos a apostar no nosso candidato, a assistir a debates que mais parecem combates, damos-lhes audiências e legitimidade, esperando que se resolvam as coisas que queremos acreditar nos incomodam e, contudo não mexemos uma palha para ajudar a resolver os pequenos problemas que nos tocam à porta. Igrejas, religiões e partidos à parte o que o povo nunca deveria esquecer e tem esquecido é, a solidariedade.
Como os políticos já não sabem o que mais apelar, a morte da Irmã Lúcia foi um cheirinho de ar fresco nas campanhas... Como falta menos de 1semana para a grande decisão, e não tendo eles mais "truques" nenhuns, resolverem interromper as lidas deles... Enfim...
Ainda bem que entrei aqui, e vejo o discernimento do texto e das mensagens. Para que não haja dúvidas: 1º. Sou católica 2º.Já fui a Fátima, por fé, por crença, mas fui. 3º. Entendo que a morte requer silêncio e recatação (já o disse por aí, algures noutros blog) 4º. A irmã Lúcia, pela sua vida de clausura, não iria gostar do protagonismo que teve a sua morte.
5º. e último. Contesto o aproveitamento político e da comunicação social, num acto que deveria ser privado, de sentimentos cristãos, e nunca virar o "pandemónio" que virou! Por este motivos, é que no meu blog, que tem um carácter pessoal e íntimo (por vezes), não foi colocada qualquer mensagem de alusão à Irmã Lúcia. Um abraço
Meus amigos, não se esqueçam que o povo também é sábio. "Tanto se é preso por ter cão como por não ter". Antes de se lançar criticas sobre a interrupção da campanha, seria bom que também considerássemos a não interrupção da mesma. Que diria nesse caso, a Igreja ou esse Dom não sei quantos? –Provavelmente, jogava-lhe á cara a interrupção carnavalesca. Separação da Politica e da Igreja? – Pra quando? Politica e Religião, são dois nomes para a mesma coisa… onde a semelhança nunca foi pura coincidência.
Agora, vou interromper as minhas actividades pra ir ao funeral de um desconhecido, mas que por sinal, é familiar dos meus melhores amigos. E não vou lá por ele, vou por eles(amigos). … Ufa!!! Ainda bem que não estou em campanha!!! :-)
10 comentários:
Subscrevo.
O aproveitamento da morte, para contabilizar mais alguns votos, só pode ser feito por pessoas que são indignas de estar à frente dos destinos do nosso país. Esta atitude deveria envergonhar os políticos.
Admiro a lucidez do Bispo de Setúbal!
E concordo com os teus comentários, nomeadamente no que diz respeito à separação entre o poder político e religioso. Mas recordo que este é o país onde uma Assembleia da República já ficou em silêncio pela morte (mediática) de um futebolista!?
É claro que o que está em causa não é o valor dos que partem, mas o aproveitamento sem escrúpulos das emoções do "povo" para ganhar mais alguns votos.
A igreja que agora critica os partidos é exactamente a mesma que no Estado Novo pactuou com os políticos do partido único para fazer acreditar a um povo de crédulos uma série de disparates e de supostas revelações divinas. Tão hipócritas são uns como são outros. Aliás, acho a Igreja mais hipócrita, porque já dura há mais tempo com expedientes deste tipo.
O teu post é oportuno. Sou ateu, lamento a morte da Irmã Lúcia acima de tudo como ser humano.
O aproveitamento político que está a ser feito desta circunstância é bastante revelador em relação ao tipo de pessoas que vamos colocar à frente dos destinos do nosso país.
Acho que a própria Irmã Lúcia não merecia ser tratada desta maneira.
Não poderia estar mais de acordo com o que dizes neste post, independentemente de quem acredita ou não na "aparição". Aproveito para chamar a atenção para as palavras do "bispo de setúbal" na revista do expresso de 05/02/05. ... Não resisto, ainda que um pouco fora de contexto a transcrever uma pequena passagem: "Uma vez, pelo Natal, quando ia a entrar na Catedral, estava lá um sem abrigo, envolto em trapos e papéis. Aquilo incomodou-me tanto que não me apetecia celebrar a missa de Natal. Pensei que, afinal, iamos celebrar o nascimento de Jesus, e o Natal estava alí à porta. Achei que o que íamos fazer alí era tudo uma mentira. O menino-rei fez-se um de nós, veio dizer-nos que somos todos irmãos, que todos devemos amar, e, ao fim e ao cabo, o presépio estava ali à porta. Fiquei muito incomodado. Os Natais estão tão perto de nós e corremos o risco de andar embrulhados numa grande mentira."
Fui buscar este excerto aparentemente fora de contexto, porque muitos de nós, andamos entretidos a apostar no nosso candidato, a assistir a debates que mais parecem combates, damos-lhes audiências e legitimidade, esperando que se resolvam as coisas que queremos acreditar nos incomodam e, contudo não mexemos uma palha para ajudar a resolver os pequenos problemas que nos tocam à porta. Igrejas, religiões e partidos à parte o que o povo nunca deveria esquecer e tem esquecido é, a solidariedade.
Como os políticos já não sabem o que mais apelar, a morte da Irmã Lúcia foi um cheirinho de ar fresco nas campanhas... Como falta menos de 1semana para a grande decisão, e não tendo eles mais "truques" nenhuns, resolverem interromper as lidas deles... Enfim...
Um aproveitamento político dom pior que já vi... Sem palavras.
Ainda bem que entrei aqui, e vejo o discernimento do texto e das mensagens.
Para que não haja dúvidas:
1º. Sou católica
2º.Já fui a Fátima, por fé, por crença, mas fui.
3º. Entendo que a morte requer silêncio e recatação (já o disse por aí, algures noutros blog)
4º. A irmã Lúcia, pela sua vida de clausura, não iria gostar do protagonismo que teve a sua morte.
5º. e último. Contesto o aproveitamento político e da comunicação social, num acto que deveria ser privado, de sentimentos cristãos, e nunca virar o "pandemónio" que virou!
Por este motivos, é que no meu blog, que tem um carácter pessoal e íntimo (por vezes), não foi colocada qualquer mensagem de alusão à Irmã Lúcia.
Um abraço
Meus amigos, não se esqueçam que o povo também é sábio.
"Tanto se é preso por ter cão como por não ter".
Antes de se lançar criticas sobre a interrupção da campanha, seria bom que também considerássemos a não interrupção da mesma. Que diria nesse caso, a Igreja ou esse Dom não sei quantos? –Provavelmente, jogava-lhe á cara a interrupção carnavalesca.
Separação da Politica e da Igreja? – Pra quando?
Politica e Religião, são dois nomes para a mesma coisa… onde a semelhança nunca foi pura coincidência.
Agora, vou interromper as minhas actividades pra ir ao funeral de um desconhecido, mas que por sinal, é familiar dos meus melhores amigos. E não vou lá por ele, vou por eles(amigos).
… Ufa!!! Ainda bem que não estou em campanha!!! :-)
Abraço,
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